Rodolfo Juarez
A
censura, conforme definido na Constituição Federal, não é admitida no Brasil. A
Carta Magna manda, claramente, que é livre a expressão da atividade
intelectual, artística, científica e de comunicação independentemente da
censura ou licença.
Esse
tema, aliás, suscitou uma intensa discussão patrocinada por aqueles que
planejam escrever e publicar biografias de personalidades nacionais que,
entretanto, está sendo compreendido ou admitido pelos que negavam o que está na
Constituição.
O tema
foi destaque nacional e protagonizado pelas mais relevantes representações da
manifestação popular brasileira, que precisaram ouvir, analisar e entender que
a censura é algo indesejável, sob qualquer forma em que se apresente, e deve
ser sempre guerreada por todos aqueles que defendem a verdade e não têm medo da
notícia.
Macapá,
como de resto todo o Estado do Amapá, está sob essa égide, entretanto, já faz
algum tempo que algumas personagens estão retirando esse direito deles mesmos
e, certas vezes, colocando como se não fosse importante e como se pudesse ser
manipulado ou colocado em escala de prioridade.
A
censura está sendo praticada de forma ampla em vários setores da sociedade,
prejudicando o nível de informação. Basta que uma notícia não seja do agrado de
um pagador para que ela seja bloqueada, retirada do veículo e jogada no lixo,
em um desrespeito ao autor.
O
monitoramento indireto é uma constante, chegando ao desrespeito integral, não
de um ou de outro profissional, mas da ordem primeira, emanada da Carta
Nacional, que é aviltada e agredida por atitudes daqueles mesmos que prometeram
zelar e defender o cumprimento.
Se
qualquer notícia, mesmo que verdadeira, ou qualquer análise, mesmo limitada
pela retidão da verdade, não for do agrado de um mandatário, lá ela fica
isolada e, mais, jogada fora do alcance daqueles que podem divulga-las.
Muitas
vezes a verdade é anunciada como uma mentira deslavada e a mentira como se
fosse a mais pura das verdades.
Mas
isso não está certo. Nada disso dignifica quem quer que seja, principalmente
quando o agente é público, pago com o dinheiro público.
Um
problema a mais: o conhecimento.
O
responsável pela censura, na maioria das vezes, é um leva-e-traz que, em não
tendo condições de interpretar a notícia ou a análise, se choca com o propósito
que lhe foi dito e, dai em diante, nada mais interessa, nem mesmo o compromisso
ético firmado quando recebeu o título.
Uma
pena!
O que
está acontecendo é proibido e contraria as regras nacionais.
Mas,
enquanto isso, a verdade vai descobrindo passagens, mesmo que tenha mais
trabalho para chegar a se mostrar para a população de forma compreensível e
dentro dos padrões que são recomendados pelo conhecimento.
E não
são os indefesos, aqueles que se comprometem com a censura prévia. Os indefesos
ficam sempre procurando um meio para fazer a verdade aparecer, mesmo sabendo
que correm o risco de serem ditas pela metade, ou incompletas.
A
população acha que o volume de gastos feitos com a divulgação do setor público
é muito grande, considerando a comparação que se é levado a fazer com outas
unidades de despesas públicas, mas essa conta é fechada para poder atender a
censura e não privilegiar a verdade.
Os
setores públicos já tiveram tempo suficiente para definir o que querem dos
meios de comunicação, sem precisar censurar as produções e cercear a liberação
da verdade.
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