domingo, 17 de novembro de 2013

Gol contra

GOL CONTRA
Rodolfo Juarez
São evidentes as dificuldades que os executivos públicos que atuam nesse momento, no Estado do Amapá, estão encontrando para convencer a população a acreditar no plano que dizem ter para melhora a condição de vida da população.
Ainda não dá afirmar os motivos que travam o avanço dos projetos e a aceitação do resultado dos projetos ditos findos. O que dá para dizer é que apenas uma pequena parcela da população consegue sentir, favoravelmente, os resultados.
As dificuldades se evidenciam quando se busca informações - sejam elas quais forem - que pretenda fazer a apuração do grau de satisfação atual da população. Sempre prevalece a reclamação. O que mais choca é que não se trata de uma insatisfação forçada é, sim, o resultado de um sentimento verdadeiro, sem qualquer exagero, que os populares expressam sem qualquer limite.
Esse tempo, passado da metade do período do sol, se tornara comum se ver a satisfação da população com ela mesma, embora pudesse até não estar satisfeita com os dirigentes do Estado ou representantes do povo.
Fica a impressão de que já não dá mais para apenas um, ou um grupo, assumir a responsabilidade por tudo. Já está clara a exigência social de que cada um precisa assumir a sua própria responsabilidade, aquela que faz parte do todo e que tem às mãos porque quis, isto é, recebeu a incumbência de forma voluntária.
É provável até que o modo imposto durante os últimos anos - isso falando de dez anos em diante - tenha contribuído para o desgaste da engrenagem que precisa funcionar automaticamente, sem ser alimentada por desculpas ou por troca de favores onde uma das unidades de troca é o voto.
É claro que os políticos precisam fazer política todos os dias, mas também está claro que fazer política não significa limitar-se a conversar ou dialogar apenas com os seus, quase sempre procurando a melhor forma de renovar os mandatos, de como vai ser conduzida a próxima campanha.
A população vem percebendo que todas as mexidas na “máquina administrativa” são feita no sentido de aumentar as chances no “próximo pleito eleitoral” e, nesse contexto, entram todos aqueles que estão com mandato e procuram uma forma de perpetuar-se nos cargos que lhes foram dados pelo eleitor para serem exercidos em nome da população e não em nome da família.
A situação é difícil para os que manipulam o processo, mas está muito mais difícil para a população, essa mesma população que vai mandar os seus eleitores às urnas em 2014, no dia 5 de outubro, para definir quem receber os diplomas para o exercício executivo ou para o exercício de representação.
A evolução da gestão pública é muito lenta na maioria dos rumos, mas para alguns daqueles rumos, chega a estar de marcha-a-ré, empreendendo um retrocesso que não é superado nem pelas realizações que são efetivadas no processo de gestão.
Pode ser até que algumas providências administrativas ou algumas condescendências administrativas estejam contribuindo para isso e fazendo com que a administração pública se movimente em círculos e não saia do lugar.

É preciso despertar para a realidade, descer das fantasias trazendo o de bom tiver por lá, dispensado os marqueteiros que insistem em desmoralizar a gestão, produzindo mídias irreais, colocando obstáculo para que os gestores pulem, fazendo gol contra e, quem sabe, se cansem também.

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