GOL CONTRA
Rodolfo Juarez
São
evidentes as dificuldades que os executivos públicos que atuam nesse momento,
no Estado do Amapá, estão encontrando para convencer a população a acreditar no
plano que dizem ter para melhora a condição de vida da população.
Ainda
não dá afirmar os motivos que travam o avanço dos projetos e a aceitação do
resultado dos projetos ditos findos. O que dá para dizer é que apenas uma
pequena parcela da população consegue sentir, favoravelmente, os resultados.
As
dificuldades se evidenciam quando se busca informações - sejam elas quais forem
- que pretenda fazer a apuração do grau de satisfação atual da população.
Sempre prevalece a reclamação. O que mais choca é que não se trata de uma
insatisfação forçada é, sim, o resultado de um sentimento verdadeiro, sem
qualquer exagero, que os populares expressam sem qualquer limite.
Esse
tempo, passado da metade do período do sol, se tornara comum se ver a
satisfação da população com ela mesma, embora pudesse até não estar satisfeita
com os dirigentes do Estado ou representantes do povo.
Fica a
impressão de que já não dá mais para apenas um, ou um grupo, assumir a
responsabilidade por tudo. Já está clara a exigência social de que cada um
precisa assumir a sua própria responsabilidade, aquela que faz parte do todo e
que tem às mãos porque quis, isto é, recebeu a incumbência de forma voluntária.
É
provável até que o modo imposto durante os últimos anos - isso falando de dez
anos em diante - tenha contribuído para o desgaste da engrenagem que precisa
funcionar automaticamente, sem ser alimentada por desculpas ou por troca de
favores onde uma das unidades de troca é o voto.
É claro
que os políticos precisam fazer política todos os dias, mas também está claro
que fazer política não significa limitar-se a conversar ou dialogar apenas com
os seus, quase sempre procurando a melhor forma de renovar os mandatos, de como
vai ser conduzida a próxima campanha.
A
população vem percebendo que todas as mexidas na “máquina administrativa” são
feita no sentido de aumentar as chances no “próximo pleito eleitoral” e, nesse
contexto, entram todos aqueles que estão com mandato e procuram uma forma de
perpetuar-se nos cargos que lhes foram dados pelo eleitor para serem exercidos
em nome da população e não em nome da família.
A
situação é difícil para os que manipulam o processo, mas está muito mais
difícil para a população, essa mesma população que vai mandar os seus eleitores
às urnas em 2014, no dia 5 de outubro, para definir quem receber os diplomas
para o exercício executivo ou para o exercício de representação.
A
evolução da gestão pública é muito lenta na maioria dos rumos, mas para alguns
daqueles rumos, chega a estar de marcha-a-ré, empreendendo um retrocesso que
não é superado nem pelas realizações que são efetivadas no processo de gestão.
Pode
ser até que algumas providências administrativas ou algumas condescendências
administrativas estejam contribuindo para isso e fazendo com que a
administração pública se movimente em círculos e não saia do lugar.
É
preciso despertar para a realidade, descer das fantasias trazendo o de bom
tiver por lá, dispensado os marqueteiros que insistem em desmoralizar a gestão,
produzindo mídias irreais, colocando obstáculo para que os gestores pulem,
fazendo gol contra e, quem sabe, se cansem também.
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