quarta-feira, 13 de novembro de 2013

UMA QUESTÃO DE ESTRATÉGIA
Rodolfo Juarez
No próximo dia 29 de novembro, uma sexta-feira, termina o prazo para que o eleitor já inscrito e aqueles que, têm condições de fazer a inscrição eleitoral, mas que ainda não a fez, realize o seu cadastramento através do registro biométrico.
As autoridades que estão coordenando o trabalho de cadastramento biométrico e do recadastramento eleitoral dizem-se preocupadas com a ausência de significativa parcela do eleitorado potencial, que ainda não compareceu para realizar a sua inscrição que vai deixa-lo apto a votar.
Algumas considerações precisam ser feitas para que, a partir dai se busque uma forma de atrair os eleitores para que compareçam nos últimos quinze dias da revisão e faça a sua inscrição eleitoral biométrica.
Entre as considerações vale lembrar que, em torno de 15% dos eleitores aptos a votar nas eleições, sejam municipais, regionais ou nacionais, não comparecem para exercer o direito e a obrigação de votar.
Então é razoável esperar que essa seja uma marca que terá grande chance de ser registrada no final dos trabalhos. Ora, se 15% dos leitores não comparecem para votar é provável que esse mesmo percentual de eleitores não compareça para fazer a revisão ou o cadastramento biométrico.
Em nenhum momento a campanha que visava motivar os eleitores foi destinada àqueles que se acostumaram, por uma razão que só diz respeito a ele, a justificar o não comparecimento à seção eleitoral no dia da eleição ou que prefere pagar a multa a ter que votar.
Claro que faltar a uma eleição em um país como o Brasil é um equívoco de cidadania, mesmo assim tem-se observado que esse equívoco sempre esteve na mira para ser combatido, através do bom combate, mas nunca assim foi. Os resultados apurados, a cada pleito, com relação ao não comparecimento, nunca foram tidos como prejuízo eleitoral, considerando a vertente da cidadania.
Mesmo agora, quando da campanha de chamamento para o comparecimento, as falhas na estratégia adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral, se foram identificadas, elas não foram eliminadas, uma vez que os problemas continuaram.
Uma dessas falhas foi destacar as punições para aqueles já inscritos como eleitor, que não comparecessem para o recadastramento e a inscrição biométrica. Afinal de contas, as eleições servem para eleger os dirigentes nacionais, estaduais e municipais e as pesquisas mostram a decepção daquele eleitor. Esse dado, se bem analisado, poderia mudar o rumo da campanha.
A insistência na mesma linha punitiva foi um erro grave, pois, o percentual daqueles que precisam do título eleitoral para levar a sua vida e não estão dispostos a comparecer é muito pequeno. O maior contingente de eleitores que não comparece para votar e não vai comparecer para recadastrar-se é de eleitores insatisfeitos com os resultados que vê serem anunciados todos os dias pelos meios de comunicação social.
Outro importante elemento pode ser debitado para aqueles que estão com mandato que também deixaram para os últimos dias fazerem o que poderia ter sido feito logo no começo da campanha. Mas não, só agora e, por absoluta necessidade!
A Justiça Eleitoral, não só a daqui do Amapá, mas de qualquer parte do Brasil, pode se preparar para ter dificuldades para alcançar as suas metas e ter o eleitorado com os menos números biométricos de quando o cadastramento eleitoral não precisava conferir as digitais.

Não pelas digitais, mas porque o momento o percentual de decepcionados com os seus líderes é maior do que o histórico teto de 15% de eleitores que preferem a coluna da abstenção no dia da eleição.

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