quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Espectro da eleição

Rodolfo Juarez
As eleições do ano que vem desde agora já tem o seu espectro. Não é porque só terá o seu ponto máximo no dia 5 de outubro de 2014, dia da eleição, que as questões não apareçam agora e exigindo solução imediata.
Os candidatos mais certos se esforçam para dizer que “ainda não é hora de falar” em eleição e aqueles que ainda estão “cavando” uma vaga para disputa-la, se apressam em dizer que “apesar das dificuldades” vão para as disputas.
Desde agora, portanto, cada qual se vale da estratégia que entende que pode dar melhora resultado e que, além de aumentar as chances de vitória, ainda imagina uma colocação, no caso das eleições proporcionais, que lhe garanta não depender de outros para chegar aos objetivos que tem definido.
É por isso que os pré-candidatos se apresentam ao eleitor de forma diferente. É por isso que as chances de cada qual são vistas de forma diferente por aqueles que estão exercendo mandato e aqueles que não estão exercendo mandato, mas todos eles sabem que os fatos políticos estão atrelados diretamente aos fatos sociais.
Até agora, para as disputas do cargo de Governador do Estado, uma das eleições majoritárias do dia 5 de outubro de 2014, pelo menos oito candidatos já se apresentaram aos seus partidos e, certamente, apresentaram o desenho de suas campanhas, inclusive a forma como pretendem disputara os votos.
Camilo Capiberibe (PSB), Lucas Barreto (PSD), Waldez Góes (PDT), Aline Gurgel (PR), Gilvan Borges (PMDB), Jonas Pinheiro (PTC), Moisés Rivaldo (PRP), Jorge Amanajás, além de outros nomes que serão apresentados ao eleitor até as convenções de junho do ano que vem, estão com planos prontos e cronogramas adequados às situações que cada um vislumbra para a campanha e que, certamente, tem como foco a vitória.
Como se sabe, a eleição para Governador de Estado é realizada em dois turnos de votação: o primeiro turno, no primeiro domingo de outubro, e o segundo turno, no último domingo de outubro, e os atuais coordenadores dos trabalhos já discutem a melhor estratégia para estar no segundo turno, etapa da eleição que apenas é provável, pois, só ocorrerá em caso especial, e só se saberá, depois da apuração dos votos havidos no primeiro turno de votação.
Por enquanto equilibrar as declarações é o que melhor estão aconselhando os que estão analisando a atualidade, ou seja, os olhos estão voltados para o desempenho do governador Camilo e, conforme a maior ou menor a aceitação da população, maior ou menor será a chance da reeleição e, certamente, as chances dos outros candidatos.
Não é que a condição seja todos contra um, mas é de se compreender, que para a oposição são duas frentes, bem distintas e treinadas agora: uma para acompanhar a evolução do atual governo e outra para acompanhar o desempenho dos demais concorrentes.
Enquanto um tem a máquina, os outros contam com a insatisfação da população com os resultados que estão sendo apresentados pelo atual governo.
É por isso que é importante, demais, para os estrategistas que estão trabalhando a reeleição, apresentarem os melhores resultados e de uma forma bem dosada, para que não seja exagerada e, ao mesmo tempo, não ser simplificada demais, para que tudo não seja entendido como apenas o cumprimento de uma obrigação.
A população espera sempre que o seu governante faça algo extraordinários, inesperado e que, fundamentalmente, goste e lhe sirva para alguma coisa.

Vale lembrar que as eleições de outubro não são apenas para governador. Naquela oportunidade os eleitores estarão definindo os nomes de um senador, oito deputados federais e vinte e quatro deputados estaduais. Responsabilidade suficiente para que cada um desses eleitores procure conhecer as necessidades da população e as condições de cada candidato e, assim, minimizar a possibilidade de erro.

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