TURISMO: POR ENQUANO APENAS UMA COLEÇÃO DE PROBLEMAS
Rodolfo Juarez
Os
responsáveis pelo desenvolvimento da infraestrutura turística do Estado do
Amapá e, especialmente de Macapá, estão encontrando muitas dificuldades para
mudar a realidade, ou estão sonhando, profundamente, com uma realidade muito
difícil de ser alcançada.
A
metodologia que possa identificar os pontos de convergência do setor ainda não
está disponível. Tanto a Prefeitura de Macapá, através de sua coordenadoria especializada,
como o Governo do Estado, através de sua secretaria executiva, não conseguem
alcançar os resultados que constam dos seus planos.
Alguma
coisa está muito errada ou todas as tentativas não estão dando certo.
Dá para
perceber que não falta vontade da parte dos técnicos e até, dos coordenadores e
do responsável pelo setor, mas, os resultados alcançados pouquíssimo têm a ver
com a potencialidade anunciada pelos próprios técnicos e pelos gestores.
Como se
não bastasse a insegurança, o maltrato e a indisciplina no uso de toda a orla
da frente da cidade, especialmente a que fica entre o Igarapé das Mulheres e o
Araxá, agora o Trapiche Eliezer Levy, com menos de 100 metros de comprimento,
se transforma em um desafio – evitar que o local vire em um ponto de uso de
drogas e de exercício da marginalidade.
Até
mesmo o bondinho, entregue em abril de 2011 como se fosse um grande troféu da
administração, não funciona há bastante tempo, mostrando que a negação do que
foi afirmado, mais uma vez entra para a conta das medidas que não deram certo.
E nunca
vai dar certo se continuar assim...
É
evidente que esses locais precisam ser especialmente cuidados, onde não pode
haver qualquer sinal de insegurança ou de mau uso.
E é
exatamente a insegurança e o mau uso que está evidenciado.
Por
causa da insegurança, as pessoas deixam de frequentar o local. Esse é o
comportamento natural de qualquer um que perceba que não lhe é dada a garantia
de tranquilidade.
Por
causa do mau uso dos locais as pessoas também se afastam e não se arriscam a se
aproximar. Afinal, quem não procuraria evitar a aproximação dos filhos de
pessoas que estão consumindo drogas, seja do tipo que for, seja no lugar que
for.
É
preciso que as autoridades reconheçam a situação atual, elabore um plano e
enfrente o problema, de outra forma o problema pode aumentar e quando programar
intervir, as questões já estarão agigantados e fazendo exigências que podem não
estar mais ao alcance das administrações.
Por
enquanto, a solução depende de uma tomada de decisão, com o setor tomando conta
das atividades a ele inerentes, deixando de sonhar, pois aqui, não é um dos
locais que estão descritos nos livres acadêmicos ou de divulgação de pontos
turísticos.
Qualquer
unidade turística começa fazendo turismo para os que fazem o cotidiano no
local.
Errado
está aquele que pensa em preparar a infraestrutura turística do Estado para
aqueles que vêm aqui de vez em quando, nos transatlântico, que desembarcam pro
uma ou duas horas, às vezes apenas para atender necessidades da própria
condição humana, não deixam nada, a não ser o pagamento de um chapéu de palha e
muita reclamação do calor.
Não é
exagero, mas qualquer um pode dizer que até agora ainda nada deu certo e que,
nesse aspecto, houve regressão na qualidade, que já chegou a pontos bem
melhores quando foi trabalhado considerando outros parâmetros.
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