terça-feira, 5 de novembro de 2013

O aumento no preço da gasolina

Rodolfo Juarez
Os brasileiros devem preparar o bolso para pagar a conta da Petrobrás.
O Governo agora não vai querer vender ações da empresa com promessas mirabolantes, mas vai aumentar o preço dos derivados de petróleo para forrar o caixa da empresa que precisa pagar 6 bilhões para o próprio governo.
Sim, seis bilhões, esse é o desembolso que terá que fazer para honrar o contrato que terá que assinar para exploração do petróleo da região do pré-sal que foi leiloada no mês passado.
Tentando desviar a atenção da população foi antecipado o lançamento de um projeto que aponta uma redução de 94,5% do enxofre na mistura que hoje é utilizada na gasolina de motores de automóveis, reduzindo de 800 partes por milhão, para menos de 50 partes por milhão.
A campanha já está nas ruas, nos jornais, nas revistas, no rádio e na televisão. Afinal teria que ser encontrado uma forma para equilibrar as já desequilibradas contas da estatal de petróleo brasileira.
Aliás, com relação ao leilão, ao contrário do que dizem as autoridades do Governo, os especialistas estão afirmando que esse primeiro, para exploração do pré-sal brasileiro, foi um fiasco.
Fiasco ou não, o que se sabe é que a Petrobrás acabou tendo que assumir boa parte dos riscos para a exploração do primeiro lote, uma vez que os esperados competidores internacionais recuaram depois de analisar a estabilidades das regras nacionais para o caso, que não são vistas pelos que deveriam investir na exploração.
O certo é que o brasileiro deve preparar o bolso para o aumento da gasolina, do óleo diesel, do querosene e de todos os demais derivados, inclusive o asfalto.
O preço da gasolina mexe com todos os brasileiros!
Os taxistas já estão analisando a questão, pois sabem que terão muitas dificuldades para, com a tarifa atual, rodar e manter o tanque cheio. Eles já imaginam que terão dificuldades pela frente com o tal aumento.
Também os passageiros de avião, que não têm qualquer certeza com relação ao preço das passagens, também já sabem que terão mais um ponto para aumentar os preços, apesar de todos reconhecerem que está muito caro viajar de avião, dentro do Brasil.
Então, preparem-se os donos de carros para o aumento da gasolina e dos demais derivados como pneus e óleo lubrificante; que se prepare o contribuinte para pagar a contar do aumento do asfalto que tanto Macapá precisa.
Além de tudo isso o Governo Central vem avisando que uma das estratégias que estão sendo estudadas para equilibrar o caixa da Petrobrás será a o que o ministro da pasta passou a chamar de equilíbrio no preço.
Estão divulgando intensamente que o preço da gasolina vendida no Brasil está defasado em torno de 30%, isto é, o preço do litro na bomba precisaria ser aumentado em 30% para equilibrar o balanço da Petrobrás, muito embora a empresa tenham anunciado, há poucos dias, um lucro no terceiro trimestre superior a 3 bilhões de reais.
A impressão que fica e que os gestores da área do petróleo estão sabendo que têm a necessidade de aumentar o preço da gasolina e o que estão buscando é uma forma de fazer o anúncio e ainda obter os aplausos da população.
Tradicionalmente esses aumentos são deixados para depois da eleição, mas a situação da estatal brasileira é tão crítica, no olhar dos seus acionistas, principalmente os externos, que vai ser antecipado e para logo, no dia primeiro de janeiro de 2014.
Estão sendo feitos vários “ensaios” com a população para, então, decidir qual o modelo que será adotado para o aumento. Até agora dois testes foram feitos: o aumento de acordo com o preço internacional do barril do petróleo em dólares; ou o tal projeto de diminuição de enxofre na gasolina.
Nos dois quem paga a conta é o consumidor!

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