Rodolfo Juarez
Os
brasileiros devem preparar o bolso para pagar a conta da Petrobrás.
O
Governo agora não vai querer vender ações da empresa com promessas
mirabolantes, mas vai aumentar o preço dos derivados de petróleo para forrar o
caixa da empresa que precisa pagar 6 bilhões para o próprio governo.
Sim,
seis bilhões, esse é o desembolso que terá que fazer para honrar o contrato que
terá que assinar para exploração do petróleo da região do pré-sal que foi
leiloada no mês passado.
Tentando
desviar a atenção da população foi antecipado o lançamento de um projeto que
aponta uma redução de 94,5% do enxofre na mistura que hoje é utilizada na
gasolina de motores de automóveis, reduzindo de 800 partes por milhão, para
menos de 50 partes por milhão.
A
campanha já está nas ruas, nos jornais, nas revistas, no rádio e na televisão.
Afinal teria que ser encontrado uma forma para equilibrar as já desequilibradas
contas da estatal de petróleo brasileira.
Aliás,
com relação ao leilão, ao contrário do que dizem as autoridades do Governo, os
especialistas estão afirmando que esse primeiro, para exploração do pré-sal
brasileiro, foi um fiasco.
Fiasco
ou não, o que se sabe é que a Petrobrás acabou tendo que assumir boa parte dos
riscos para a exploração do primeiro lote, uma vez que os esperados
competidores internacionais recuaram depois de analisar a estabilidades das
regras nacionais para o caso, que não são vistas pelos que deveriam investir na
exploração.
O certo
é que o brasileiro deve preparar o bolso para o aumento da gasolina, do óleo
diesel, do querosene e de todos os demais derivados, inclusive o asfalto.
O preço
da gasolina mexe com todos os brasileiros!
Os
taxistas já estão analisando a questão, pois sabem que terão muitas
dificuldades para, com a tarifa atual, rodar e manter o tanque cheio. Eles já
imaginam que terão dificuldades pela frente com o tal aumento.
Também
os passageiros de avião, que não têm qualquer certeza com relação ao preço das
passagens, também já sabem que terão mais um ponto para aumentar os preços,
apesar de todos reconhecerem que está muito caro viajar de avião, dentro do
Brasil.
Então,
preparem-se os donos de carros para o aumento da gasolina e dos demais
derivados como pneus e óleo lubrificante; que se prepare o contribuinte para
pagar a contar do aumento do asfalto que tanto Macapá precisa.
Além de
tudo isso o Governo Central vem avisando que uma das estratégias que estão
sendo estudadas para equilibrar o caixa da Petrobrás será a o que o ministro da
pasta passou a chamar de equilíbrio no preço.
Estão
divulgando intensamente que o preço da gasolina vendida no Brasil está defasado
em torno de 30%, isto é, o preço do litro na bomba precisaria ser aumentado em
30% para equilibrar o balanço da Petrobrás, muito embora a empresa tenham
anunciado, há poucos dias, um lucro no terceiro trimestre superior a 3 bilhões
de reais.
A
impressão que fica e que os gestores da área do petróleo estão sabendo que têm
a necessidade de aumentar o preço da gasolina e o que estão buscando é uma
forma de fazer o anúncio e ainda obter os aplausos da população.
Tradicionalmente
esses aumentos são deixados para depois da eleição, mas a situação da estatal
brasileira é tão crítica, no olhar dos seus acionistas, principalmente os
externos, que vai ser antecipado e para logo, no dia primeiro de janeiro de
2014.
Estão
sendo feitos vários “ensaios” com a população para, então, decidir qual o
modelo que será adotado para o aumento. Até agora dois testes foram feitos: o
aumento de acordo com o preço internacional do barril do petróleo em dólares;
ou o tal projeto de diminuição de enxofre na gasolina.
Nos
dois quem paga a conta é o consumidor!
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