terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Macapá: 256 anos

Rodolfo Juarez
Macapá completa neste dia 4 de fevereiro 256 de fundação. Mesmo naqueles tempos próximos da fundação, os poucos moradores já imaginavam que a vila se transformaria em uma das cidades mais prósperas da região.
No segundo estágio, no período em que foi criado o Território Federal do Amapá, foi preciso que o govenador nomeado para assumir o comando da administração dessa unidade avançada da União, percebesse o que os mandatários da Capital do Brasil, não perceberam – Macapá era o local apropriado para ser a capital do Território Federal recém-criado.
Os primeiros investimentos foram para atender os dirigentes que chegavam, com o sacrifício dos moradores que estavam por aqui, mais perto da “beira”, vendo o rio encher e vazar a cada seis horas.
Naquele momento esses moradores foram deslocados para outras áreas, longe demais para aquele tempo, mas praticamente no centro da Macapá atual, cidade de 400 mil habitantes, boa parte vinda de outros centros, alguns mais avançados, outros mais atrasados; alguns não brasileiros que se mostravam dispostos a contribuir com o desenvolvimento, principalmente oferecendo produtos e serviços que os funcionários públicos precisavam.
O “descobrimento” da Fortaleza de São José de Macapá, como uma edificação capaz de ser o símbolo da cidade demorou. Antes ela foi usada como prisão, principalmente de presos políticos da época da revolução, isso já depois de 1964.
Nessa época Macapá ainda não tinha 100 mil habitantes e já via multiplicar essa população a cada ano, pois, desde essa época, já se prometia a infraestrutura que o Território Federal do Amapá precisava para se tornar um ponto avançado do território brasileiro, tomando como exemplo a questão que fora enfrentada pelas autoridades da república por ocasião da defesa que chegou às cortes suíças, onde foi elaborado e assinado o Laudo Suíço, isso em 1900.
Macapá se impunha como o principal município do Território, que contava com outros quatro municípios, e a cidade de Macapá como a grande referencia amapaense, não só como capital do Território Federal do Amapá, mas pela importância que ganhava, considerando a posição geográfica do seu território e o aproveitamento que vinha sendo feito.
Os distritos de Fazendinha e Santana se destacavam. O primeiro pelo seu potencial turístico e o segundo, pela sua importância econômica. Em Santana, então distrito do município de Macapá, estava o porto de minério, pertencente a uma das maiores empresas da região e do Brasil, a ICOMI.
Naqueles tempos o prefeito de Macapá era nomeado pelo governador do Território do Amapá, até que, em 1985, foi fado o direito de o povo escolher, através do voto direto, o prefeito municipal de Macapá.
No dia primeiro de fevereiro de 1986 o primeiro prefeito eleito pelo voto direto do povo foi empossado. O professor Raimundo Azevedo Costa, em novembro de 1985, havia obtido mais de 54% dos votos. Veio com o professor, a também professora, Raquel Capiberibe. O mandato foi de 3 anos e terminou no dia 31 de dezembro de 1989.
No dia 1º de janeiro de 1989, para um mandato de 4 anos, assumiu a prefeitura de Macapá, João Capiberibe; no primeiro dia de janeiro de 1993 quem assumiu foi o médico Papaléo Paes; em 1997, foi Annibal Barcellos que assumiu o cargo de prefeito municipal de Macapá. Até ai os prefeitos não podiam se reeleger.
Já com a inovação da reeleição, João Henrique assumiu a primeira vez, em 1º de janeiro de 2001 e a segunda, fora reeleito, em 1º de janeiro de 2005. Roberto Góes sucedeu e assumindo a prefeitura em 1º de janeiro de 2009.
O atual prefeito, Clécio Luís, assumiu a prefeitura de Macapá em 1º de janeiro de 2013 estando, portanto, no segundo ano de seu mandato em 2014.
Alguns dos prefeitos não conseguiram cumprir bem o rol de atribuições que o eleitor lhes confiou.
A gestão municipal não passa por um bom momento. As alegações dos dirigentes atuais são as mesmas alegadas pelos dirigentes anteriores, relativamente aos seus antecessores. Todos, entretanto, ficaram devendo muito considerando o que precisavam fazer.

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