Rodolfo Juarez
É
possível que o governador Camilo tenha percebido a importância dos
investimentos em obras no Amapá, depois das possibilidades que viu abrir-se com
a reabertura do Estádio Estadual Milton de Souza Correa.
Deixando
de lado os exageros propagados pelos arautos inconsequentes, ficou claro que,
mesmo correndo riscos políticos, a questão eleitoral tem chances de avançar
satisfatoriamente, desde que seja dosado o assunto, tanto para não irritar a
fiscalização eleitoral, como para acalmar aquele que precisam agradar o
“chefe”, mesmo que para isso tenha que esconder os erros que os outros e eles
mesmos cometem.
O
futebol, como o carnaval, tem um grande número de pessoas que estão dispostas a
cooperar, fazendo funcionar o meio que lhe é colocado à disposição.
O que
passa a impressão é que os gestores estaduais ficaram - ou se sentem - reféns
dessas duas atividades que são eminentemente sociais, mas, desde quando o setor
público, para participar com primazia, se dispõe a gastar dinheiro público, e
muito dinheiro público, na execução daquelas atividades, encruando as
iniciativas dos dirigentes do carnaval e do futebol e privilegiando a
mediocridade ou aqueles que são oportunistas e querem fazer meio de vida de uma
atividade social, baseada no prestígio e na honraria.
Como no
carnaval e no futebol, as outras manifestações sociais também só acontecem ser
receberem o mesmo tratamento: com os festivais que são realizados conforme a
época ou conforme a disposição deste ou daquele dirigente.
Mas
voltando para o ponto principal, basta prestar a atenção para a falta que faz a
conclusão da obra do Canal da Mendonça Júnior, do Shopping Popular, do Complexo
Beira Rio (etapa da frente da Residência Oficial), do Píer 2 do Orla do Bairro
Santa Inês, do Hospital do Câncer, de melhoria das rodovias estaduais Duca
Serra e JK.
Deixar
essas obras como estão prejudicam o resultado das outras, quando o munícipe é
levado a observar apenas os pontos negativos, como são muitos, encobrem os
pontos positivos, deixando todo mundo aborrecido, inclusive o governador. O
secretário para agradar, ou mudar o clima, prefere dizer para “não dar
ouvidos”, pois, os que reclamam “são da oposição”.
Basta
lembrar que todos (ou a maioria), da “oposição” ou da “situação”, moram na
mesma cidade e sentem os mesmos problemas ou convivem com esses mesmos
problemas, com uma diferença básica: a “oposição” vê o lado ruim da bondade; e
a “situação” e os “aliados”, destacam o lado bom da maldade.
O
exemplo do Estádio Estadual, que foi reaberto na sexta-feira passada, dia 15,
só não terá efeito positivo se o local tiver, outra vez, desvio de finalidade,
ou seja, por exemplo, colocando no Estádio um Batalhão da Polícia Militar, um
guarnição do Corpo de Bombeiros Militar, uma repartição da Secretaria de
Esporte e Lazer, ou outra qualquer atividade, inclusive não governamental.
O
Estádio Estadual tem as suas dependências preparadas para dar conforto àqueles
que vão lá ver os jogos de futebol ou as competições relacionadas, mas apenas
isso e lá deve estar apenas administração do próprio estádio, não para ser
vigia, mas com poder de decidir questões importantes e que tenham referência
com a sua finalidade.
Tomara
que o governador tenha percebido isso e, além de dar continuidade à obra e
terminar o que falta, também entenda, ele e seus auxiliares, que ali é um local
para realização de competições oficiais, nem que para isso tenha que cobrar dos
responsáveis pela Federação de Futebol, um calendário para fazer com que o uso,
além de ser racional, seja pleno.
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