terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Os partidos novos no Amapá

OS PARTIDOS NOVOS
Rodolfo Juarez
O Partido Social Democrático (PSD), registrado no dia 27 de setembro de 2011 e que tem como presidente nacional o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, ganhou projeção nacional devido o número de parlamentares federais que conseguiu arregimentar e filiá-los. No Amapá, o partido tem como presidente o deputado estadual Eider Pena e já se prepara para avançar sobre o governo do Estado e, para tanto, apresentou como pré-candidato ao cargo de governador, o vereador Lucas Barreto.
O Partido Republicano da Ordem Social (PROS), registrado no TSE desde o dia 24 de setembro de 2013, também obteve bom resultado atraindo os parlamentares federais que entregaram a direção nacional do partido para Eurípedes de Macedo Júnior, enquanto no Amapá, a direção estadual do partido foi entregue à ex-deputada Francisca Favacho que se arruma para mostrar a que veio, já nas eleições de 2014. Não deve ter candidato ao cargo de governador.
O Solidariedade (SDD) tem como presidente nacional Marcílio Duarte Lima, registrado no TSE no dia 24 de setembro de 2013, também conseguiu articular-se bem e arregimentar um quadro razoável de parlamentares federais. No Amapá a direção estadual do partido está entregue ao deputado federal Sebastião Bala Rocha que, certamente vai priorizar a sua candidatura à reeleição no cargo de deputado federal e testar se fez um bom negócio saindo do PDT, partido pelo qual conseguiu os últimos oito anos de mandato como deputado federal.
São os três partidos mais recentes e que vão para os seus primeiro testes em uma eleição regional ao mesmo tempo de uma eleição nacional.
E porque esse destaque para a eleição nacional?
Porque as alianças locais terão forte influência das alianças nacionais, sem maior peso para qualquer uma delas.
Os três partidos, PSD, PROS e SDD vão mostrar-se ao eleitor amapaense pela primeira vez, isso sem contar a incursão do PSD, durante a campanha de 2012, pelos municípios, onde não conseguiu bons resultados.
Dos três novos partidos apenas o PSD mostra-se disposto a enfrentar uma eleição para o cargo de governador, os outros dois partidos, pretendem, nas eleições outubro, consolidar as bases e eleger o maior número possível de parlamentares federais e parlamentares estaduais.
Os novos partidos, considerando a desempenho das suas principais “estrelas” locais, mostram-se com chances de obter sucesso em alguns cargos que estarão disputando. Isso quer dizer que, apesar dos “voos” havidos no ano passado, o eleitor ainda não disse se aprova ou desaprova esses partidos.
O grande teste vai ser na eleição de 2014.
No momento e pelo visto, são partidos que nasceram de médio para grandes, considerando o número de mandatos que conseguiram arregimentar quando atraíram os políticos que têm mandato para constar a lista de filiados.
São partidos novos, mas dão a impressão que não têm coisa nova para mostrar para o eleitor e, em assim sendo, os nomes passam a ser muito importante quando apresentados na lista de candidatos no final de junho, depois das convenções.
As primeiras aparições no programa eleitoral gratuito da televisão não causaram maior impacto e o eleitor viu as autoridades dos novos partidos, como velhas autoridades de velhos partidos.
Se valer a máxima da “primeira” impressão, é possível que o eleitor nem leve em consideração as siglas novas e continue valendo-se das referências dos nomes velhos que estão nos partidos novos.
A culpa disso é dos próprios novos partidos que não divulgaram o seu programa e a sua proposta. O estatuto interessa muito mais para o filiado do que para o eleitor que apenas vota e escolhe os seus dirigentes e representantes.

Quem está gostando da “estratégia” dos novos partidos são os partidos com mais tempo de registro, que terão que dividir nada com os seus novos concorrentes.

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