OS PARTIDOS NOVOS
Rodolfo Juarez
O
Partido Social Democrático (PSD), registrado no dia 27 de setembro de 2011 e
que tem como presidente nacional o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab,
ganhou projeção nacional devido o número de parlamentares federais que
conseguiu arregimentar e filiá-los. No Amapá, o partido tem como presidente o
deputado estadual Eider Pena e já se prepara para avançar sobre o governo do
Estado e, para tanto, apresentou como pré-candidato ao cargo de governador, o
vereador Lucas Barreto.
O
Partido Republicano da Ordem Social (PROS), registrado no TSE desde o dia 24 de
setembro de 2013, também obteve bom resultado atraindo os parlamentares
federais que entregaram a direção nacional do partido para Eurípedes de Macedo
Júnior, enquanto no Amapá, a direção estadual do partido foi entregue à
ex-deputada Francisca Favacho que se arruma para mostrar a que veio, já nas
eleições de 2014. Não deve ter candidato ao cargo de governador.
O
Solidariedade (SDD) tem como presidente nacional Marcílio Duarte Lima,
registrado no TSE no dia 24 de setembro de 2013, também conseguiu articular-se
bem e arregimentar um quadro razoável de parlamentares federais. No Amapá a
direção estadual do partido está entregue ao deputado federal Sebastião Bala
Rocha que, certamente vai priorizar a sua candidatura à reeleição no cargo de
deputado federal e testar se fez um bom negócio saindo do PDT, partido pelo
qual conseguiu os últimos oito anos de mandato como deputado federal.
São os
três partidos mais recentes e que vão para os seus primeiro testes em uma
eleição regional ao mesmo tempo de uma eleição nacional.
E
porque esse destaque para a eleição nacional?
Porque
as alianças locais terão forte influência das alianças nacionais, sem maior
peso para qualquer uma delas.
Os três
partidos, PSD, PROS e SDD vão mostrar-se ao eleitor amapaense pela primeira
vez, isso sem contar a incursão do PSD, durante a campanha de 2012, pelos
municípios, onde não conseguiu bons resultados.
Dos
três novos partidos apenas o PSD mostra-se disposto a enfrentar uma eleição
para o cargo de governador, os outros dois partidos, pretendem, nas eleições
outubro, consolidar as bases e eleger o maior número possível de parlamentares
federais e parlamentares estaduais.
Os
novos partidos, considerando a desempenho das suas principais “estrelas”
locais, mostram-se com chances de obter sucesso em alguns cargos que estarão
disputando. Isso quer dizer que, apesar dos “voos” havidos no ano passado, o
eleitor ainda não disse se aprova ou desaprova esses partidos.
O
grande teste vai ser na eleição de 2014.
No
momento e pelo visto, são partidos que nasceram de médio para grandes,
considerando o número de mandatos que conseguiram arregimentar quando atraíram
os políticos que têm mandato para constar a lista de filiados.
São
partidos novos, mas dão a impressão que não têm coisa nova para mostrar para o
eleitor e, em assim sendo, os nomes passam a ser muito importante quando
apresentados na lista de candidatos no final de junho, depois das convenções.
As
primeiras aparições no programa eleitoral gratuito da televisão não causaram
maior impacto e o eleitor viu as autoridades dos novos partidos, como velhas
autoridades de velhos partidos.
Se
valer a máxima da “primeira” impressão, é possível que o eleitor nem leve em
consideração as siglas novas e continue valendo-se das referências dos nomes
velhos que estão nos partidos novos.
A culpa
disso é dos próprios novos partidos que não divulgaram o seu programa e a sua
proposta. O estatuto interessa muito mais para o filiado do que para o eleitor
que apenas vota e escolhe os seus dirigentes e representantes.
Quem
está gostando da “estratégia” dos novos partidos são os partidos com mais tempo
de registro, que terão que dividir nada com os seus novos concorrentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário