Rodolfo Juarez
Por
essa o PSB não esperava e, por isso, não está conseguindo se posicionar frente
ao PSOL, sem saber se ainda pode continuar alimentando a esperança na aliança
para as disputas eleitorais de 2014 ou se o prejuízo é menor deixando de lado
os elementos de comunicação que ainda restam.
Muito
embora os dirigentes do Partido Socialista Brasileiro do Amapá soubessem que a
política precisa ser conduzida conforme a sua delicadeza, também podiam
entender que o objetivo de qualquer grupo político, principalmente quando
organizado em um partido político, é a conquista do poder.
Está
certo que ninguém “engorda a cobra para ser engolida por ela”, uma situação
dessa além de ser indesejada é sempre surpreendente, pois a primeira coisa que
um aliado esquece-se do outro, é a fidelidade bem como a necessidade de
conhecer todos os segredos ou aqueles mais importantes.
Qualquer
dirigente partidário precisa entender que, da mesma forma como imagina fazer
com que o seu partido vença as eleições, os dirigentes dos partidos aliados, ou
não, também pensam.
Como o
objetivo é o mesmo, então resta sair para o convencimento do eleitor.
O PSOL,
depois que elegeu um Senador da República pelo Amapá, teria que sonhar com
outras possibilidades, por isso não teve dúvida quando saiu para a disputa da
prefeitura da Capital e obteve sucesso. Primeiro acreditou que podia vencer,
depois acreditou nos incentivos vindos dos limites de Macapá e de fora de
Macapá, e venceu o pleito e, não só isso, venceu os dois maiores grupos
políticos instalados no Amapá: aquele que está comandando o PDT e o que está
comandando o PSB.
Uma
vitória assim, até faz esquecer as circunstâncias e transforma as forças
internas em verdadeiras resistências de superfície.
No
momento, no Amapá, não tem partido que tenha chance de vencer uma eleição
majoritária sem alianças.
A
tradição na política amapaense é de ter uma oposição forte. Isso não é de
agora, mesmo assim, os dirigentes partidários têm dificuldades para assimilar
essa realidade.
O
sentimento de oposição é muito mais frequente no meio dos eleitores, do que
entre as lideranças partidárias.
As
razões são variadas, de cunho essencialmente sociológicos, mas também tem
aqueles de sentimento político, permeado por modelos trazidos de outros
centros, principalmente aqueles que envolvem, de maneira total, lideranças
independentes que não tiveram reconhecidos o seu valor.
Apenas
o eleito entende que a campanha eleitoral acaba quando o resultado da eleição é
promulgado.
Os
aliados não.
Ficam
sempre na expectativa do reconhecimento, que necessariamente não é de cargo,
mas de interesse em manter a aliança que deu resultado.
Nessa
prova nenhum eleito para cargo público obteve aprovação. Todos são reprovados,
pois, dá a impressão que os aliados de ontem, passam a ser os inimigos de
agora, pois querem ser ouvidos.
Essa
condução pós-eleição é difícil e o resultado dos erros só é notado quando mais
os dirigentes partidários, o partido e os candidatos precisam de apoio.
Um
tempero que foi esquecido e que está fazendo falta na composição entre o PSB e
o PSOL.
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