O PSOL E SEU CANDIDATO AO GOVERNO DO AMAPÁ
Rodolfo Juarez
Qualquer
partido político tem como princípio básico em seu programa a participação na
disputa pelo poder, isto é, dos cargos eletivos que são oferecidos pelo sistema
político nacional.
Todos
os partidos são criados para disputar eleição.
A Lei
das eleições no Brasil e, mesmo a Constituição Federal, trata todos os partidos
com isonomia, valorizando a democracia com um processo de disputa bem claro,
com tudo perfeitamente definido e em constante aprimoramento objetivando
melhorar os resultados que estão no propósito de cada partido político para
conquistar.
Não tem
explicação, isso visto sem qualquer cortina ou empanada, alegar não entender o
que fez a direção estadual do PSOL quando resolveu fechar questão em torno do
lançamento de um candidato do partido ao cargo de Governador do Estado e, ao
mesmo tempo, escolher o economista Charles Chelala para ser o nome que o
partido vai indicar aos convencionais, em junho.
A
legitimidade da decisão está contida no próprio estatuto do partido e é
indiscutível. O que os aliados em potencial ou os que tinham o PSOL como aliado
quase certo precisam fazer é tentar convencer o partido a continuar no rumo que
tinham desenhado para seguir, mas já considerando que o PSOL escolheu o seu
rumo e, também, já definiu o seu timoneiro.
Era de
se esperar isso, pois é natural que um partido que tem um senador, um prefeito
da capital e dois vereadores na capital, continue a sua caminhada de
conquistas.
Entendem
que o momento é esse.
Nada
fora do normal e nada que não seja legítimo para o que pensam os seus diretores
e filiados.
É certo
que em política se dá melhor quem consegue entender o presente apoiado no
passado, mas sem deixar de considerar o futuro.
O que
passou já definiu os resultados e o que há de vir vai depender de novas lutas,
com novas propostas e certezas que não se confirmam, a não ser aquelas que são
também do eleitor.
O nome
do economista Charles Chelala, como personalidade política ainda não está
consolidado, mas é assim que as lideranças políticas se impõem ou emudecem para
não mais aparecer, seja decepcionado com o ambiente, seja por pura e simples
falta de adaptação.
Parece
que esse não seria o caso de Charles Chelala!
Charles
Chelala já trabalhou na intimidade do PSB, chegando a ser secretário de estado
de João Capiberibe quando governador do Amapá e na intimidade do PSOL
participando, de forma influente, da campanha que levou ao senado Randolf
Rodrigues e sendo coordenador, em 2012, da campanha vitoriosa de Clécio Luiz à
prefeitura de Macapá.
O
partido convenceu Charles Chelala à disputa de 2014 e vem compor o leque de
alternativas para o eleitor que já contava com Camilo Capiberibe, Waldez Góes,
Lucas Barreto, Jonas Pinheiro, Promotor Moisés, Aline Gurgel, Gilvan Borges,
Jorge Amanajás e um candidato do PSTU. Dez nomes que estão em prejulgamento,
alguns como balão de ensaio, mas outros não e, certamente, terão seus nomes
confirmados nas convenções de seus respectivos partidos.
É certo
que, até às convenções, continuam grandes as chances de alianças que, mais
tarde, chegarão às convenções, mas também é importante considerar que cada
partido tem uma forma de orientar os seus filiados, com uma regra que é seguida
pelos seus dirigentes.
Os
partidos que não definem as suas regras ou não respeitam as suas lideranças têm
muito mais chances de serem trazidos sempre a reboque de um que age diferente,
é mais audacioso na linguagem dos adversários, e mais político na linguagem dos
filiados e eleitores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário