sábado, 8 de fevereiro de 2014

O PSOL e seu candidato ao governo do Amapá

O PSOL E SEU CANDIDATO AO GOVERNO DO AMAPÁ
Rodolfo Juarez
Qualquer partido político tem como princípio básico em seu programa a participação na disputa pelo poder, isto é, dos cargos eletivos que são oferecidos pelo sistema político nacional.
Todos os partidos são criados para disputar eleição.
A Lei das eleições no Brasil e, mesmo a Constituição Federal, trata todos os partidos com isonomia, valorizando a democracia com um processo de disputa bem claro, com tudo perfeitamente definido e em constante aprimoramento objetivando melhorar os resultados que estão no propósito de cada partido político para conquistar.
Não tem explicação, isso visto sem qualquer cortina ou empanada, alegar não entender o que fez a direção estadual do PSOL quando resolveu fechar questão em torno do lançamento de um candidato do partido ao cargo de Governador do Estado e, ao mesmo tempo, escolher o economista Charles Chelala para ser o nome que o partido vai indicar aos convencionais, em junho.
A legitimidade da decisão está contida no próprio estatuto do partido e é indiscutível. O que os aliados em potencial ou os que tinham o PSOL como aliado quase certo precisam fazer é tentar convencer o partido a continuar no rumo que tinham desenhado para seguir, mas já considerando que o PSOL escolheu o seu rumo e, também, já definiu o seu timoneiro.
Era de se esperar isso, pois é natural que um partido que tem um senador, um prefeito da capital e dois vereadores na capital, continue a sua caminhada de conquistas.
Entendem que o momento é esse.
Nada fora do normal e nada que não seja legítimo para o que pensam os seus diretores e filiados.
É certo que em política se dá melhor quem consegue entender o presente apoiado no passado, mas sem deixar de considerar o futuro.
O que passou já definiu os resultados e o que há de vir vai depender de novas lutas, com novas propostas e certezas que não se confirmam, a não ser aquelas que são também do eleitor.
O nome do economista Charles Chelala, como personalidade política ainda não está consolidado, mas é assim que as lideranças políticas se impõem ou emudecem para não mais aparecer, seja decepcionado com o ambiente, seja por pura e simples falta de adaptação.
Parece que esse não seria o caso de Charles Chelala!
Charles Chelala já trabalhou na intimidade do PSB, chegando a ser secretário de estado de João Capiberibe quando governador do Amapá e na intimidade do PSOL participando, de forma influente, da campanha que levou ao senado Randolf Rodrigues e sendo coordenador, em 2012, da campanha vitoriosa de Clécio Luiz à prefeitura de Macapá.
O partido convenceu Charles Chelala à disputa de 2014 e vem compor o leque de alternativas para o eleitor que já contava com Camilo Capiberibe, Waldez Góes, Lucas Barreto, Jonas Pinheiro, Promotor Moisés, Aline Gurgel, Gilvan Borges, Jorge Amanajás e um candidato do PSTU. Dez nomes que estão em prejulgamento, alguns como balão de ensaio, mas outros não e, certamente, terão seus nomes confirmados nas convenções de seus respectivos partidos.
É certo que, até às convenções, continuam grandes as chances de alianças que, mais tarde, chegarão às convenções, mas também é importante considerar que cada partido tem uma forma de orientar os seus filiados, com uma regra que é seguida pelos seus dirigentes.

Os partidos que não definem as suas regras ou não respeitam as suas lideranças têm muito mais chances de serem trazidos sempre a reboque de um que age diferente, é mais audacioso na linguagem dos adversários, e mais político na linguagem dos filiados e eleitores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário