sábado, 10 de maio de 2014

Está na hora de baixar a bola.

Rodolfo Juarez
O enfrentamento que importantes órgãos do Estado resolveram protagonizar está prejudicando o resultado das atividades desses órgãos no desenvolvimento da máquina pública do estado, pelo desafio que fazem à população que, atônita, vê tudo acontecer com vontade de intervir, mas vendo que os mecanismos republicanos que lhes são colocados à disposição não serem eficientes para combater os erros.
Apesar do combate mais acirrado e sem trégua se verificar entre o Ministério Público e a Assembleia Legislativa ou entre membros desses dois órgãos, todos são, ao final, muito prejudicados na confiabilidade com a sociedade que é sacrificada pela falta da eficiência nos resultados naturalmente esperados pela população.
Os principais reflexos desse enfretamento sem fim são distribuídos entre os demais órgãos do Estado e, em última análise, prejudicam os serviços que são prestados à população.
É assim que o Poder Executivo, o Poder Judiciário e o Tribunal de Contas se vêm diretamente envolvido, mesmo por aqueles que se negam a aceitar que a crise está instalada na administração pública estadual com fortes ramificações para as administrações municipais que sentem falta dos instrumentos de apoio e são exigidos em questões para as quais não podem contribuir positivamente.
Pode ser por isso que a população não poupa a administração do atual governador das baixas avaliações, mesmo querendo reconhecer os serviços que presta; pode ser por isso que, até agora, o Tribunal de Contas não teve devolvidos os seus conselheiros para trabalhar e ganhar, por enquanto apenas recebem do erário; pode ser pois isso que os problemas se cravem no coração do Tribunal de Justiça, colocando juízes contra desembargadores e desembargadores contra juízes, em um disputa inglória e descabida.
Uma porção de problemas está instalada nas organizações públicas locais, movidos muito mais pelo tamanho do egoísmo de cada dirigente ou protagonista do que pela necessidade para qual foram escolhidos ou eleitos.
Enquanto isso a população vem sendo o depositário de muitos problemas, a maioria distribuída por toda ela, sem dispensar ninguém, mesmo aqueles que, no momento, sentem-se protegidos por capas transparentes e intransponíveis.
É hora de baixar a bola!
A eleição regional não pode mais ter o seu dia contaminado por informações falsas, produzidas nas usinas da maldade e covil das mentiras.
A hora é de pensar na população, em cada uma dos mais de 700 mil habitantes desse estado e imaginar que há um passivo social que não pode mais ser mantido afogado, sem respirar e, ao contrário, precisa ver seu coração ativado, ganhando fôlego para enfrentar as dificuldades próprias das condições, cada vez mais insalubres, que são deixados para a população.
O tempo que se gasta para administrar as brigas entre os componentes dos diversos órgãos públicos do Estado precisa ser reservado para equacionar os problemas que são mostrados, todos os dias, pela população e que são atribuições indelegáveis das autoridades ocupadas em deszelar pela qualidade de vida.
Apesar de ser fácil imaginar que o mundo que queremos é fácil dele dispor, na realidade, está sendo muito difícil até criar as condições para que um mundo desse tipo seja conquistado.
Todos precisam ter seus objetivos voltados para o interesse comum, deixado os interesses individuais e a demonstração de importância ou força, para aqueles doentes e que estão sempre dispostos a fazer da luta inglória o seu objetivo.

Precisamos voltar ter comportamento compatível com as necessidades comuns e não com as necessidades pessoais, mesmo que para isso tenhamos que voltar a ser comparados a pessoas que pensam.

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