Rodolfo Juarez
O
enfrentamento que importantes órgãos do Estado resolveram protagonizar está
prejudicando o resultado das atividades desses órgãos no desenvolvimento da
máquina pública do estado, pelo desafio que fazem à população que, atônita, vê
tudo acontecer com vontade de intervir, mas vendo que os mecanismos republicanos
que lhes são colocados à disposição não serem eficientes para combater os
erros.
Apesar
do combate mais acirrado e sem trégua se verificar entre o Ministério Público e
a Assembleia Legislativa ou entre membros desses dois órgãos, todos são, ao
final, muito prejudicados na confiabilidade com a sociedade que é sacrificada
pela falta da eficiência nos resultados naturalmente esperados pela população.
Os
principais reflexos desse enfretamento sem fim são distribuídos entre os demais
órgãos do Estado e, em última análise, prejudicam os serviços que são prestados
à população.
É assim
que o Poder Executivo, o Poder Judiciário e o Tribunal de Contas se vêm
diretamente envolvido, mesmo por aqueles que se negam a aceitar que a crise
está instalada na administração pública estadual com fortes ramificações para
as administrações municipais que sentem falta dos instrumentos de apoio e são
exigidos em questões para as quais não podem contribuir positivamente.
Pode ser
por isso que a população não poupa a administração do atual governador das
baixas avaliações, mesmo querendo reconhecer os serviços que presta; pode ser
por isso que, até agora, o Tribunal de Contas não teve devolvidos os seus
conselheiros para trabalhar e ganhar, por enquanto apenas recebem do erário;
pode ser pois isso que os problemas se cravem no coração do Tribunal de
Justiça, colocando juízes contra desembargadores e desembargadores contra
juízes, em um disputa inglória e descabida.
Uma
porção de problemas está instalada nas organizações públicas locais, movidos
muito mais pelo tamanho do egoísmo de cada dirigente ou protagonista do que
pela necessidade para qual foram escolhidos ou eleitos.
Enquanto
isso a população vem sendo o depositário de muitos problemas, a maioria
distribuída por toda ela, sem dispensar ninguém, mesmo aqueles que, no momento,
sentem-se protegidos por capas transparentes e intransponíveis.
É hora
de baixar a bola!
A
eleição regional não pode mais ter o seu dia contaminado por informações
falsas, produzidas nas usinas da maldade e covil das mentiras.
A hora
é de pensar na população, em cada uma dos mais de 700 mil habitantes desse
estado e imaginar que há um passivo social que não pode mais ser mantido
afogado, sem respirar e, ao contrário, precisa ver seu coração ativado,
ganhando fôlego para enfrentar as dificuldades próprias das condições, cada vez
mais insalubres, que são deixados para a população.
O tempo
que se gasta para administrar as brigas entre os componentes dos diversos
órgãos públicos do Estado precisa ser reservado para equacionar os problemas
que são mostrados, todos os dias, pela população e que são atribuições
indelegáveis das autoridades ocupadas em deszelar pela qualidade de vida.
Apesar
de ser fácil imaginar que o mundo que queremos é fácil dele dispor, na
realidade, está sendo muito difícil até criar as condições para que um mundo
desse tipo seja conquistado.
Todos
precisam ter seus objetivos voltados para o interesse comum, deixado os
interesses individuais e a demonstração de importância ou força, para aqueles
doentes e que estão sempre dispostos a fazer da luta inglória o seu objetivo.
Precisamos
voltar ter comportamento compatível com as necessidades comuns e não com as
necessidades pessoais, mesmo que para isso tenhamos que voltar a ser comparados
a pessoas que pensam.
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