quinta-feira, 15 de maio de 2014

O eleitor tem a última palavra

Rodolfo Juarez
Já este mês tive oportunidade de demonstrar, em um artigo, escrito aqui mesmo, alertando de que o Estado do Amapá se encontrava em risco.
Encontrava-se em risco, naquela época, e continua em risco agora!
Os órgãos estão rachados entre si. Executivo, Legislativo e Judiciário não se entendem; Tribunal de Contas não serve de apoio e o Ministério Público Estadual funciona mais como agente provocador e disseminador de problemas, do que o agente fiscal do cumprimento das leis que servem para todos.
A vontade de governar o Estado ou permanecer como governador está destruindo a capacidade organizacional daqueles que recebem a incumbência de governar o Amapá que, ao contrário do que alguns fazem questão de propagandear, é viável e tem um povo que não exige tanto.
Afinal de contas aceitar justificativas para a situação da saúde, da educação e da segurança que a população do Amapá experimenta é a demonstração de que nenhum povo confia tanto nos seus governantes como o amapaense.
Acontece que os governantes não têm merecido essa confiança, mesmo assim sempre demonstra a população que confia no jeitinho e na capacidade de entendimento que imagina ter os dirigentes.
Uma situação, entretanto, é comum entre aqueles que já governaram e querem governar o Amapá: não gostam da verdade!
Para eles a verdade é a deles!
Um erro que não tem sido perdoado por ninguém.
Acostumaram a governar sem plano, a gerir sem objetivos, a seguir o caminho exclusivo da política, onde o voto “da próxima eleição” é o que interessa, mesmo que tenha que ser comprado.
E agora.
Como controlar a corrupção?
Se não fizer isso ninguém escapa. Todos irão para a vala comum. Gritando por justiça, mas não escaparão daqueles que, continuam falando em nome da moralidade e da ética púbica, escapando para ir por último, mas vai também para a vala.
Ninguém pode esquecer de que é o povo que tem a última palavra.
Os poderosos, ou os que assim se sentem, precisam compreender a importância da honestidade, assegurar - para todos -, a confiança na justiça, mas saber que todos precisam de um líder. E esse líder vai aparecer.
Seria muito mais fácil para aqueles que já detêm o poder, entretanto, para que isso aconteça precisa que essa pessoa tenha uma nova leitura da realidade, um novo comportamento e compreenda que além dele tem muito mais gente para ser feliz, para viver melhor, para gritar, saudar e declarar a sua vontade de viver.
É possível que a deriva em que se encontra o Estado seja o resultado da sensação de desconfiança que todos pregam em cada um.
Pode ser porque ainda não houve a separação entre o que é público e o que é privado, para aqueles que teriam que fazer isso.
Muitos são culpados, mas, infelizmente, poucos pagarão o preço da culpa!
Falta humildade e, também, falta autoridade para aqueles que se arvoram ao trabalho sem estar preparado para ele.

É preciso haver compreensão, entendimento dos novos tempos e acabar com a fantasia, encarar a realidade, para o bem até de quem vir a ser derrotado. 

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