Rodolfo Juarez
Já este
mês tive oportunidade de demonstrar, em um artigo, escrito aqui mesmo,
alertando de que o Estado do Amapá se encontrava em risco.
Encontrava-se
em risco, naquela época, e continua em risco agora!
Os
órgãos estão rachados entre si. Executivo, Legislativo e Judiciário não se
entendem; Tribunal de Contas não serve de apoio e o Ministério Público Estadual
funciona mais como agente provocador e disseminador de problemas, do que o
agente fiscal do cumprimento das leis que servem para todos.
A
vontade de governar o Estado ou permanecer como governador está destruindo a
capacidade organizacional daqueles que recebem a incumbência de governar o
Amapá que, ao contrário do que alguns fazem questão de propagandear, é viável e
tem um povo que não exige tanto.
Afinal
de contas aceitar justificativas para a situação da saúde, da educação e da
segurança que a população do Amapá experimenta é a demonstração de que nenhum
povo confia tanto nos seus governantes como o amapaense.
Acontece
que os governantes não têm merecido essa confiança, mesmo assim sempre
demonstra a população que confia no jeitinho e na capacidade de entendimento
que imagina ter os dirigentes.
Uma
situação, entretanto, é comum entre aqueles que já governaram e querem governar
o Amapá: não gostam da verdade!
Para
eles a verdade é a deles!
Um erro
que não tem sido perdoado por ninguém.
Acostumaram
a governar sem plano, a gerir sem objetivos, a seguir o caminho exclusivo da
política, onde o voto “da próxima eleição” é o que interessa, mesmo que tenha
que ser comprado.
E
agora.
Como
controlar a corrupção?
Se não
fizer isso ninguém escapa. Todos irão para a vala comum. Gritando por justiça,
mas não escaparão daqueles que, continuam falando em nome da moralidade e da
ética púbica, escapando para ir por último, mas vai também para a vala.
Ninguém
pode esquecer de que é o povo que tem a última palavra.
Os
poderosos, ou os que assim se sentem, precisam compreender a importância da honestidade,
assegurar - para todos -, a confiança na justiça, mas saber que todos precisam
de um líder. E esse líder vai aparecer.
Seria
muito mais fácil para aqueles que já detêm o poder, entretanto, para que isso
aconteça precisa que essa pessoa tenha uma nova leitura da realidade, um novo
comportamento e compreenda que além dele tem muito mais gente para ser feliz,
para viver melhor, para gritar, saudar e declarar a sua vontade de viver.
É
possível que a deriva em que se encontra o Estado seja o resultado da sensação
de desconfiança que todos pregam em cada um.
Pode
ser porque ainda não houve a separação entre o que é público e o que é privado,
para aqueles que teriam que fazer isso.
Muitos
são culpados, mas, infelizmente, poucos pagarão o preço da culpa!
Falta
humildade e, também, falta autoridade para aqueles que se arvoram ao trabalho
sem estar preparado para ele.
É
preciso haver compreensão, entendimento dos novos tempos e acabar com a
fantasia, encarar a realidade, para o bem até de quem vir a ser derrotado.
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