Rodolfo Juarez
Os
gestores públicos precisam entender o seu papel na sociedade ou, pelo menos,
conhecer as suas atribuições no conjunto de atividades dos diferentes órgãos da
estrutura dirigente montada por eles mesmos.
Não é
possível imaginar que alguns desses gestores não se importem com os problemas
que seus colegas estejam enfrentando, como se todos não tivessem
responsabilidade pelo bem-estar da população.
O
Estado do Amapá, paga bem para esses gestores.
A população
faz um sacrifício sobrenatural para manter as condições desses gestores, sem
reclamar dos tributos que paga proporcional ao que adquire e consome.
A
esperança é de que, no conjunto, haja pelo menos uma expectativa de melhora e
todos os problemas que possa levar a piora devam ser resolvidos e completamente
anulados, para que a garantia mínima de estar, ir ou vir, seja percebido e
usufruído pelo contribuinte-pagador.
O
Estado precisa oferecer garantia para aqueles que decidem que o domingo é o
momento para fazer as coisas diferentes, contemplar o que a vida oferece.
Ninguém
desconhece que a orla de Macapá é um dos locais aonde as pessoas vão para
contemplar o belo: seja o rio, seja a própria orla, seja ambos.
Pois
bem!
O
relaxamento natural dos visitantes, próprio daquele que está disposto a
apreciar a vida, exige que tenha a segurança que paga à sua disposição.
Não
está sendo assim. São comuns as cenas de furto, de roubo e de assalto, quando
não de lesão corporal ou mesmo assassinato.
Os
protagonistas são menores que sabem o que estão fazendo e se valendo dos
equívocos dos legisladores que decidiram que furto, roubo, lesão corporal ou
assassinato, para o menor, são punidos com a mesma pena.
Os
menores infratores sabem, perfeitamente, que esses crimes, em tese e no caso
deles, são crimes com a mesma pena, então arriscam até a extrema ação – a
morte.
E para
onde vão aqueles que queriam apenas namorar, contemplar, reanimar a alma e
animar o corpo?
A lesão
corporal praticada no final de semana na orla da cidade, às proximidades do
Trapiche Eliezer Levi, quando um jovem, no começo da vida saiu ferido por causa
de um assalto protagonizado por pivetes é uma afronta a capacidade funcional
dos agentes públicos do Estado que são garantidores da paz naquela área.
Foi um
“tapa na cara” do sistema de segurança, do sistema turístico e gestão estadual
que, mesmo assim, se contentou com as providências policiais, muito embora
saiba que essas providências não preveem nada, não garantem qualquer mudança e
que só piora o conflito entre as pessoas.
Já
passou a hora de mudar essa situação, mudar esse comportamento, essa parcimônia
oficial. Enfrentar o problema é um dever de cada um daqueles que recebe do
erário, sem qualquer atraso, o pagamento do que disse que estava disposto a
fazer, que sabia fazer e que faria pela população.
Ora,
que perspectiva é deixada para a população pelos órgãos oficiais, se o momento
já está muito prejudicado?
Que
confiança esse sistema demonstra?
O
assunto é extremamente grave e está deixando a população, cada vez mais, com
vontade de testar outros modelos.
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