quinta-feira, 29 de maio de 2014

Tapa na cara

Rodolfo Juarez
Os gestores públicos precisam entender o seu papel na sociedade ou, pelo menos, conhecer as suas atribuições no conjunto de atividades dos diferentes órgãos da estrutura dirigente montada por eles mesmos.
Não é possível imaginar que alguns desses gestores não se importem com os problemas que seus colegas estejam enfrentando, como se todos não tivessem responsabilidade pelo bem-estar da população.
O Estado do Amapá, paga bem para esses gestores.
A população faz um sacrifício sobrenatural para manter as condições desses gestores, sem reclamar dos tributos que paga proporcional ao que adquire e consome.
A esperança é de que, no conjunto, haja pelo menos uma expectativa de melhora e todos os problemas que possa levar a piora devam ser resolvidos e completamente anulados, para que a garantia mínima de estar, ir ou vir, seja percebido e usufruído pelo contribuinte-pagador.
O Estado precisa oferecer garantia para aqueles que decidem que o domingo é o momento para fazer as coisas diferentes, contemplar o que a vida oferece.
Ninguém desconhece que a orla de Macapá é um dos locais aonde as pessoas vão para contemplar o belo: seja o rio, seja a própria orla, seja ambos.
Pois bem!
O relaxamento natural dos visitantes, próprio daquele que está disposto a apreciar a vida, exige que tenha a segurança que paga à sua disposição.
Não está sendo assim. São comuns as cenas de furto, de roubo e de assalto, quando não de lesão corporal ou mesmo assassinato.
Os protagonistas são menores que sabem o que estão fazendo e se valendo dos equívocos dos legisladores que decidiram que furto, roubo, lesão corporal ou assassinato, para o menor, são punidos com a mesma pena.
Os menores infratores sabem, perfeitamente, que esses crimes, em tese e no caso deles, são crimes com a mesma pena, então arriscam até a extrema ação – a morte.
E para onde vão aqueles que queriam apenas namorar, contemplar, reanimar a alma e animar o corpo?
A lesão corporal praticada no final de semana na orla da cidade, às proximidades do Trapiche Eliezer Levi, quando um jovem, no começo da vida saiu ferido por causa de um assalto protagonizado por pivetes é uma afronta a capacidade funcional dos agentes públicos do Estado que são garantidores da paz naquela área.
Foi um “tapa na cara” do sistema de segurança, do sistema turístico e gestão estadual que, mesmo assim, se contentou com as providências policiais, muito embora saiba que essas providências não preveem nada, não garantem qualquer mudança e que só piora o conflito entre as pessoas.
Já passou a hora de mudar essa situação, mudar esse comportamento, essa parcimônia oficial. Enfrentar o problema é um dever de cada um daqueles que recebe do erário, sem qualquer atraso, o pagamento do que disse que estava disposto a fazer, que sabia fazer e que faria pela população.
Ora, que perspectiva é deixada para a população pelos órgãos oficiais, se o momento já está muito prejudicado?
Que confiança esse sistema demonstra?

O assunto é extremamente grave e está deixando a população, cada vez mais, com vontade de testar outros modelos.

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