domingo, 18 de maio de 2014

Nas profundezas do esquecimento

Rodolfo Juarez
Este ano vai ser um “daqueles” para o eleitor.
Ainda bem que tem uma Copa do Mundo entre as convenções partidárias e o começo da campanha, mesmo assim as projeções não são nada agradáveis e os candidatos nos estados estarão, no início, ocupados em busca por uma posição onde possam ver e serem vistos pelos candidatos nacionais.
 No caso do Amapá, muito mais para ver do que para ser visto, devido a significação numérica que os nosso 448.622 eleitores representam para quem precisa de dezenas de milhões de votos.
Mesmo assim vai ser interessante!
Por aqui os 13 pré-candidatos ao governo só anunciarão alinhamentos na convenção e, apesar da fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral, mais uma vez e principalmente desta, as atas continuarão debaixo do braço, sem fechar, como se tornou comum e natural para os dirigentes.
Claro que isso é irregular. Mas a partir desse ponto os partidos políticos são assumidos pelos seus “donos” e, quando tem o dono e não tem o partido, esse “dono” espera, com se diz, até aos últimos minutos da prorrogação.
E o eleitor?
Será que o eleitor vai esperar de braços cruzados?
Será que esse eleitor não está pensando em dar uma volta nos candidatos acostumados a mentir?
Tomara que eles aproveitem a chance e se lembrem de tudo o que está acontecendo agora, seja na administração pública, seja na sua rua, na sua cidade ou com um parente ou vizinho seu!
Vai ter a hora do eleitor...
Isso está escrito. Ninguém sabe como, mas a impressão que nos passa cada um é de que esse ano vai ser diferente.
Eu não tinha muitas perspectivas com relação a esse pleito. Imaginava que isso poderia acontecer a partir das eleições para prefeito em 2016, mas o que tenho visto é um eleitor entendendo que precisa agir... E logo!
O fato é que os políticos e seus auxiliares, que voltarão a ser bonzinhos logo depois da copa, precisam estar com muita disposição pra ouvir poucas e boas do eleitor. Esses últimos anos foi de fracasso completo e as consequências estão com as pessoas e as cidades.
Ah! A cidade não é obrigação deste ou daquele governante.
É, sim.
A cidade é responsabilidade de todos. Afinal de contas os que não moram na cidade, nela vêm buscar o apoio para a sua vida, seja na escola, no posto médico, no hospital ou na maternidade. Mas vem para a cidade.
As ocupações são muitas, acontece que tem muitos políticos e mandatários que não querem assumir a sua parte. É por isso que os deputados federais e senadores têm dificuldades para se posicionar diante da população e escondem-se nos gabinetes refrigerados e, aqui e acola, falam alguma coisa que pensaram em fazer.
Muitas decepções podem construir uma barreira intransponível entre o eleitor e os atuais políticos e entre a população e aqueles agentes públicos que insistem em tirar vantagem da posição que ocupam em cargos efetivos.

Quero acreditar que ser trata de um pesadelo o que a população está vivendo, mas que passe logo e deixe nas profundezas do esquecimento, apenas para ser lembrado quando for para comparar outra vez.

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