domingo, 25 de maio de 2014

Os momentos decisivos

Rodolfo Juarez
As eleições de 2014 estão como primeira pauta da agenda dos políticos, muito diferente do que antes fora imaginado devido a cortina da Copa do Mundo.
Ao que parece a Copa da FIFA não está emplacando como imaginavam alguns administradores nacionais e muito dirigentes regionais, tanto que alguns deles tiveram que desistir do calçamento de sua candidatura em eventos da Copa, desaparecendo e buscando fôlego, desanimados pelas medidas anticopas que surgiram, objetivando sobreviver na política, como foi o caso do governador do Rio de Janeiro.
Pois bem, essa mesma ventania passou pelo resto do Brasil e, no Amapá, fez com que todos se recolhessem sem ter que alimentar a euforia de ninguém e, muito menos, ter que colocar lenha na fogueira da campanha.
Quem quiser chegar perto dos mandatos nas eleições de 2014, aqui no Amapá, deve falar muito pouco de Copa do Mundo e muito mais de outas disputas importantes, de verdade, para a vida das pessoas que moram aqui no Estado.
Mesmo assim, a campanha eleitoral só começa depois da Copa do Mundo, não porque os partidos políticos e os candidatos estejam pacientes para esperar o jogo decisivo, dia 13 de julho; ou para esperar os registros das candidaturas até sete dias depois do pedido de registro das candidaturas aprovadas nas convenções partidárias que avançarão até o dia 30 de junho.
Esse panorama favorecerá a quem?
Ninguém tem ainda essa resposta. Mas se pode garantir que o fracasso no futebol vai estar diretamente aliado ao fracasso nas urnas. Por aqui, principalmente, quando o futebol profissional de 2014 ficou muito murcho e foi punido pelos torcedores que não foram despertos para a competição mais importante do Estado.
Assim vai ser nas eleições.
Uma questão de lado, sem choro e nem lamentações. Se a seleção brasileira perder, o desconto do eleitor vem na costa dos candidatos que estão no poder, pois as cobranças interrompidas serão todas ampliadas devido os resultados que não vierem em campo.
O brasileiro espera e aceita, com reclamação, mas aceita: o aumento da inflação, o aumento dos juros, da falta de emprego, mas não está preparado para aceitar uma eventual perda da Copa do Mundo.
Houve muito oba-oba e a seleção atingiu o ponto máximo antes de começar o primeiro jogo da Copa. Isso além de ser ruim, vai exigir muitas quebras de princípios já consolidados.
Vai ser bom para o eleitor!
O eleitor-torcedor ou o torcedor-eleitor vai ter duas oportunidades para descobrir a verdadeira personalidade de cada candidato: desde aqueles que ficam naquele oba-oba, até os que imaginam que depois de eleitos podem fazer o que nem está na lei.
Para o Amapá vai ser bom o eleitor ter duas oportunidades, afinal são duas provas espetaculares e difíceis: uma no dia 13 de julho e outra no dia 5 e outubro.
O que não perde a importância é o resultado para nenhum dos dois eventos, principalmente o do dia 5 de outubro, quando poderá ser definida uma nova frente de dirigentes e representantes para o Amapá que tenha condições de colocar do avesso e na frente os interesses da população.

São poucos os que estão suportando o estado de dificuldades que foi escolhido para o Amapá. Como os dirigentes não se entendem e a corrupção continua vigorosa, o comportamento individual daqueles que servem ao que seria a relação de interesses dos que formam no mesmo time, a população e a administração, sem que para isso sustente a proibida senha de levar vantagem em tudo, ou de imaginar, que o público é privado. 

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