Rodolfo Juarez
As
eleições de 2014 estão como primeira pauta da agenda dos políticos, muito
diferente do que antes fora imaginado devido a cortina da Copa do Mundo.
Ao que
parece a Copa da FIFA não está emplacando como imaginavam alguns
administradores nacionais e muito dirigentes regionais, tanto que alguns deles
tiveram que desistir do calçamento de sua candidatura em eventos da Copa,
desaparecendo e buscando fôlego, desanimados pelas medidas anticopas que
surgiram, objetivando sobreviver na política, como foi o caso do governador do
Rio de Janeiro.
Pois
bem, essa mesma ventania passou pelo resto do Brasil e, no Amapá, fez com que
todos se recolhessem sem ter que alimentar a euforia de ninguém e, muito menos,
ter que colocar lenha na fogueira da campanha.
Quem
quiser chegar perto dos mandatos nas eleições de 2014, aqui no Amapá, deve
falar muito pouco de Copa do Mundo e muito mais de outas disputas importantes,
de verdade, para a vida das pessoas que moram aqui no Estado.
Mesmo
assim, a campanha eleitoral só começa depois da Copa do Mundo, não porque os
partidos políticos e os candidatos estejam pacientes para esperar o jogo
decisivo, dia 13 de julho; ou para esperar os registros das candidaturas até
sete dias depois do pedido de registro das candidaturas aprovadas nas
convenções partidárias que avançarão até o dia 30 de junho.
Esse
panorama favorecerá a quem?
Ninguém
tem ainda essa resposta. Mas se pode garantir que o fracasso no futebol vai
estar diretamente aliado ao fracasso nas urnas. Por aqui, principalmente,
quando o futebol profissional de 2014 ficou muito murcho e foi punido pelos
torcedores que não foram despertos para a competição mais importante do Estado.
Assim
vai ser nas eleições.
Uma
questão de lado, sem choro e nem lamentações. Se a seleção brasileira perder, o
desconto do eleitor vem na costa dos candidatos que estão no poder, pois as
cobranças interrompidas serão todas ampliadas devido os resultados que não
vierem em campo.
O
brasileiro espera e aceita, com reclamação, mas aceita: o aumento da inflação, o
aumento dos juros, da falta de emprego, mas não está preparado para aceitar uma
eventual perda da Copa do Mundo.
Houve
muito oba-oba e a seleção atingiu o ponto máximo antes de começar o primeiro
jogo da Copa. Isso além de ser ruim, vai exigir muitas quebras de princípios já
consolidados.
Vai ser
bom para o eleitor!
O
eleitor-torcedor ou o torcedor-eleitor vai ter duas oportunidades para
descobrir a verdadeira personalidade de cada candidato: desde aqueles que ficam
naquele oba-oba, até os que imaginam que depois de eleitos podem fazer o que
nem está na lei.
Para o
Amapá vai ser bom o eleitor ter duas oportunidades, afinal são duas provas
espetaculares e difíceis: uma no dia 13 de julho e outra no dia 5 e outubro.
O que
não perde a importância é o resultado para nenhum dos dois eventos,
principalmente o do dia 5 de outubro, quando poderá ser definida uma nova
frente de dirigentes e representantes para o Amapá que tenha condições de
colocar do avesso e na frente os interesses da população.
São
poucos os que estão suportando o estado de dificuldades que foi escolhido para
o Amapá. Como os dirigentes não se entendem e a corrupção continua vigorosa, o
comportamento individual daqueles que servem ao que seria a relação de
interesses dos que formam no mesmo time, a população e a administração, sem que
para isso sustente a proibida senha de levar vantagem em tudo, ou de imaginar,
que o público é privado.
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