OLHARES IRRESPONSÁVEIS
Rodolfo Juarez
Apesar
dos problemas que a organização da unidade estadual local passa o mais
importante é falar dos reflexos desses problemas que, de forma impiedosa, está
deixando desesperançado o povo dessa terra, desiludido pelas propostas que são
utilizadas para resolver os problemas.
Não que
as origens devam ser deixadas de lado, não declaradas ou declaradas ao sabor do
humor ou do vento. Precisam ser combatidas, mas, agora, nesse momento, o que
está mais perturbando é o ambiente a que a população está sendo levada pelas
autoridades, onde pouca coisa é pura. A imensa maioria está viciada, desprovida
da verdade e serve de calço para aqueles que precisam dizer alguma coisa e não
tem nada para dizer.
Macapá,
como Santana, Laranjal do Jari ou Pracuuba - como de resto todos os aglomerados
urbanos locais -, estão abatidos por uma nuvem de desleixo que transforma esses
núcleos em grupos sociais desassistidos, desprotegidos e que têm que lutar
muito para não perder a identidade e a motivação.
Os
gestores municipais estão esperando que a população se acostume com a sujeira,
a imundice e a ouvir justificativas sem fundamento.
Já
sociedade já percebeu que os seus representantes estão os está representando.
Já percebeu, também, que os gestores não estão gerindo o patrimônio comum na
direção da justeza e da justiça.
Todos
os dias são anunciados problemas sociais, urbanos e aqueles advindos da relação
de confiança.
A
população está perdendo a paciência e por aqui não tem a desculpa da copa.
Passamos longe, muito longe dos anúncios feitos na base do sonho que apontava
Macapá, por exemplo, como um ponto de apoio para a delegação de um dos 32
países que vêm para a disputa futebolística.
Nem
conseguiram usar o lado bom da competência para valorizar a estada do troféu da
Copa do Mundo da FIFA, deixando que ela por aqui passasse sem que o povo
tivesse a oportunidade de reverenciá-la.
Nossas
cidades estão atingindo categorias que não são previstas nos manuais e nas
normas nacionais. Nenhuma das cidades, nem mesmo a capital, tem recebido o
tratamento, rigorosamente pago pelo o contribuinte para que os administradores
e seus auxiliares cuidem dela.
Não há
um plano de contenção da derrocada. Parece que os gestores desistiram das
cidades, enquanto o tempo, inexorável, vai fazendo a sua parte, mostrando os
pontos que precisam ser recuperados antes de serem totalmente destruídos.
Ruas,
avenidas, meio fio, linha d’água, calçada, limpeza pública, água, esgoto,
transporte coletivo, atendimento social, praças, parques, jardins, canais,
rios, orla, rodovias, iluminação pública e mais uma série de problemas estão
imponto uma fragorosa derrota a um time defensivo, fraco e sem inspiração para
mostrar reação.
São
muitas as formas que os administradores utilizam para enrolar o contribuinte
que, já percebeu que o fraco resultado tem muito a ver com desempenho,
competência e, até, interesse.
Tem
muita gente apontando o seu dedo para a cara dos outros e nem percebem que os
outros estão fazendo a mesma coisa.
Há uma
busca permanente pelo poder, pelo voto, nem que para isso tenha que ser
mentiroso, cara-de-pau, ou corrupto.
Esse é
o memento para o trabalho, para buscar resolver os problemas e não para
alimentar discussões que levaram o Amapá ao ponto que está e deixa-lo
continuar, descendo a ladeira, sob os olhares dos irresponsáveis gestores.
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