sábado, 17 de maio de 2014

Olhares irresponsáveis

OLHARES IRRESPONSÁVEIS
Rodolfo Juarez
Apesar dos problemas que a organização da unidade estadual local passa o mais importante é falar dos reflexos desses problemas que, de forma impiedosa, está deixando desesperançado o povo dessa terra, desiludido pelas propostas que são utilizadas para resolver os problemas.
Não que as origens devam ser deixadas de lado, não declaradas ou declaradas ao sabor do humor ou do vento. Precisam ser combatidas, mas, agora, nesse momento, o que está mais perturbando é o ambiente a que a população está sendo levada pelas autoridades, onde pouca coisa é pura. A imensa maioria está viciada, desprovida da verdade e serve de calço para aqueles que precisam dizer alguma coisa e não tem nada para dizer.
Macapá, como Santana, Laranjal do Jari ou Pracuuba - como de resto todos os aglomerados urbanos locais -, estão abatidos por uma nuvem de desleixo que transforma esses núcleos em grupos sociais desassistidos, desprotegidos e que têm que lutar muito para não perder a identidade e a motivação.
Os gestores municipais estão esperando que a população se acostume com a sujeira, a imundice e a ouvir justificativas sem fundamento.
Já sociedade já percebeu que os seus representantes estão os está representando. Já percebeu, também, que os gestores não estão gerindo o patrimônio comum na direção da justeza e da justiça.
Todos os dias são anunciados problemas sociais, urbanos e aqueles advindos da relação de confiança.
A população está perdendo a paciência e por aqui não tem a desculpa da copa. Passamos longe, muito longe dos anúncios feitos na base do sonho que apontava Macapá, por exemplo, como um ponto de apoio para a delegação de um dos 32 países que vêm para a disputa futebolística.
Nem conseguiram usar o lado bom da competência para valorizar a estada do troféu da Copa do Mundo da FIFA, deixando que ela por aqui passasse sem que o povo tivesse a oportunidade de reverenciá-la.
Nossas cidades estão atingindo categorias que não são previstas nos manuais e nas normas nacionais. Nenhuma das cidades, nem mesmo a capital, tem recebido o tratamento, rigorosamente pago pelo o contribuinte para que os administradores e seus auxiliares cuidem dela.
Não há um plano de contenção da derrocada. Parece que os gestores desistiram das cidades, enquanto o tempo, inexorável, vai fazendo a sua parte, mostrando os pontos que precisam ser recuperados antes de serem totalmente destruídos.
Ruas, avenidas, meio fio, linha d’água, calçada, limpeza pública, água, esgoto, transporte coletivo, atendimento social, praças, parques, jardins, canais, rios, orla, rodovias, iluminação pública e mais uma série de problemas estão imponto uma fragorosa derrota a um time defensivo, fraco e sem inspiração para mostrar reação.
São muitas as formas que os administradores utilizam para enrolar o contribuinte que, já percebeu que o fraco resultado tem muito a ver com desempenho, competência e, até, interesse.
Tem muita gente apontando o seu dedo para a cara dos outros e nem percebem que os outros estão fazendo a mesma coisa.
Há uma busca permanente pelo poder, pelo voto, nem que para isso tenha que ser mentiroso, cara-de-pau, ou corrupto.

Esse é o memento para o trabalho, para buscar resolver os problemas e não para alimentar discussões que levaram o Amapá ao ponto que está e deixa-lo continuar, descendo a ladeira, sob os olhares dos irresponsáveis gestores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário