Rodolfo Juarez
Depois
da revisão eleitoral, realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral, através do
Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Amapá, quando a identificação do
eleitor foi registrada biometricamente, o número total de eleitores do Amapá se
aproximou do número daqueles que estarão votando no dia 5 de outubro de 2014.
Uma
medida que tem na sua transversalidade mais importância do que no seu declarado
objetivo.
Afinal
de contas o Amapá vinha repetindo uma abstenção em torno de 15%, considerado
alto para uma comunidade relativamente politizada e que demonstra muito
interesse nas eleições.
O caso
mais preocupante para os dirigentes das eleições locais estava localizado no
município de Oiapoque que repetia abstenções acima de 35%, ficando
relativamente próximo do limite das eleições válidas e colocando em risco todo
um trabalho que, por força da lei, teria que ser repetido, aliás, como
aconteceu no município de Pedra Branca do Amapari, quando os votos da candidata
Socorro Pelaes foram considerados nulos, isso porque, os votos válidos apurados
para todos os outros concorrentes não atingiram o número mínimo exigido pela
lei.
Com
mais de 45 mil títulos considerados cancelados, espera os agentes públicos que
conduzem as eleições que caia a abstenção, aumente a segurança e o risco de
invalidade de eleição se aproxime do zero.
Uma boa
solução!
O que
falta agora é restabelecer a confiança do eleitor nas urnas eletrônicas,
deixa-las distantes de manipulações que possa provocar dúvidas no eleitor que
insiste em dizer que percebeu que a foto que apareceu no visor da engenhoca não
corresponde com a silhueta do candidato que escolheu.
Não são
poucas essas notícias que chegam logo em seguida ao momento do exercício do
voto e que não é considerado pela mesa que está ali na direção dos trabalhos
das eleições daquela seção eleitoral.
O
eleitor precisa, agora, ter essa demonstração da parte dos organizadores das
eleições. A informação completa sobre o procedimento pode ser uma das chaves
para levar à segurança íntima do eleitor.
Não é
bom para ninguém, muito menos para os organizadores da eleição, não conseguirem
deixar, para o eleitor, a segurança de que a sua escolha será a respeitada e
que os erros podem ser corrigidos.
Até
agora, por mais simples que possa parecer votar ainda é uma questão de
confiança.
Afinal
de contas, na hora do voto, é o eleitor e a máquina e não pode restar qualquer
possibilidade de dúvida ou erro. O eleitor precisa estar informado de tudo e
não apenas de sua obrigação de votar.
Essas
medidas, por mais simples que possam parecer, são de responsabilidade daqueles
que estão treinados para realizar as eleições e que são pagos pela sociedade
para fazê-los da melhor forma.
Colocar
a culpa no eleitor, além de declarar a falta de preparo dos agentes públicos
encarregados de realizar a eleição, acaba transferindo para o eleitor uma
responsabilidade que não é dele.
O
primeiro turno das eleições de 2014 será realizado no dia 5 de outubro e ainda
há tempo para que o eleitor seja orientado para não errar na hora do voto. É
preciso investir nesse sentido.
Os
organizadores da eleição precisam entender que a confiança também faz parte do
processo e que neste momento as notícias não melhoram em nada o nível de
confiabilidade que está arrumado na cabeça do eleitor.
Entender
o caso e resolver a questão é o feeling do gestor e não do eleitor!
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