segunda-feira, 5 de maio de 2014

Fragilização do Poder Legislativo Estadual

FRAGILIZAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO ESTADUAL
Rodolfo Juarez
Está terminando a atual legislatura estadual e, seguramente, deve entrar para a história do parlamento local como uma das mais improdutivas na comparação com as demais já havidas.
As intervenções externas e a aceitação passiva dos deputados pode revelar um caminho para nunca mais ser percorrido.
A desmoralização foi buscada todos os dias e se não houvesse uma história para ser contada de um passado recente, certamente não se entenderia o papel dos deputados e a função da instituição.
Houve uma espécie de aceitação dos deputados à situação do sai-não-sai de membros da parte mais importante da Casa, a Mesa Diretora.
Fragilizar a Mesa Diretora da Assembleia é mesmo que faltar leme para guiar o barco. Com a fragilização foi-se a importância e começaram as explorações, por terceiros, dos caminhos proibidos, mas que constituem alternativas para a direção do próprio Estado.
A divisão do Estado em órgãos exige que as ações públicas sejam complementares. Não é uma exigência apenas da constituição estadual, mas uma exigência da composição do Estado.
De nada adianta se ter os outros poderes ativos, livres para fazer o seu papel, se, em um deles, não há comando legítimo, verdadeiro, completo. Todos sentem falta da estrutura do Estado que, assim, não está completa e, pior, tem uma “porta” estraçalhada, sem proteção e com fumaça indicando que tem focos de “incêndio” e que precisa ser combatido a cada momento.
Os próprios deputados ficaram sem saber o que fazer.
Não tinham a quem fortalecer na própria Assembleia e corriam atrás de lideranças outas, aquelas que lhes servia pessoalmente, não para resolver questões de interesse da população, mas aquelas que serviam à oportunidade que se apresentavam.
Ninguém queria ser responsável por nada!
Será que ficou melhor assim para o parlamento estadual? Para o povo que havia escolhido aquelas pessoas para representa-las?
Claro que não, a fragilização do poder interessava, em alguns momentos, a outros poderes, também órgãos do mesmo estado, que se aproveitavam da fragilidade do parlamento para tirar vantagem.
Em seguida percebia que por maior que fosse a vantagem, não supria contar com um parlamento forte, coisa que sempre esteve muito longe nessa legislatura.
Ainda bem que vai acabar!
Faltam ainda 8 meses. Tem muita coisa para fazer, inclusive uma campanha eleitoral, quanto todos os deputados indicam que estão com vontade de renovar o mandato.
Tomara que não tenham se acostumado com o poder fragilizado. Tomara que estejam dispostos a compreender que estão representando o povo e que não vão se submeter a esse jogo de entra-e-sai nos principais cargos de comando do Poder Legislativo Estadual.

Da mesma forma como os eleitores terão cuidado na hora de eleger os seus representantes, é necessários que os outros agentes públicos dos outros poderes, também percebam o quanto é ruim, principalmente para o povo, um órgão estadual fragilizado, com seus membros atacados e com o seu trabalho sufocado.

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