domingo, 16 de janeiro de 2011

CARNAVAL COM OS MESMOS PROBLEMAS

Rodolfo Juarez

O carnaval é mesmo uma fantasia! Mal começa o ano e também começam as movimentações para que o grande momento seja saudado por todos com a mesma alegria e pompa dos outros anos.
Se bem que, aqui por Macapá o carnaval, desde algum tempo, vem procurando honrar o seu passado recente e não vem conseguindo. Quando não é uma coisa é outra, quando não as escolas são os dirigentes das escolas.
Os resultados mais recentes estão na cabeça de todos aqueles que se dedicam à arte de colocar uma escola na avenida e esperar a briga da quarta-feira de cinzas durante a apuração e ver que o que era para ser um momento de muita festa, passa a ser um momento de muita briga, de muitas desavenças.
Depois é aquele sacrifício para esquecer!
Mas ninguém esquece facilmente os atropelos e os solavancos que acabaram sobrando para todo mundo. Quando isso virou rotina, ficou claro que algo estava muito errado e que precisava ser consertado.
E o que estava ou está errado?
A diversidade nas respostas aponta para uma série de prováveis origens desses erros. Todas essas origens precisam de confirmação, muito embora haja convergência para alguns pontos principais, como o regulamento, os compromissos dos dirigentes, a forma de patrocínio do poder público, a politização do evento e mais uma série de questões que, em nada, contribuiu para a aquela festa popular.
Como não há garantia no resultado, também não há confiança da população nos dirigentes do carnaval. A essa constatação é atribuída boa parte da constância nas críticas que os diversos setores da sociedade acabam fazendo aos financiadores do carnaval da Liga, principalmente ao Governo do Estado.
Entendem eles que os recursos que são repassados para os eventos do carnaval poderiam ser melhora aplicado em setores considerados nervosos da administração e que são para todo o ano e não para dois ou três meses do evento carnaval.
A Liga das Escolas de Samba também não atravessa o seu melhor momento. Com forte influência de alguns presidentes de escolas, acaba abalando o prestígio da entidade, que se vê com idas e vindas de argumentos e, em alguns casos, modificando resultados que foram apurados das notas dos jurados.
O recente episódio - hilário episódio -, protagonizado pelas autoridades do carnaval de Macapá, levaram a situação ao extremo, fazendo da escola campeã a última colocada, em virtude de uma declaração de um dos aficionados da campeã. Uma situação que pode ter repercussão no carnaval de 2011 e nos seguintes.
O pior é que até para reparar o erro não serão evitados os desgastes de todos e isso, certamente, fragiliza os argumentos dos dirigentes do carnaval que, mais uma vez estão a deriva e dependendo da orientação bussolar do Governo do Estado do Amapá.
Um erro primário tem acompanhado a proposta dos dirigentes carnavalescos durante estes últimos anos – projetam todas as ações a partir do humor dos dirigentes do Estado no momento em que apresentam o que chamam de projeto.
O desamparo em que se encontram as escolas samba e a própria Liga, no que se refere à existência legítima, é fato na maioria das escolas e a liga. Nem todas as escolas de samba estão sem condições de receber dinheiro público e, por isso, os apoios daquele setor são transversais, pois o repasse de verbas públicas tem regras claras para utilização e responsabilidade direta do gestor.
O carnaval este ano é em março, no dia 8, mas os problemas são os mesmos.

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