terça-feira, 18 de janeiro de 2011

POPULAÇÃO PEDE RAPIDEZ NA MUDANÇA

Rodolfo Juarez
O governo precisa se apressar um pouco mais e organizar a sequência de medidas que precisam ser tomadas para que o tempo que dispõe não seja desperdiçado com discursos e com olhadas pelo retrovisor.
Todos já conhecem o desacerto que foi o governo anterior, mas foi exatamente por isso que os remanescentes daquele governo não conseguiram continuar no comando do Estado. Eles fizeram quase tudo errado e os poucos acertos não chegam justificar nem uma pequena parte dos erros que cometeram.
Como os erros foram de todas as ordens, inclusive política, ficou viável a troca de rumo por uma nova gestão. E essa nova gestão já chegou e agora tem o compromisso de colocar o Estado em rumo diferente e, de preferência voltado para onde estejam os interesses da população.
É preciso compreender que mesmo sendo o maior orçamento de todos os tempos, o de 2011, para que sua eficácia se confirme é necessário competência e compromisso. Competência para tomar as decisões e orientar as medidas e compromisso com os interesses da população, mesmo aqueles que ainda não foram expressos, por serem simples, ou mostrado por serem invisíveis.
Foi gasto metade do mês para definir o nome dos secretários e outros auxiliares, um prazo grande demais e que consumiu 1/24 do tempo para governar. Faltando 23 três partes iguais do ano de 2011, não há mais tempo para desperdício de prazo e muito menos de oportunidade, nesse momento em que toda a população está ansiosa por decisões que modifiquem o modo que vinha sendo adotado até agora.
As alterações vistas até agora são pequenas e em um momento em que grande parte dos outros órgãos do Estado ou estão em recesso ou com parte de sues funcionários em férias. Daqui a pouco todo mundo vai estar pronto para o trabalho impulsionado pela locomotiva principal que é o Executivo.
Assim como os setores do Estado não funcionam sem as pessoas, essas pessoas só podem fazer funcionar o Estado em condições. Até agora todos estão submetidos ao mesmo nível de exigência da administração, mas logo mais, essas exigências ganharão outros contornos e as novidades serão as primeiras críticas que, nem sempre, vem sobre os que estão na base, pode inclusive, chegar àqueles que estão no vértice da gestão.
As transferências constitucionais têm sido a base de sustentação dos orçamentos do Estado ao longo desses 20 anos de gestão autônoma, mesmo assim são precárias as relações da Administração com a regularidade administrativa quando o assunto é cumprimento de contratos e convênios. A grande maioria dos profissionais da gestão pública considera essa situação como fruto de irresponsabilidade administrativa e, por isso, os gestores são apontados como os punidos. Fica claro, entretanto, que os verdadeiros punidos são aqueles que estão fora da gestão, fazendo parte da grande massa da população que mais precisa.
Ficar no escuro, sem água, sem merenda nas escolas, nas filas de hospitais, submetidos aos riscos das doenças como dengue, malária, catapora, alastrim, sarampo, caxumba, falta de ar, entre tantos motivos, além de ser uma responsabilidade imediata da gestão pública é de extrema importância para a população, principalmente a mais pobre, que precisa trabalhar todo dia, pois boa parte dela não conta com a assistência previdenciária e a atenção da saúde pública básica, para onde estão este ano destinados 700 milhões de reais só no Orçamento da Seguridade Social.
A população agiu rápido quando mudou o rumo das suas intenções entre 10 de setembro e 3 de outubro, quer que o tempo da ação do Governo também seja curto.

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