domingo, 23 de janeiro de 2011

ENTRANDO NOS EIXOS

Rodolfo Juarez
Começa a última semana do mês de janeiro de 2011. A semana que terminou foi cheia de novidades – algumas boas e outras nem tanto. Mesmo assim as esperanças teimam em continuar hospedadas no peito de cada um dos amapaenses.
A velocidade da gestão do governador Camilo é que começa a preocupar a população. Quando chegar sexta-feira, já estará encerrado o primeiro mês do ano e desperdiçados os primeiros 30 dias de que precisava a população para ver as mudanças anunciadas desde setembro do ano passado.
Vejo que o Estado do Amapá já exige capacidade técnica especial e profissional para que não haja desperdícios de tempo e para que seja experimentada uma gestão com foco nos resultados. Se já fosse assim, esse primeiro mês não preocuparia a todos, mas é importante confiar, não negativar as providências tomadas, mesmo que os resultados ainda sejam tímidos e limitados a setores muito específicos.
Há inquietação devido a velocidade com que passa o tempo e a forma como estão sendo aproveitadas as etapas desse tempo.
Não basta vontade, tem que haver ação que atinja resultados que possam indicar que o rumo está definido e o que falta apenas é ganhar velocidade no sentido de que os objetivos sejam alcançados.
Os compromissos que tem Estado do Amapá com o seu povo são muito grandes e importantes para que esse povo possa saber para onde está sendo levado ou para onde está indo.
A gestão pública moderna já tem faces que precisam ser vistas todos os dias, como a reclamada transparências de outros tempos e aquela anunciada para logo no primeiro dia do novo governo, não estão deixando a calmaria tomar conta das pessoas e a paciência de cada um começa exigir lugar de destaque para poder acompanhar tudo o que está sendo feito para que a promessa seja cumprida.
A equipe é nova, mas os problemas são velhos demais.
A demora que os formadores da equipe nova estão tendo para vir à janela e olhar para a procissão de esperançosos que não cansa de fortalecer as suas esperanças no desempenho de uma gestão moderna, cheia de novidades e que possa surpreender como faria um bom vendedor ou um grande chefe.
Destampar os vidros, sair pelas ruas e bairros da cidade, estradas do Estado e falar com o povo que está nos núcleos urbanos distantes, acreditando na proposta de mudança é a obrigação de cada um da equipe do governador Camilo. Não dá para esperar muito senão a desconfiança bate e, assim, recomeçam as desesperanças.
O Estado não tem “piloto automático” para que o comandante possa pensar em dormir. Muito pelo contrário, o Estado conta com uma direção que está precisando de recuperação, muito embora a original seja uma direção hidráulica, das mais modernas e que não faria calo.
Como os governantes estão evitando falar em prazo, os governados estão se dando os prazos. Um mês? Dois meses? Cem dias? Seis meses?
Eles, os que formam a população, precisam de uma referência, mesmo já tendo a informação de que a situação do Estado não está fácil e que já houve contingenciamento das despesas previstas para o ano de 2011, alguns até tendo o orçamento aprovado cortado pela metade.
Mas não há de ser nada, a criatividade, a competência e o respeito pela população vão prevalecer e todas as questões vão entrar nos eixos.

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