quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

AO TRABALHO

Rodolfo Juarez
Esta foi uma semana atípica para vários setores da economia e da sociedade. As pessoas aproveitaram para fazer coisas que nem sempre fazem - a não ser durante o período do carnaval.
Para uma significativa parte da população o período não tem nada a ver com descanso, reflexão ou mesmo o necessário recarregamento da “bateria” para continuar a rotina que enfrenta todos os dias.
Aqueles que são dirigentes de escolas de samba ou que estiveram envolvidos com organização de eventos carnavalescos, certamente estão precisando descansar muito mais do que aqueles que simplesmente ficaram esperando “a banda passar”.
Mas a “banda passou” e a rotina precisa ser retomada.
Os problemas precisam ser enfrentados, equacionados para que cada qual exerça, com eficiência, o papel que assumiu perante a sociedade.
Esses intervalos que foram inventados ao longo do tempo pelos agentes sociais e são decorrentes das necessidades, tidas como oportunas, mas que, ao longo do tempo, vão se firmando como uma necessidade permanente, devido às exigências, aparentemente maiores, a que são submetidas as pessoas que forma essa sociedade.
A sociedade, dividida como está em governantes e governados, acaba fazendo exigências que são permanentes e que, por isso, mais cansativas e muito mais difíceis de serem satisfeitas se não forem levadas a sério desde os seus detalhes mínimos.
Mas essa mesma sociedade, devido o conhecimento acumulado ao longo do tempo e das gerações, também define o nível de ocupação para cada qual. Aqueles que são eventuais responsáveis por atividades de interesse de todos, têm um tempo definido, muito mais pela necessidade de se contar com pessoas motivadas e atuantes, do que se ter pessoas cansadas, desmotivas e viciadas.
Os governantes, principalmente da área executiva, têm o tempo limitado porque, em regra, são muito exigidos para apresentarem soluções para os problemas de todos em um tempo limitado.
Os mandatos são síntese dessa necessidade.
E não adianta sair por ai procurando outros caminhos, diferentes daqueles que a sociedade tem definido que serão encontrados tantos empecilhos, os resultados não aparecem e as consequências são desastrosas.
Mesmo assim ainda há aqueles que ainda não compreenderam a regra e querem, no curto prazo que têm dispor do tempo a seu modo, deixar para depois o que tem que fazer e comportar-se como se em férias estivesse.
No exercício dos mandatos o mandatário tem subsídio e não salário.
Notou a diferença?
Pois bem, isso para não se falar em férias conforme a concepção geral. O que os detentores de mandato dispõem são de intervalos para recuperação e não de um espaço temporal, por exemplo, de 30 dias, para gozo de férias.
E sabem porque?
Por que já está inserido nos cargos ocupados por pessoas que recebem o mandato do povo o limite do tempo. Um limite feito muito mais por causa do limite físico das pessoas, do que por qualquer impedimento de continuidade política.
Então, basta cumprir o compromisso que assumiu – trabalhar.
Todos os que têm mandato devem exaurir o seu tempo no limite máximo dos seus esforços, trabalhando conforme o interesse do povo, conforme manda os elementos constitutivos do Estado Nacional.

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