sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

EDUCAÇÃO NO AMAPÁ

Rodolfo Juarez
A partir de amanhã começa o verdadeiro teste para a Secretaria de Estado de Educação do Governo do Amapá, o seu secretário, os demais dirigentes de repartições da Secretaria e toda a estrutura de uma das unidades do Governo do Estado que tem obrigação ofiail para toda a década que começa a contagem este ano.
O Brasil e, dessa forma o Amapá, assumiu um compromisso internacional e com a sua própria população que, em 2022, por ocasião das comemorações do Bicentenário da Independência, o País possa responder se fez o dever de casa e os índices daquele ano, 2022, alcançaram os índices que os países do primeiro mundo já experimentam desde 2010.
O Estado do Amapá está inserido na responsabilidade de atingir as seguintes metas dentro dos próximos 10 anos: Meta 1 – Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; Meta 2 – Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; Meta 3 – Todo aluno com conhecimento adequado à sua série; Meta 4 – Todo jovem com ensino médio concluído até os 19 anos; e Meta 5 – Investimentos em educação ampliado e bem gerido.
Apesar de tudo, as metas propostas não se referem a nenhum absurdo quando cumpridas. Mas, certamente, a situação dos jovens do Estado do Amapá que não apresentam esses índices ao Brasil, isso sim, é um absurdo.
Para começar, duas metas foram abstraídas, por enquanto, do conjunto das cindo metas: A Meta 2 (“toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos) e a Meta 5 (“investimento em educação ampliado e bem gerido”.
A primeira meta é consequência das demais e não seria alcançada sem que as outras três metas fossem alcançadas, por isso, por enquanto, não serão cobrados índices objetivos sobre a Meta 1. Agora, a Meta 5, o problema, segundo os analistas e acompanhadores do processo, a parte que mais chama a atenção é a parte do “bem gerido”.
A gestão é um grande problema para a educação. Apesar das providências já anunciadas e algumas delas já tomadas, a maioria dos gestores da educação ainda estão engatinhando com relação ao que é “bem gerir” o recurso da educação.
As dificuldades no Amapá são imensas, pois, nesse caso, estarão sendo testados todos os princípios da Administração Pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e transparência.
Os gestores da Educação no Amapá precisam colocar à sua frente, primeiro para lembrar e se acostumar e depois praticar, esses cinco princípios, fazer deles instrumento de verificação obrigatória todos os dias.
Esses princípios não convivem com atraso de pagamento de material e serviços, emissão de cheques sem fundos, reclamações dos professores, pagamento aquém do piso salarial estabelecido pelo Ministério da Educação e com as greves. Todos esses itens precisam ser resolvidos em fase preliminar para poder pensar no atendimento aos princípios da Administração Pública e o atendimento das Metas.
Das três metas que já estão sendo perseguidas pela educação no resto do País, a terceira, a do desempenho, a quarta, a da conclusão, estão afetadas gravemente pelos resultados obtidos pelo sistema no Amapá nos últimos levantamentos.
Para se ter uma idéia, apenas 38,4% dos jovens de 19 anos no Amapá, concluíram o ensino médio. A meta para 2022 é alcançar 90%. O Estado do Amapá está abaixo da média regional (36,6%) e muito mais abaixo da média nacional (50,2%)
Não há tempo a perder. E o teste começa amaná, no primeiro dia de aula.

Nenhum comentário:

Postar um comentário