quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

CARNAVAL 2012

Rodolfo Juarez
Tomara que as juras que as autoridades fizeram ontem, depois de reconhecer que Macapá precisa de intervenção em importantes setores, demorem, pelo menos, para serem esquecidas.
Porque, de agora em diante, as atenções se voltam, todas, para o Carnaval de 2012 que terá o seu ponto máximo na terça-feira gorda, dia 21 de fevereiro, e com grande apelo que está sendo “engordado” pela mídia paga com dinheiro público.
Claro que é um recomeço. Claro que a população está meio desconfiada desde o ano passado, quando não houve o carnaval. O que todos esperam agora é um grande show das escolas, da Liga, da organização e de todos aqueles que estão treinando para minimizar os erros.
As pessoas ainda duvidam do clima fabricado e do nível de compromisso dos dirigentes com o próprio Governo. Eles ainda não descobriram qual a regra que vão seguir: se a da Secretaria da Cultura ou a da Liga.
Essa dúvida acaba reprimindo a criatividade e diminuindo a inovação e, mesmo com todo o apoio, ninguém está descartando a possibilidade de algumas escolas aparecerem na avenida apenas para cumprir o dever de desfilar, sem qualquer compromisso com a vitória ou, pelo menos, ocupar um dos primeiros lugares na lista do resultado.
As pessoas estão preocupadas com o oba-oba, mas até agora, ainda não foram mordidas pelo bichinho da confiança, necessário para que os desfiles correspondam e os brincantes se mostrem motivados para fazê-lo bem feito.
A magia do carnaval empurra todo mundo para a avenida. Cada um querendo ver os resultados da Cidade do Samba, das modificações nas instalações dentro do Sambódromo. É claro que todas essas melhorias estruturais aprontadas para o Carnaval Amapaense de 2012 precisam ser refletidas pelas escolas de samba.
Não dá nem para imaginar uma escola passando apenas com um carro alegórico; ou com esse carro largando os seus desenhos pelo meio da avenida. Não dá nem para pensar em uma escola com menos de 600 brincantes e uma bateria com menos de 80 figuras.
Ah! São essas novidades que os espectadores, que vão ao Sambódromo, querem avaliar e anunciar o tamanho do crescimento de cada uma das escolas.
Está claro demais que os recursos disponibilizados, os dois milhões e meio, vão ter a sua aplicação cobrada das arquibancadas pelos espectadores e os dirigentes precisam estar atentos para que a concentração de cada um não seja quebrada pela exigência dos torcedores ou dos espectadores que vão ao Sambódromo nos dois dias de desfile das escolas de samba.
Todos precisam compreender que o passo que será dado este ano na Avenida Ivaldo Veras, por cada uma das escolas de samba, não é só o passo do samba é também o passo do compromisso e da paz.
Os resultados não podem ser modificados depois.
A Liga Independente das Escolas de Samba do Estado do Amapá precisa compreender que as incertezas que transmite durante a apuração, funcionam como o colocar de muito sal no momento em que tempera uma comida – esta se torna intragável ou faz mal.
O carnaval é uma bela festa, mas ao contrário do que se possa imaginar, além de dar muito trabalho, exige competência, dedicação e muito, mas muito entendimento para que a frustração não ganhe espaço e desenvolva-se.

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