sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O SEGUNDO

Rodolfo Juarez
Hoje, 25 de fevereiro, é o dia do aniversário do meu irmão Clodoaldo Santos Juarez. Ele é o segundo de um time de 12 filhos do seu Heráclito Juarez Filho e de dona Raimunda Pureza Juarez.
Ele nasceu o mais moreno da toda a turma e, também, o mais inquieto Do time, por isso ficou dono das mais inusitadas “tiradas” entre todos os irmãos e, de quebra, aquele que mais rapidamente desvendou os segredos de nadar, subir em árvore, esconder-se e esconder a cartilha do ABC.
Alias, foi o Clodoaldo o maior responsável pelo desaparecimento de cartilhas e de tabuadas. Sempre às vésperas, ou um pouco antes, de conferir a “casa dos cinco”, na página de multiplicação da tabuada, lá o livreto sumia e, pior, ninguém conseguia encontrar.
Até que um belo dia, quando foi preciso trocar as palhas da parede da casa, lá estavam todas elas, ainda perfeitas - as tabuadas e as cartilhas do ABC.
Clodoaldo, aqui em Macapá, foi aluno do Barão do Rio Brando desde 1960, onde cursou toda a Escola Primária, depois do Colégio Amapaense e, em seguida, da Escola de Agronomia do Estado do Pará, em Belém, onde recebeu o grau, em Agronomia, em dezembro de 1973.
De volta ao Amapá e com o título de engenheiro agrônomo, Clodoaldo Juarez ingressou nos quadros do Governo do então Território, na Secretaria de Agricultura, onde se apaixonou, pela segunda vez, agora pela cultura da seringueira.
Talvez por tratar-se de uma planta rústica, perene, adaptável a grande parte do território nacional, sendo uma espécie arbórea de rápido crescimento, percebeu a química entre ele e a cultura da Hevea brasilienses, a espécie mais importante do gênero, na opinião de especialistas, como o próprio Clodoaldo.
Tornou-se o “pai” do Seringal João Cleofas, em duas ilhas de cultura, uma na entrada do balneário da Fazendinha e outra às proximidades do Marco Zero, parte da área invadida pelos moradores que ocupam a parte do hemisfério sul, entre o Monumento do Marco Zero e a margem do Rio Amazonas, ao longo da Avenida Setentrional.
A destruição do experimento enterrou o sonho, mas não o conhecimento do profissional dedicado que é reconhecido como um dos maiores especialistas no cultivo da seringueira em todo o País.
Clodoaldo também foi professor do Ensino Médio. E, apesar dos sumiços que dava para as tabuadas, escolheu de Matemática para lecionar, era professor e dos bons!
Filhas e filhos formados, formando, netos bonitos e o respeito de todos os irmãos e demais parentes, retratam o sucesso do Clodoaldo na nesta vida, além do reconhecimento dos seus colegas, profissionais registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.
Desportista, foi técnico do Guarany Atlético Clube, na época do “seu” Milton, quando foi vice-campeão amapaense, em memorável decisão com o Esporte Clube Macapá, em 1974. Fundou o São Paulo, cujo time de futebol só tinha uma titular, ele mesmo, o Clodoaldo e sua camisa 5.
Neste sábado, 25 de fevereiro, dia em que completa 64 anos, não está mais alegre porque se considera uma das maiores vítimas do David, jogador do Flamengo, que perdeu o gol que, segundo ele, mudaria a história da partida e deixaria o seu time do coração, o Flamengo, na decisão de amanhã.
Parabéns meu irmão! Todos nós estamos muito felizes por você!

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