quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

SOB PRESSÃO

Rodolfo Juarez
O secretário de Estado dos Transportes e os técnicos responsáveis pela aplicação da lama asfáltica estão cada vez mais pressionados para dar uma resposta aos usuários da Rodovia JK e da Rodovia Duca Serra devido o resultado do processo de recuperação das pistas de rolamento daquelas duas rodovias.
Os acidentes com veículos automotores, principalmente motos e caros de passeio, tem intrigado os condutores que vêm os veículos que dirigem deslizarem naquelas pistas, sem que consigam manter o controle no deslocamento do veículo.
A avaliação expedida indica que o processo utilizado pela Secretaria de Transporte do Governo do Estado, com relação à boa técnica, não foi o melhor. Algumas variáveis e indicações técnicas não foram respeitadas e o resultado não vai atingir o que imaginaram os técnicos daquela secretaria.
O grave é que o resultado alcançado nas pistas das duas estradas está colocando em risco a vida dos condutores, que estão se mostrando, além de preocupados com a situação, assustado com alguns trechos das duas estradas, pois as duas rodovias não apresentavam excelência em segurança e agora têm os riscos agravados pelo serviço executado.
A lama asfáltica é um revestimento betuminoso constituído de elementos minerais, que são os agregados, de dimensões reduzidas e de elevada superfície específica, necessitando de relativo teor de ligante asfáltico para o envolvimento de todas as partículas minerais.
O composto, quando bem produzido e bem aplicado, tem boa resistência ao desgaste por abrasão. Esse composto é de baixa permeabilidade e precisa ser um bom antiderrapante, com associação de agregado miúdos, filler, emulsão asfáltica e água, aplicada com equipamento móvel, apropriado, em consistência fluida e homogênea.
Aparentemente a maior dificuldade que os técnicos têm encontrado na aplicação da lama asfáltica está em contar com um equipamento apropriado tecnicamente.
As lamas asfálticas são aplicadas em usina específica denominada de usina de lama asfáltica, automotoras, constituídas com um silo de agregados, um silo de filler, um tanque de emulsão, um tanque de água, um misturador e uma caixa-espalhadora munida de lâminas de borracha, preferencialmente neoprene, para proporcionar o espalhamento da mistura asfáltica em consistência fluida e de acordo com a espessura da camada projetada.
Normalmente a espessura da camada será em função da dimensão do maior agregado constituinte do traço.
Para a lama asfáltica apresentar os resultados esperados, que dêem segurança ao trafego de veículos, resista à sinalização horizontal e tenha uma boa aparência é necessário que siga as regras técnicas básicas, caso contrário o resultado não irá atender às finalidades e, com isso, ferir os princípios da Administração Pública.
As aplicações recomendadas para a lama asfáltica são: a) impermeabilização de revestimentos antigos, com desgastes superficiais; b) proteção de revestimentos recentes de graduação aberta; c) selar fissuras e melhorar estética de pavimentos antigos, com rejuvenescimento superficial; d) construir revestimentos em vias de tráfego leve.
A lama asfáltica é usada, também, como preventivo e corretivo, na conservação de pavimento asfáltico. Não pode ser entendida com um reforço estrutural do pavimento mas, com sendo uma camada de ataque do intemperismo, protegendo e prolongando a vida útil do pavimento, reduzindo a penetração de água e a conseqüente oxidação ou envelhecimento do ligante asfáltico de camadas estruturais.

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