quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

QUAL SERÁ A QUESTÃO?

Rodolfo Juarez
Já faz algum tempo que venho percebendo que algumas pessoas só trabalham se os seus chefes políticos estiverem no Poder. Parece até que não conseguem conquistar os seus próprios espaços e ficam sob a sombra das propostas de outros.
Não aprendem, por mais que já estejam com bom tempo de estrada, a assumir a responsabilidade pelo que estão fazendo ou pelo que vão fazer.
Na ponta da língua estão todas as suas respostas retocadas pelas expressões complementares e decisivas de que “foi orientação do superior”, “foi uma idéia do superior” e assim por diante.
A situação demonstra que as ações são despersonalizadas por decisão espontânea dos próprios auxiliares que passam todas as iniciativas para a agenda do “superior” e se submetem a ser apenas coadjuvantes dos “caciques” de plantão.
Isso é muito ruim. Aliás, é péssimo!
A população e o “chefe” ficam prejudicados, pois não é fácil, assumir todas as consequências e um governo ou de uma prefeitura do tamanho da prefeitura de Macapá.
Parece também que o tal “chefe” gosta e aproveita para desenvolver a sua auto–realização, pouco importando se não foi atingido o que esperava a população que já anda muito desconfiada de tudo o que acontece.
Alguns dão a impressão que perdem completamente a noção e se sujeitam a ficar à disposição para “pular de galho em galho”, possivelmente querendo mostrar que está disposto a colaborar. Mas o que as administrações precisam é de técnicos profissionais e não de técnicos subservientes ou técnicos negligentes.
Mas, podem reparar, há técnicos, até bons técnicos, mas que só trabalham quando estão sob as “assas do chefe”.
É claro que nisso tudo há muita culpa do “chefe” que demonstrar gostar da situação, da obediência, da subserviência; mas é preciso que se tenha um propósito ou uma proposta que deva ser compreendida por todos, inclusive pelos auxiliares “puxas” e pelos “não-puxas”.
Essa situação já prejudicou as administrações públicas no Amapá que se revezaram nos últimos 18 anos.
Essa condição se propaga pelos outros setores e chega até àqueles empreendedores que só conseguem firmar contratos com a Administração Pública quando este ou aquele administrador ali está.
É difícil de explicar a partir dos princípios da Administração, pois se determinada empresa tem condições de trabalhar com uma equipe governamental, certamente terá condições de trabalhar com outra qualquer equipe, pois as regras da Administração Pública proíbem qualquer favorecimento ou condições diferenciadas para quem quer que seja, pessoa ou empresa.
Mas o retrato da realidade mostra, em close, o retorno de empresários que estavam fora há oito ou dez anos e que, agora, já estão com contratos assinados com a Administração e fazendo a mesma coisa que já foi feito em outros tempos.
Isso vale, também, para o locador de veículos, para os fornecedores em condições de emergências, os locadores de avião e mais uma série de fornecimentos que se repetem com uma facilidade e em quantidade que precisam ser muito estudadas para que seja dada uma resposta para a população.
A primeira hipótese levantada pode estar sustentada pela “química” que “rola” entre contratante e contratado, mas a hipótese não tem sido confirmada e ainda se está buscando uma explicação. Quem dispor da explicação que nos avise.

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