ORÇAMENTOS DE 2014
Rodolfo Juarez
Começa
o mês de dezembro.
Tradicionalmente
um mês dedicado às festas para o público em geral, mas para os senadores,
deputados federais, deputados estaduais e vereadores bem que poderia ser um dos
meses do ano de maior atenção, afinal de contas, é em dezembro que são votados
os orçamentos municipais, estaduais e da federal.
O
noticiário nacional prende toda a atenção do leitor, do ouvinte e do
telespectador para a votação do Orçamento da União e isso por diversas razões
pois no de lá, como nos de cá, também estão todos os indicadores de como está
se projetando o comportamento econômico de cada entre para o próximo ano.
Aqui,
desde setembro que a mensagem do governador, com a proposta que estima a
receita e fixa as despesas já está na Assembleia Legislativa. Nas câmaras
municipais desembarcaram no final de outubro, as mensagens com as propostas do
orçamento de cada município para 2014.
Vereadores
e deputados estaduais, quando a referência são os municípios e o Estado, como
de resto os deputados federais e os senadores, em comissão mista, e pela União,
deveriam estar ocupados demais, analisando a previsão da receita e a proposta
de gastos que o Executivo manda.
A
realidade, entretanto, indica que os vereadores ficam mais preocupados em saber
quando a respectiva Câmara vai receber de duodécimo, o resto que se arrume
conforme o passar dos meses do ano que vem; já na Assembleia Legislativa os
deputados estão preocupados na comparação para saber quanto é que vai para este
ou para aquele órgão do estado.
É comum
também os deputados inspecionarem o duodécimo de algumas das câmaras municipais,
mas é muito mais frequente os senadores e os deputados federais, principalmente
aqueles, para dizer que é muito dinheiro para este ou para aquele poder, mesmo
assim sem ter elementos para fazer a análise, isso não porque esses elementos
não estejam disponíveis, mas porque, simplesmente, entendem que dá muito
trabalho “ir atrás de tudo isso”.
Percebe-se,
entretanto, que a grande ausência é das organizações sindicais ou associativas,
que reúnem trabalhadores diretamente e indiretamente vinculados aos órgãos
públicos do Estado e dos municípios, que se ausentam das discussões, nesse
momento, quanto é possível estabelecer os parâmetros dos reajustes salariais e
de aumento do número de servidores.
Claro
que para fazer isso há de se dispor de um plano com todos os elementos para a
discussão, inclusive sustentado pelos índices de inflação, pela necessidade de
ganhos reais e por todos os procedimentos que possa indicar equilíbrio entre a
necessidade e a possibilidade, parâmetros que precisam ser levantados,
debatidos e interligados para que haja condições de sustentar as propostas
feitas.
Professores,
policiais civis, profissionais da saúde e de apoio, funcionários públicos de
carreira, precisam, nesse momento, estar atentos para, depois, não pugnarem em um espaço onde falam e gritam
para si mesmos.
A Lei
do Orçamento Anual, para estados como o Amapá e a municípios com a maioria dos
municípios amapaenses, que têm a sua maior receita com origem nas
transferências constitucionais, é uma das peças mais importantes para todos –
os funcionários que executam o serviço e a população que usufrui o resultado
desse serviço.
Deixar
passar esse momento é desafiar as poucas oportunidades que têm para influir nos
resultados da aplicação de mais de 6 bilhões de reais no Amapá, total que se
obtém com a soma dos orçamentos públicos do Estado e dos municípios.
O tempo
vai até o dia 22 de dezembro, mas esse é o tempo máximo, muitos parlamentos,
até esse dia, já promulgaram a lei. Então, apressem-se!
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