terça-feira, 6 de novembro de 2012

Eleições 2012: 40 mulheres foram eleitas nas eleições municipais

Um quinto dos cargos eletivos disputados nas eleições municipais de 2012 ficou com as mulheres
Das 198 vagas oferecidas para os cargos de prefeito (a), vice-prefeito (a) e vereador (a), 40 ficaram com as mulheres.
O resultado das eleições municipais de 2012, que ofereceram 16 vagas para prefeito, 16 vagas para vice-prefeito e 166 vagas para vereador para todos os municípios do Estado do Amapá, mostrou que as mulheres continuam aumentando a sua participação da divisão dos cargos eletivos. Nestas eleições alcançaram 20,20% do total de cargos, correspondendo a 40 cargos (4 prefeitas, 5 vice-prefeitas e 31 vereadoras).
As 40 mulheres eleitas em 2012 vão se juntar às 13 que já estão no exercício do cargo que conquistaram em 2010 e que tomaram posse no começo de 2011. Uma suplente de senador, três deputadas federais, oito deputadas estaduais e uma vice-governadora. A partir do começo do ano que vem, 53 mulheres, portanto, ocuparam parte dos 241 cargos que são oferecidos nas eleições regionais e municipais, correspondendo a 22% de todo os eleitos para cargos no Legislativo e no Executivo.

MULHERES ELEITAS EM 2012
Foram eleitas em 2012 as seguintes prefeitas: Lucimar (PMDB), em Calçoene; Eliane Pimentel (PSL), em Cutias; Ester (PSB), em Itaubal; e Socorro Pelaes (PMN), em Pedra Branca. A prefeita Socorro Pelaes ainda depende de julgamento de recurso no TSE para ter, ou não, confirmada a sua eleição.
Foram eleitas em 2012 as seguintes vice-prefeitas: Geida (PSB, em Calçoene; Nazilda Fernandes (PP), em Laranjal do Jari; Maria da Luz (PT), em Oiapoque; Leide (PSB), em Porto Grande; e Roselina Matos (DEM), em Santana.
As vereadoras eleitas em 2012 são as seguintes: No município de Amapari, Maria da Penha (PT do B); em Amapá, Luzenilde Guimarães (PSDC); em Calçoene, Maria Neli (PSB); em Cutias, Maria Tolosa (PR); em Ferreira Gomes, Marileide Furtado (PT), Maria Vidal (PDT) e Neuracy Pereira (PSDB); em Itaubal, Darliete Palmeirim (PSC), Ana Célia Picanço (PTC), Diene Tavares (PSOL) e Maria Lizeth (PPS); em Laranjal do Jari, Cleineide Batista (PSL) e Aliny Rocha (PSB); em Macapá, Edna Auzier (PDT), Telma Nery (PP), Adriana Ramos (PTC), Aline Gurgel (PR) e Neuza Monteiro (PSB); em Mazagão, Lucirene Pires (PPS) e Neli Lima (PSC); em Oiapoque, Angelina Neta (PC do B) e Maria Iolanda (PSL); em Porto Grande, Érica Benjó (PC do B) e Marilandia Sales (PT); em Pracuúba, Orleane Mendes (PSC) e Regina Figueira (PPS); em Santana, Maria do Perpétuo Socorro (PR); em Serra do Navio, Ivone silva dos Santos (PT); em Tartarugalzinho, Francineide Moreira (PT do B); e em Vitória do Jari, Rosineide do Socorro (PR) e Maria de Nazaré Diniz (PT).
A luta das mulheres, primeiro para votar e depois para poder participar das eleições para escolha de parlamentares e executivos nos entes federados pode se contada em vários capítulos e dizer que agora, depois de todas as lutas, de homens e mulheres, agora se trata de participação da mulher nos partidos políticos, demonstrando a sua disposição para enfrentar os pleitos.
 
COMO COMEÇOU
Machista e patriarcal (heranças de nossa colonização), a sociedade brasileira tinha a mulher como um ser inferior, submisso ao pai, depois ao marido, e discriminada.
Por volta de 1914, algumas mulheres iniciaram uma luta com a finalidade de mudar essa situação. Devagar e conscientemente, começaram a abrir espaço na sociedade e a buscar o direito ao voto, pois consideravam que essa participação política representaria a consolidação de suas cidadanias, a conquista da igualdade salarial e de oportunidades na educação e nos demais setores da sociedade.
A batalha foi longa e aguerrida e, em 1932, o então Presidente da República - Getúlio Vargas - promulgou o Código Eleitoral e deu o direito de votar e ser votadas a todas as brasileiras maiores de idade.
Porém, ainda hoje, em pleno século XXI, a presença das mulheres na vida política como representantes de seus Municípios e Estados é parca e tímida. Basta observarmos o número de candidatos em relação a elas, embora a Lei seja clara quanto ao percentual de participação feminina nas eleições.

OS AVANÇOS
A conquista do voto e participação feminina ao redor do mundo:
 1788 - nos Estados Unidos, o direito a ser votada;
 1893 - na Nova Zelândia, o direito a votar;
 1905 - na Nova Zelândia, o direito a votar e ser votada;
 1917 - na União Soviética, com a Revolução Socialista, o direito de votar e ser votada;
 1918 - na Alemanha, o direito de votar e ser votada;
 1919 - nos Estados Unidos, o direito ao voto pleno;
 1928 - na Inglaterra, o direito de votar e ser votada;
 1945 - na França, na Itália e no Japão, o direito de votar e ser votada.

REFERÊNCIAS
A História conta que:
 em 1918, a bióloga Bertha Lutz liderou um movimento decisivo para a conquista do voto da mulher;
 em 1927, o então Governador Juvenal Lamartine, do Rio Grande do Norte, alterou a Legislação e criou uma lei local que dava às mulheres o direito de votar;
 em 1929, Alzira Floriano foi eleita Prefeita da Cidade de Lages (RN), enquanto que, no restante do Brasil, as mulheres sequer podiam votar;
  em 1985, a professora Raquel Capiberibe foi eleita vice-prefeita de Macapá na chapa de Azevedo Costa. Foi a primeira mulher eleita no Amapá para um cargo executivo. Antes, Iolanda Guerra já havia sido eleita para vereadora.
.  em 2010, Dilma Van Rousseff foi eleita a primeira mulher Presidente do Brasil.

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