Um quinto dos
cargos eletivos disputados nas eleições municipais de 2012 ficou com as
mulheres
Das
198 vagas oferecidas para os cargos de prefeito (a), vice-prefeito (a) e
vereador (a), 40 ficaram com as mulheres.
O resultado das
eleições municipais de 2012, que ofereceram 16 vagas para prefeito, 16 vagas
para vice-prefeito e 166 vagas para vereador para todos os municípios do Estado
do Amapá, mostrou que as mulheres continuam aumentando a sua participação da
divisão dos cargos eletivos. Nestas eleições alcançaram 20,20% do total de
cargos, correspondendo a 40 cargos (4 prefeitas, 5 vice-prefeitas e 31
vereadoras).
As 40 mulheres
eleitas em 2012 vão se juntar às 13 que já estão no exercício do cargo que
conquistaram em 2010 e que tomaram posse no começo de 2011. Uma suplente de
senador, três deputadas federais, oito deputadas estaduais e uma
vice-governadora. A partir do começo do ano que vem, 53 mulheres, portanto,
ocuparam parte dos 241 cargos que são oferecidos nas eleições regionais e
municipais, correspondendo a 22% de todo os eleitos para cargos no Legislativo
e no Executivo.
MULHERES
ELEITAS EM 2012
Foram eleitas em
2012 as seguintes prefeitas: Lucimar
(PMDB), em Calçoene; Eliane Pimentel (PSL), em Cutias; Ester (PSB), em Itaubal;
e Socorro Pelaes (PMN), em Pedra Branca. A prefeita Socorro Pelaes ainda
depende de julgamento de recurso no TSE para ter, ou não, confirmada a sua
eleição.
Foram eleitas em
2012 as seguintes vice-prefeitas:
Geida (PSB, em Calçoene; Nazilda Fernandes (PP), em Laranjal do Jari; Maria da
Luz (PT), em Oiapoque; Leide (PSB), em Porto Grande; e Roselina Matos (DEM), em
Santana.
As vereadoras eleitas em 2012 são as
seguintes: No município de Amapari,
Maria da Penha (PT do B); em Amapá,
Luzenilde Guimarães (PSDC); em Calçoene,
Maria Neli (PSB); em Cutias, Maria
Tolosa (PR); em Ferreira Gomes,
Marileide Furtado (PT), Maria Vidal (PDT) e Neuracy Pereira (PSDB); em Itaubal, Darliete Palmeirim (PSC), Ana
Célia Picanço (PTC), Diene Tavares (PSOL) e Maria Lizeth (PPS); em Laranjal do Jari, Cleineide Batista
(PSL) e Aliny Rocha (PSB); em Macapá,
Edna Auzier (PDT), Telma Nery (PP), Adriana Ramos (PTC), Aline Gurgel (PR) e
Neuza Monteiro (PSB); em Mazagão,
Lucirene Pires (PPS) e Neli Lima (PSC); em Oiapoque,
Angelina Neta (PC do B) e Maria Iolanda (PSL); em Porto Grande, Érica Benjó (PC do B) e Marilandia Sales (PT); em Pracuúba, Orleane Mendes (PSC) e Regina
Figueira (PPS); em Santana, Maria do
Perpétuo Socorro (PR); em Serra do Navio,
Ivone silva dos Santos (PT); em Tartarugalzinho,
Francineide Moreira (PT do B); e em Vitória
do Jari, Rosineide do Socorro (PR) e Maria de Nazaré Diniz (PT).
A luta das
mulheres, primeiro para votar e depois para poder participar das eleições para
escolha de parlamentares e executivos nos entes federados pode se contada em
vários capítulos e dizer que agora, depois de todas as lutas, de homens e
mulheres, agora se trata de participação da mulher nos partidos políticos,
demonstrando a sua disposição para enfrentar os pleitos.
COMO
COMEÇOU
Machista e patriarcal
(heranças de nossa colonização), a sociedade brasileira tinha a mulher como um
ser inferior, submisso ao pai, depois ao marido, e discriminada.
Por volta de 1914,
algumas mulheres iniciaram uma luta com a finalidade de mudar essa situação.
Devagar e conscientemente, começaram a abrir espaço na sociedade e a buscar o
direito ao voto, pois consideravam que essa participação política representaria
a consolidação de suas cidadanias, a conquista da igualdade salarial e de
oportunidades na educação e nos demais setores da sociedade.
A batalha foi longa e
aguerrida e, em 1932, o então Presidente da República - Getúlio Vargas -
promulgou o Código Eleitoral e deu o direito de votar e ser votadas a todas as
brasileiras maiores de idade.
Porém, ainda hoje, em
pleno século XXI, a presença das mulheres na vida política como representantes
de seus Municípios e Estados é parca e tímida. Basta observarmos o número de
candidatos em relação a elas, embora a Lei seja clara quanto ao percentual de
participação feminina nas eleições.
OS AVANÇOS
A conquista do voto e
participação feminina ao redor do mundo:
1788 - nos Estados Unidos, o direito a ser
votada;
1893 - na Nova Zelândia, o direito a votar;
1905 - na Nova Zelândia, o direito a votar e
ser votada;
1917 - na União Soviética, com a Revolução
Socialista, o direito de votar e ser votada;
1918 - na Alemanha, o direito de votar e ser
votada;
1919 - nos Estados Unidos, o direito ao voto
pleno;
1928 - na Inglaterra, o direito de votar e ser
votada;
1945 - na França, na Itália e no Japão, o direito
de votar e ser votada.
REFERÊNCIAS
A História conta que:
em 1918, a bióloga Bertha Lutz liderou um
movimento decisivo para a conquista do voto da mulher;
em 1927, o então Governador Juvenal Lamartine,
do Rio Grande do Norte, alterou a Legislação e criou uma lei local que dava às
mulheres o direito de votar;
em 1929, Alzira Floriano foi eleita Prefeita
da Cidade de Lages (RN), enquanto que, no restante do Brasil, as mulheres
sequer podiam votar;
em 1985, a professora Raquel Capiberibe foi
eleita vice-prefeita de Macapá na chapa de Azevedo Costa. Foi a primeira mulher
eleita no Amapá para um cargo executivo. Antes, Iolanda Guerra já havia sido eleita para vereadora.
. em 2010, Dilma Van
Rousseff foi eleita a primeira mulher Presidente do Brasil.
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