domingo, 25 de novembro de 2012

Enem: quem topa o desafio no Amapá?

Rodolfo Juarez
Mais uma vez as notas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, mostram o que precisa ser feito – e com urgência – para que o dinheiro gasto com a educação pública no Estado do Amapá tenha a sua aplicação repensada, considerando os resultados alcançados.
Além do baixo número de escolas públicas que participaram atendendo as regras daquele Exame, as médias também podem ser consideradas aquém do que pode ser esperado do estudante amapaense.
Apenas 9 escolas públicas estaduais (5 de Macapá, 2 de Santana, 1 de Mazagão e 1 de Tartarugalzinho) tiveram na prova a participação de mais da metade dos alunos matriculados, requisito adotado pelo Enem para que se possa medir a nota da Escola. Por outro lado foram 11 as escolas privadas (9 de Macapá e 2 de Santana) que participaram do Exame.
Considerando todas as 5.278 escolas públicas que participaram do Exame em todo o Brasil (199 federais, 4.968 estaduais e 111 municipais) foi apurada a média de 474,20 sendo que a maior média, entre as escolas públicas, foi de uma escola federal, em Viçosa, Minas Gerais, que obteve a média de 704,28 e a menor de uma escola estadual, em São Domingos do Azeitão, no Estado do Maranhão, que obteve a média de 383,71.
Das 9 escolas amapaenses que foram avaliadas pelo Enem, apenas a Escola Estadual Barroso Tostes, de Santana, a primeira colocada no ranking no Estado do Amapá, obteve nota superior à média das escolas públicas, isto é, todas as outras 8 escolas ficaram abaixo da média nacional. Um cenário preocupante e que precisa ser estudado com cuidado e objetividade por gestores e professores da rede pública estadual local. A nota da Escola Estadual Barroso Tostes foi 480,09 com a participação de 75,63% dos alunos da escola que poderiam fazer o Enem, a maior participação discente de uma escola pública do Estado.
Além das 5.278 escolas públicas brasileiras, participaram do exame outras 4.798 escolas privadas, sendo que 11 dessas escolas funcionam no Estado do Amapá, 9 em Macapá e 2 em Santana. A média das notas das escolas privadas chegou a 596,20 sendo que uma escola de São Paulo, Capital, foi a que obteve a maior média no Exame: 737,15.
Nenhuma das escolas privadas amapaenses alcançou a média apurada para as escolas privadas brasileiras (596,20). A Escola Aquarela de Ensino e Cultura, a que obteve a maior média entre as escolas privadas do Estado, alcançou 585,80 de média.
Outro dado que pode ser considerado muito importante é que apenas as escolas públicas estaduais Barroso Tostes, em Santana (com média de 480,09), e Alexandre Vaz Tavares, em Macapá (com média de 470,08) superaram a escola privada amapaense de menor média, a Escola Meta (com média de 470,06) no ranking geral do Enem no Amapá.
O que fazer para modificar esse quadro?
Fazer uma boa prova, certamente. Mas para fazer uma prova é preciso ter conhecimento, bom preparo específico, tranquilidade e confiança, entre outros requisitos indispensáveis para o aluno alcançar um bom resultado.
Se há empecilhos para que o sistema educacional, público principalmente, dê isso aos alunos daqui, então esses empecilhos precisam ser retirados e destruídos, mesmo que, aparentemente, sejam questões consideradas de menor importância ou de pouca relevância.
Estabelecer metas é necessário como, por exemplo, colocar uma escola amapaense entre as 100 melhores do Brasil.
Quem topa o desafio?
Com relação aos alunos não tenho qualquer dúvida, eles topam...

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