Mais uma vez as
notas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, mostram o que precisa ser
feito – e com urgência – para que o dinheiro gasto com a educação pública no
Estado do Amapá tenha a sua aplicação repensada, considerando os resultados
alcançados.
Além do baixo
número de escolas públicas que participaram atendendo as regras daquele Exame,
as médias também podem ser consideradas aquém do que pode ser esperado do
estudante amapaense.
Apenas 9 escolas
públicas estaduais (5 de Macapá, 2 de Santana, 1 de Mazagão e 1 de
Tartarugalzinho) tiveram na prova a participação de mais da metade dos alunos
matriculados, requisito adotado pelo Enem para que se possa medir a nota da
Escola. Por outro lado foram 11 as escolas privadas (9 de Macapá e 2 de
Santana) que participaram do Exame.
Considerando
todas as 5.278 escolas públicas que participaram do Exame em todo o Brasil (199
federais, 4.968 estaduais e 111 municipais) foi apurada a média de 474,20 sendo
que a maior média, entre as escolas públicas, foi de uma escola federal, em
Viçosa, Minas Gerais, que obteve a média de 704,28 e a menor de uma escola
estadual, em São Domingos do Azeitão, no Estado do Maranhão, que obteve a média
de 383,71.
Das 9 escolas
amapaenses que foram avaliadas pelo Enem, apenas a Escola Estadual Barroso
Tostes, de Santana, a primeira colocada no ranking no Estado do Amapá, obteve
nota superior à média das escolas públicas, isto é, todas as outras 8 escolas
ficaram abaixo da média nacional. Um cenário preocupante e que precisa ser
estudado com cuidado e objetividade por gestores e professores da rede pública
estadual local. A nota da Escola Estadual Barroso Tostes foi 480,09 com a
participação de 75,63% dos alunos da escola que poderiam fazer o Enem, a maior
participação discente de uma escola pública do Estado.
Além das 5.278
escolas públicas brasileiras, participaram do exame outras 4.798 escolas
privadas, sendo que 11 dessas escolas funcionam no Estado do Amapá, 9 em Macapá
e 2 em Santana. A média das notas das escolas privadas chegou a 596,20 sendo
que uma escola de São Paulo, Capital, foi a que obteve a maior média no Exame:
737,15.
Nenhuma das
escolas privadas amapaenses alcançou a média apurada para as escolas privadas
brasileiras (596,20). A Escola Aquarela de Ensino e Cultura, a que obteve a
maior média entre as escolas privadas do Estado, alcançou 585,80 de média.
Outro dado que
pode ser considerado muito importante é que apenas as escolas públicas
estaduais Barroso Tostes, em Santana (com média de 480,09), e Alexandre Vaz
Tavares, em Macapá (com média de 470,08) superaram a escola privada amapaense
de menor média, a Escola Meta (com média de 470,06) no ranking geral do Enem no
Amapá.
O que fazer para
modificar esse quadro?
Fazer uma boa
prova, certamente. Mas para fazer uma prova é preciso ter conhecimento, bom
preparo específico, tranquilidade e confiança, entre outros requisitos
indispensáveis para o aluno alcançar um bom resultado.
Se há empecilhos
para que o sistema educacional, público principalmente, dê isso aos alunos
daqui, então esses empecilhos precisam ser retirados e destruídos, mesmo que,
aparentemente, sejam questões consideradas de menor importância ou de pouca
relevância.
Estabelecer
metas é necessário como, por exemplo, colocar uma escola amapaense entre as 100
melhores do Brasil.
Quem topa o
desafio?
Com relação aos
alunos não tenho qualquer dúvida, eles topam...
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