quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Santana: porta de entrada de riquezas e problemas

Rodolfo Juarez
O Município de Santana, com mais de 100 mil habitantes, a partir do dia 1º de janeiro terá como prefeito Robson Rocha, que completa 35 anos de idade no dia 1º de dezembro, exatamente um mês antes de assumir o cargo de prefeito do Município que tem a maior densidade demográfica do Estado do Amapá.
Em 1989, quando seu pai, Rosemiro Rocha, inaugurou a lista de prefeitos eleitos pelo povo, em Santana, tinha apenas 11 anos, mas já participava de forma direta de todas as movimentações que levaram à eleição do primeiro prefeito eleito do recém criado Município de Santana, por desmembramento do Município de Macapá.
A sede do Município de Santana é uma cidade portuária que alcançou 100 mil habitantes no censo de 2010, com um crescimento médio acima do crescimento populacional médio do Estado e do País.
Porta de entrada das riquezas e também dos problemas, apesar de ter uma área de entrada relativamente pequena, desde a rampa do Matapi, até a entrada do Rio Fortaleza, mas as autoridades estaduais não conseguiram instalar um sistema de proteção à população da cidade de Santana e da própria Capital, muito embora esta também careça das mesmas necessidades daquela cidade portuária.
As riquezas entram pelo Porto Organizado de Santana, um porto internacional que é administrado pela Companhia Docas de Santana, empresa municipal criada em 2001, que desde 2002 administra o Porto de Macapá, por uma concessão de 25 anos do Ministério dos Transportes ao Município de Santana.
Além do porto alfandegado administrado pela empresa municipal, ainda tem outro porto alfandegado, o da Icomi, por onde é embarcado o minério da região de Serra do Navio e Pedra Branca.
Os portos regionais, muito necessários, não foram construídos e estão fazendo falta para a fiscalização da entrada e saída de mercadorias, lícitas e ilícitas, criando um ambiente de desconfiança para os usuários, principalmente aqueles que agem licitamente, entregando os produtos das ilhas do Arquipélago do Marajó, principalmente de Afuá, Breves e Chaves, o ABC regional, além de outros municípios desta região.
Esse negócio que o Amapá mantém com o Pará ainda não foi medido para saber a importância econômica e no abastecimento primário da população amapaense. Sabe-se, entretanto, que o volume de negócios fechados, diariamente, é grande e já está na grade do comércio santanense, principalmente.
E Robson Rocha assume o Município de Santana com a responsabilidade de transformá-lo no motor da economia, considerando a geografia e estrutura que conta, mesmo sabendo que, com relação à estrutura, os investimentos necessários são altos, mas que já estão na lista de prioridades do desenvolvimento regional.
O prefeito eleito sabe que tem grande responsabilidade com o presente e o futuro, mas sabe que precisa levar em conta a responsabilidade que tem com o passado, considerando que o seu pai, Rosemiro Rocha, além de ser o primeiro prefeito eleito de Santana, repetiu o mandato oito anos depois, exatamente como faz agora, se elegendo oito anos depois da segunda despedida do cargo de prefeito, pelo seu pai.
A população aceitou, sem problemas, a escolha do eleitor e o prefeito Robson Rocha tem a oportunidade de fazer um bom trabalho e dar novo rumo para o Município de Santana, justificando a oportunidade que ganhou do povo.

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