sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Novo prefeito: falar pouco e trabalhar muito é a receita

Rodolfo Juarez
Passados os primeiros dias depois da espetacular vitória nas urnas, o prefeito eleito do Município de Macapá, Clécio Luiz, já deve estar pensando no tamanho do problema que tem pela frente.
Como também deve saber que de nada vai adiantar ficar colocando a culpa nas administrações passadas e, principalmente, na administração que termina no dia 31 de dezembro.
Até agora, os últimos prefeito de Macapá acreditaram que poderiam governar o Município esperando a sensibilização do governador do Estado. Um ledo e simplório engano que tem levado os administradores municipais a cometer falhas irreparáveis e erros grosseiros, não só de interpretação da responsabilidade que tem, mas e principalmente, pela esperança de poder economizar o dinheiro da Prefeitura, sabe lá para que, e tentar convencer os dirigentes da União e do Estado a gastar em Macapá.
Aliás, esse discurso tem prevalecido na cabeça de quase todos os prefeitos que a população escolheu, talvez por conhecer o histórico daqueles que foram nomeados pelo governador do Território do Amapá por 48 anos.
Ser prefeito de um município como Macapá, que tem a sua sede como capital do Estado é muito difícil. As exigências da população e do sistema administrativo são grandes. Todas as demandas urbanas contêm exigências no mínimo dobradas – uma dos órgãos do Estado e outra dos órgãos do município.
A cidade de Macapá está precisando de um prefeito que goste dela e a coloque à frente de todos os seus interesses, sejam quais forem.
Com as mesmas necessidades estão os núcleos urbanos, sede de distrito ou não, que, por muito tempo, estão sem a assistência efetiva da Prefeitura de Macapá que precisa cuidar das regiões que estão nos limites de sua zona rural.
Também estão em dificuldades as estradas municipais, abandonadas à própria sorte, já há algum tempo. Neste ponto a situação é tão grave que até o órgão municipal que implanta, constrói e mantém as estradas municipais, seja de ligação ou de penetração, encontra-se desativado, sem uma máquina sequer.
Dentro dos limites urbanos os problemas são graves. Os moradores da cidade sofrem com os problemas que só aumentam e a manutenção, que só diminui.
O prefeito que toma posse no dia 1º de janeiro de 2013 vai precisar ser dedicado à causa da cidade de Macapá e do município de Macapá. Não lhe sobrará tempo para estar agradando este ou aquele, principalmente nos primeiros momentos.
Desta feita vai precisar fazer para depois usufruir daquilo que fez.
Não adianta sentar e assumir a Prefeitura de Macapá pensando que ali está instalado um trampolim para a consolidação do sucesso eleitoral seguinte. Do próprio prefeito ou de aliados.
A atenção tem que ser total para a cidade. Sustentada por um planejamento bem feito, acompanhado a cada etapa e com em um sistema que aceita, sem grande esforço ou custo, correção imediata.
Claro que seria bom contar com o apoio do Governo Federal, do Governo Estadual, dos parlamentares federais. Mas o trabalho, nesse momento, precisa vir de dentro para fora, mostrando a que veio, conquistando os vereadores pelo trabalho e mostrando que cada um precisa trabalhar pela cidade, e muito, para readquiri a confiança da população.
Governar sem rumo é ficar sujeito a cair em um precipício nos primeiros momentos da administração. Mas ficar esperando para conhecer todo o terreno, seria um erro que o tempo e a população não perdoariam.
Falar pouco, trabalhar muito, mas muito mesmo, é a receita do sucesso para o prefeito, os vereadores e os secretários municipais.

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