Passados os
primeiros dias depois da espetacular vitória nas urnas, o prefeito eleito do
Município de Macapá, Clécio Luiz, já deve estar pensando no tamanho do problema
que tem pela frente.
Como também deve
saber que de nada vai adiantar ficar colocando a culpa nas administrações
passadas e, principalmente, na administração que termina no dia 31 de dezembro.
Até agora, os
últimos prefeito de Macapá acreditaram que poderiam governar o Município
esperando a sensibilização do governador do Estado. Um ledo e simplório engano
que tem levado os administradores municipais a cometer falhas irreparáveis e
erros grosseiros, não só de interpretação da responsabilidade que tem, mas e principalmente,
pela esperança de poder economizar o dinheiro da Prefeitura, sabe lá para que,
e tentar convencer os dirigentes da União e do Estado a gastar em Macapá.
Aliás, esse
discurso tem prevalecido na cabeça de quase todos os prefeitos que a população
escolheu, talvez por conhecer o histórico daqueles que foram nomeados pelo
governador do Território do Amapá por 48 anos.
Ser prefeito de
um município como Macapá, que tem a sua sede como capital do Estado é muito
difícil. As exigências da população e do sistema administrativo são grandes.
Todas as demandas urbanas contêm exigências no mínimo dobradas – uma dos órgãos
do Estado e outra dos órgãos do município.
A cidade de
Macapá está precisando de um prefeito que goste dela e a coloque à frente de
todos os seus interesses, sejam quais forem.
Com as mesmas
necessidades estão os núcleos urbanos, sede de distrito ou não, que, por muito
tempo, estão sem a assistência efetiva da Prefeitura de Macapá que precisa
cuidar das regiões que estão nos limites de sua zona rural.
Também estão em
dificuldades as estradas municipais, abandonadas à própria sorte, já há algum
tempo. Neste ponto a situação é tão grave que até o órgão municipal que
implanta, constrói e mantém as estradas municipais, seja de ligação ou de
penetração, encontra-se desativado, sem uma máquina sequer.
Dentro dos
limites urbanos os problemas são graves. Os moradores da cidade sofrem com os
problemas que só aumentam e a manutenção, que só diminui.
O prefeito que
toma posse no dia 1º de janeiro de 2013 vai precisar ser dedicado à causa da
cidade de Macapá e do município de Macapá. Não lhe sobrará tempo para estar
agradando este ou aquele, principalmente nos primeiros momentos.
Desta feita vai
precisar fazer para depois usufruir daquilo que fez.
Não adianta
sentar e assumir a Prefeitura de Macapá pensando que ali está instalado um
trampolim para a consolidação do sucesso eleitoral seguinte. Do próprio
prefeito ou de aliados.
A atenção tem
que ser total para a cidade. Sustentada por um planejamento bem feito,
acompanhado a cada etapa e com em um sistema que aceita, sem grande esforço ou
custo, correção imediata.
Claro que seria
bom contar com o apoio do Governo Federal, do Governo Estadual, dos
parlamentares federais. Mas o trabalho, nesse momento, precisa vir de dentro
para fora, mostrando a que veio, conquistando os vereadores pelo trabalho e
mostrando que cada um precisa trabalhar pela cidade, e muito, para readquiri a
confiança da população.
Governar sem
rumo é ficar sujeito a cair em um precipício nos primeiros momentos da
administração. Mas ficar esperando para conhecer todo o terreno, seria um erro
que o tempo e a população não perdoariam.
Falar pouco,
trabalhar muito, mas muito mesmo, é a receita do sucesso para o prefeito, os
vereadores e os secretários municipais.
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