A Companhia de
Água e Esgoto do Amapá – Caesa, nesses dois primeiros anos de trabalho da
equipe comandada pelo Engenheiro Ruy Smith, chegou a contar com a confiança dos
usuários, durante boa parte do período.
Mas os problemas
que a Companhia tem para enfrentar são gigantescos e precisam ser tratados
assim pela equipe da Caesa, pelo Governo Estado e compreendido pelo usuário,
este sem poder fazer nada a não ser sentir os efeitos.
A Caesa nunca
conseguiu cumprir a sua missão institucional – colocar água tratada em todas as
residências dos núcleos urbanos do Amapá.
Macapá, a
Capital do Estado, por exemplo, não tem metade das residências com oferta de
água tratada. E boa parte desse serviço não atende os padrões exigidos pelas
normas técnicas, com muitas residências sem ter, sequer o medidor, elementar
equipamento, para dimensionar o consumo daquela unidade residencial.
Captação
instalada com dificuldades de operação, tanto com relação à qualidade com
relação à quantidade da água, prejudicando a eficiência do serviço prestado,
mesmo para a parte atendida da população.
Nesse momento,
para se ter uma idéia do problema, a empresa precisaria ativar mais do dobro de
ligações que tem ativado desde o tempo do Amapá como território federal.
E de pouco
adianta trabalhar como está trabalhando. Desse jeito sempre vai atender apenas
a metade das residências, devido o incremento populacional e, em consequência,
o incremento de unidades habitacionais que precisam de água tratada. As
estimativas mais modesta estão indicando que, a cada ano, em Macapá, 5 mil
novas unidades são construídas, habitadas e que precisam de água tratada.
A Companhia de
Água e Esgoto do Amapá ainda tem sob a sua responsabilidade a coleta, o
transporte e o tratamento do esgoto sanitário. Nesse item o Estado é o último
colocado entre todos os estados da Federação.
Apesar de exigir
investimentos iniciais elevados, para a capacidade de investimento de um Estado
como o Amapá, é um serviço absolutamente necessário e determinante para a
qualidade de vida para a população, além do que é um serviço que exige cuidados
especiais com relação ao meio ambiente, de o sistema de coleta até à estação de
tratamento, bem como a capacidade do receptor natural que precisa ser estudado
para saber o nível de poluição que suporta sem modificar o status ambiental.
O serviço atual,
que atende menos de 4% da população de Macapá, é precário em todas as suas
fazes. O sistema de tratamento é considerado inadequado, em uma lagoa de
estabilização, situado no Bairro do Araxá, sem a proteção ambiental. Com mais
de 30 anos o sistema apresenta vários problemas.
O protocolo
firmado por representantes do Governo do Estado, da Caesa e de um bando local,
no valor superior a 17 milhões de reais, é o primeiro passo para a elaboração
do projeto técnico que é demorado devido aos precisos detalhes que tem que
apresentar.
Por ser o
projeto de significativo impacto ambiental, os órgãos ambientais do Município,
do Estado e da União deverão estar atentos a cada detalhe, discutindo à
exaustão, pois, uma vez definido o seu caminhamento e as suas instalações
principais e complementares, haverá grandes dificuldades para serem alteradas.
Todos esses
pontos do serviço de distribuição de água potável e de coleta e tratamento de
esgoto estão, ao que parece, ocupando a equipe técnica da Caesa, que precisa
ter olhos para o sistema que está funcionando e que acumula reclamações por não
ser um serviço conforme espera o consumidor e está longe das promessas que são
feitas a cada ano.
Se não tratar o
assunto tecnicamente, será como colocar mais uma pedra no caminho da Caesa.
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