sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Argola de náufragos

Rodolfo Juarez
O que está havendo para que os resultados planejados e exaustivamente anunciados  não apareçam , para deixar alegre a comunidade e satisfeita a sociedade com os seus dirigentes, nos quais depositou tanta esperança.
Os recursos foram gastos, as tentativas foram feitas ou, pelo menos anunciadas, os esforços foram mostrados, mas o resultado não foi aquele esperado, nem pelos executores e muito menos pela população.
Isso já vem se repetindo há bastante tempo e, a cada ano, fica acumulado para ser vencido no futuro, quando outras prioridades são selecionadas e outras exigências são catalogadas.
O povo já anda desesperançado. Os gestores mostram-se abalados pelo fato de querer e não alcançar, nem mesmo os objetivos mais óbvios e comuns.
Os desentendimentos entre os órgãos públicos são cada vez mais escancarados, sem limites, deixando do lado de fora as vísceras dos organismos que precisam ser sadios e que se mostram doentes, precisando de socorro e assistência.
O povo continua esperançoso, confiante de que uma hora esse jogo vai virar, os resultados vão aparecer, muito embora já desconfiem que não virá no esteira das proposta dos políticos, algumas delas mirabolantes e que estão muito acima da realidade local e nacional.
Os responsáveis pelo comando dos diversos organismos estaduais estão atrapalhados, brigando entre si, prejudicando os resultados e criando a desconfiança da população sobre todos.
Obvio que o resultado não poderia ser diferente devido a insistência de que a divisão entre os grupos, uns achando que são mais preparados do que o outro, ou entendendo que são mais honestos do que o outro, será capaz de construir um estado em condições de responder, com eficiência, ao contribuinte, pagador de todas as aventuras dos dirigentes.
Os resultados sociais apurados são desastrosos. Nem os índices oficiais que serão mostrados animarão a sociedade que continua desassistida, não obstante os esforços localizados aqui e ali.
Nem os projetos mais simples, como o da limpeza urbana, ou o da mobilidade, ou o do emprego, apresentam resultados que possam servir de referência para a gestão pública.
Os empresários fazem um esforço hercúleo para manter as suas empresas em funcionamento, pois, se de um lado há a pressão pela arrecadação de impostos, por outro, há a falta de oferta de alternativa para a expansão que possa alcançar o equilíbrio econômica-social necessário para que a “galinha dos ovos de ouro” não morra.
As reclamações vêm de todos os lados. Um povo que reclama, certamente não está feliz. Vive como pode e como lhe é dado oportunidade.
As soluções anunciadas são setoriais. Não há uma proposta geral, confiável e que possa superar às necessidades eleitorais.

Parece que a política eleitoral se tornou em uma argola de náufragos, onde ninguém está disposto a largar.

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