quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O eleitor não quer guerra

O ELEITOR NÃO QUER A GUERRA
Rodolfo Juarez
Os dirigentes dos órgãos do Estado (Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Ministério Público), certamente, já imaginavam que chegaria o momento de um impasse e do tamanho que têm agora.
A decisão do ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal (STF) não pode ser atendida de pronto pelos deputados estaduais, apesar de ser uma ordem superior, em sede de liminar e para combater o perigo da demora, exatamente porque ninguém se sente seguro para tomar uma decisão, até mesmos aqueles que não dispõem de espaço para demonstrar insegurança.
Mas o medo agora é de se colocar mais uma dose de embaraço na mistura em que foram transformadas as instituições que precisam trabalhar, conforme a Constituição do Estado, em harmonia, impossibilitada que está pelas condições dos dirigentes que se dividiram em lados e guerreiam uns contras os outros, sem trégua e cada vez mais insinuante.
Afinal de contas as eleições se aproximam, 2014 está logo ali e ninguém quer complicar mais a já complicada condição na qual estão sendo levadas as administrações dos órgãos, com acusações de todos os lados e com as instituições sendo desrespeitadas a cada momento.
Mesmo com todos os problemas criados pelos dirigentes, ninguém fala em sair de cena para que se crie condições para uma gestão tranquila, proativa e sem que seja preciso se valer de armas, às vezes não tão ajustadas com as pessoas, ou pelo menos com as atribuições que essas pessoas desempenham.
Vingança passou a ser a atitude mais temida.
Proteção do cargo e ao exercício da função passaram a ser as desculpas mais usada.
Enquanto isso a população vai acumulando problemas, não só aqueles da moradia, da saúde, da educação, da segurança, mas aqueles que têm a ver com habilidade, liderança e competência.
A crise só aumento e os desgastes também.
O Estado é como um barco navegando e que precisa chegar a um porto seguro, onde todos possam, depois dos sacrifícios e privações a que foram submetidos, dizer: “valeu a pena!”.
Mas ninguém quer dar o braço a torcer. Mesmo que perceba que corre o risco de ter o pescoço torcido.
Ao contrário querem, se puder, encontrar motivos, justificativas e desculpas para torcer, ainda mais, o braço daqueles com os quais deveria estar de mãos dadas, exatamente como prometeram, pois, é assim que manda a regra e o povo espera que seja.
Os que pensam que estão de fora e têm responsabilidades com a situação e que apenas observando a tormenta por qual passa o Estado e, além isso, torce para que a ventania se transforme em temporal, seja contribuindo nesse sentido ou procurando ficar alheio ao que acontece como se nada tivesse a ver com isso, estão enganados porque o povo está vendo, o eleitor está anotando.
Não foi a toa que ele passou cinco ou seis horas na fila do cadastramento biométrico. Ele foi para lá porque percebeu que precisa votar e, com o voto, buscar a paz para o Estado.

Todos os que brigam devem chegar cansado ao porto ou querendo correr para o mato, para não ser pego pelas artimanhas da política.

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