quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Pagos e bem pagos

PAGOS E BEM PAGOS
Rodolfo Juarez
O ponto de vista, defendido pelas autoridades da segurança pública, indica que a regra geral é do “defenda-se como puder”.
No momento em que as autoridades, que têm a atribuição de zelar pela segurança de qualquer um da população, apelam para conselhos que dependem dos contribuintes, esse é o instante de parar, refletir e descobrir quais os meios que temos que produzir para a autodefesa.
Tornou-se comum os conselhos daqueles que deveriam garantir a segurança de todos, para que as pessoas não façam isso e não façam aquilo. E não é uma questão isolada, parece mesmo que se trata de uma estratégia do sistema de defesa social, como que informando para que todos escolham a melhor maneira de defesa ou proteção individual ou familiar, porque o aparato de segurança que é pago, fica para as grandes operações, intimidar as manifestações e proteger os figurões, mesmo que algumas sejam frustradas.
Noutros tempos – e não faz tanto tempo assim – as pessoas iam para os logradouros públicos usar os seus equipamentos eletrônicos. Até mesmo o setor público, logo no começo de 2011, divulgou que algumas praças disponibilizavam a internet para aqueles que quisessem acessá-la ali, nas praças.
Nos tempos atuais, as autoridades da segurança, dizem que usar a internet nas praças, seja qual for essa praça e seja qual for o equipamento, é um perigo e o mesmo que foi incentivado a fazer isso, agora é orientado, veementemente, para que “não use” qualquer equipamento eletrônico nos lugares públicos de Macapá. As autoridades classificam o comportamento como “ostentação”.
E porque não usar os equipamentos?
Exatamente porque as autoridades da segurança não garantem o direito que as regras da República dão ao cidadão.
Além de tudo isso indica que, ou o sistema fracassou na forma que está, ou os responsáveis pelo sistema, entenderam que não têm condições de corrigir esse erro de estratégia gerencial. Sim, um erro gerencial que está dando oportunidade ao crime.
Macapá está assim: ou mal interpretada pelo seu sistema de defesa social; ou abandonada pelos que estão com a incumbência de fazer funcionar a operação que seja de interesse de todos, dando a cada um a oportunidade de aproveitar as belezas que Papai do Céu deu para todos nós.
Tomara que essa ideia não dure por muito tempo e que os atuais responsáveis encontrem, logo, uma fórmula para garantir, a cada um, a sua liberdade e a segurança, sem estar sobressaltado ou entendendo que caminha para um túnel sem fim e que sabe que vai encontrar muitos problemas dentro dele.
Uma hora haverão de descobrir que colocando lâmpadas nos postes das praças e deixando-as acesas, a situação melhora; que deixando, efetivamente, policiamento adequado e presente nos locais onde tem gente que só quer ter a garantia do seu lazer, tudo pode mudar.

Mas enquanto isso, seguir o “conselho” das “preocupadas” autoridades é o que estão deixando para cada um, muito embora não seja para isso que são pagos, e bem pagos.

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