Rodolfo Juarez
Está
terminando um ano com resultados muito aquém do esperado, pelo menos se forem
tomadas as referências a partir do que foi anunciado em janeiro, no começo do
ano.
E
ninguém escapa!
Os
gestores não alcançaram os objetivos que anunciaram que tinham definido. Eles
fizeram muito menos do que, aparentemente, tinham condições de fazer.
Claro
que para cada ponto questionado haverá uma justificativa, mas qualquer uma
delas, ou todas elas agrupadas, de nada serve, pois o tempo é inexorável, não
tem como recuperá-lo. Passou, passou. Perdeu, perdeu.
Mas é
preciso falar nisso. É importante que cada um assuma a sua parcela no erro
global, pois, doutra forma, continuará distorcida a informação, sendo entregue à
população a construção do nível de responsabilidade de cada um e ai, aparecerão
os sem culpa, os com imputação de culpa e os culpados.
Agora,
pouco importa de quem foi a culpa. A realidade é que vamos começar mais um ano
sem resolver muitos dos problemas que afetam o ânimo e a confiança da população
que, de certa forma, se sente desprestigiada, ao mesmo tempo em que vê a luta
enquadra na fotografia imaginária e, na foto os que tiveram sucesso sem que
houvesse resultado.
Não há
sucesso sem resultado.
O sucesso,
nesse caso, precisa apresentar condições para ser medido, apalpado, avaliado,
compreendido e transformado em objeto de interesse direto da população.
De
outra forma não há sucesso.
Considerar
os pontos problemas do começo do ano e trazê-lo, agora, para medir o tamanho
que têm esses problemas, se verificará que são poucos os casos em que esses
“monstros” diminuíram ou mudaram de forma. A imensa maioria continua do mesmo
tamanho, com a mesma forma, ou está “gordo”, mais pesado e pedindo que lhe seja
dado o remédio para, pelo menos, deixar de crescer.
Quem
duvidar dessa constatação, que observe ao seu redor e veja, sem paixão, o que a
população vai enfrentar agora, já no começo do ano.
Não era
para ser assim.
O
dinheiro dos orçamentos foi gasto. Os valores emprestados foram gastos ou estão
sendo gastos. Uma questão que não tem retorno, não aceita arrependimento.
Então, o que há de real, além daquela constatação.
O
momento é próprio para avaliação.
É
importante entender isso. Basta considerar o que o mundo privado, desse o dia
primeiro de janeiro, já entra na fase de consolidação de resultados apurados
nos balanços, para apresentar à sociedade, tanto a que constitui a empresa como
aquela que se vale da empresa para resolver os seus problemas diários.
Acontece
que, naquela, se o resultado não é alcançado, a empresa micha, diminui e, em
alguns casos, até desaparece, saindo de cena por não ter apresentado os
resultados prometidos.
Agora,
nestas, as públicas, os resultados também são importantes, acontece que elas
não podem falir. Elas são sustentadas pelo dinheiro do contribuinte, que confia
aos homens públicos, a gerência de seus interesses e, para isso, paga os
gerentes muito bem, sem atraso, algumas vezes reclamando, mas nem tanto.
Para
começar o plano do ano de 2014 é importante que aqueles homens públicos, os
gerentes dos interesses da população, assumam o compromisso, primeiro consigo
mesmos, de agirem com honestidade de propósitos, não mentirem e não prometer o
que sabem ser impossível de fazer.
Seria
um bom começo de ano ou, pelo menos, diferente.
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