quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O tempo não para

Rodolfo Juarez
Está terminando um ano com resultados muito aquém do esperado, pelo menos se forem tomadas as referências a partir do que foi anunciado em janeiro, no começo do ano.
E ninguém escapa!
Os gestores não alcançaram os objetivos que anunciaram que tinham definido. Eles fizeram muito menos do que, aparentemente, tinham condições de fazer.
Claro que para cada ponto questionado haverá uma justificativa, mas qualquer uma delas, ou todas elas agrupadas, de nada serve, pois o tempo é inexorável, não tem como recuperá-lo. Passou, passou. Perdeu, perdeu.
Mas é preciso falar nisso. É importante que cada um assuma a sua parcela no erro global, pois, doutra forma, continuará distorcida a informação, sendo entregue à população a construção do nível de responsabilidade de cada um e ai, aparecerão os sem culpa, os com imputação de culpa e os culpados.
Agora, pouco importa de quem foi a culpa. A realidade é que vamos começar mais um ano sem resolver muitos dos problemas que afetam o ânimo e a confiança da população que, de certa forma, se sente desprestigiada, ao mesmo tempo em que vê a luta enquadra na fotografia imaginária e, na foto os que tiveram sucesso sem que houvesse resultado.
Não há sucesso sem resultado.
O sucesso, nesse caso, precisa apresentar condições para ser medido, apalpado, avaliado, compreendido e transformado em objeto de interesse direto da população.
De outra forma não há sucesso.
Considerar os pontos problemas do começo do ano e trazê-lo, agora, para medir o tamanho que têm esses problemas, se verificará que são poucos os casos em que esses “monstros” diminuíram ou mudaram de forma. A imensa maioria continua do mesmo tamanho, com a mesma forma, ou está “gordo”, mais pesado e pedindo que lhe seja dado o remédio para, pelo menos, deixar de crescer.
Quem duvidar dessa constatação, que observe ao seu redor e veja, sem paixão, o que a população vai enfrentar agora, já no começo do ano.
Não era para ser assim.
O dinheiro dos orçamentos foi gasto. Os valores emprestados foram gastos ou estão sendo gastos. Uma questão que não tem retorno, não aceita arrependimento. Então, o que há de real, além daquela constatação.
O momento é próprio para avaliação.
É importante entender isso. Basta considerar o que o mundo privado, desse o dia primeiro de janeiro, já entra na fase de consolidação de resultados apurados nos balanços, para apresentar à sociedade, tanto a que constitui a empresa como aquela que se vale da empresa para resolver os seus problemas diários.
Acontece que, naquela, se o resultado não é alcançado, a empresa micha, diminui e, em alguns casos, até desaparece, saindo de cena por não ter apresentado os resultados prometidos.
Agora, nestas, as públicas, os resultados também são importantes, acontece que elas não podem falir. Elas são sustentadas pelo dinheiro do contribuinte, que confia aos homens públicos, a gerência de seus interesses e, para isso, paga os gerentes muito bem, sem atraso, algumas vezes reclamando, mas nem tanto.
Para começar o plano do ano de 2014 é importante que aqueles homens públicos, os gerentes dos interesses da população, assumam o compromisso, primeiro consigo mesmos, de agirem com honestidade de propósitos, não mentirem e não prometer o que sabem ser impossível de fazer.

Seria um bom começo de ano ou, pelo menos, diferente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário