O URRO DO PROBLEMA
Rodolfo Juarez
Em
qualquer circunstância é importante - toda vez que puder -, o homem
antecipar-se àquilo que pode trazer transtornos para a população e, assim,
evitar as dificuldades decorrentes desses transtornos.
O
administrador público precisa estar mais atento do que qualquer outro para a
minimização dos riscos.
Se é
assim, então porque não criar, se não tiver, as condições para enfrentamento do
período de chuva que se aproxima e está “avisando” que não vai ser manso não,
pelo contrário, ouve-se os urros por outras partes do Brasil?
Não
seria nenhum exagero buscar organizar as medidas preventivas, preparando as
equipes, adquirindo os equipamentos apropriados para aquelas ações e indicando
à população o que está sendo feito e como ela contar em uma eventual
ocorrência.
Estamos
em dezembro, mês de festas, mas o gestor público não assume uma
responsabilidade comum, pelo contrário, assume responsabilidade por pessoas e
direitos dessas pessoas.
E quem
está mais próximo do cidadão é a prefeitura municipal, mesmo sendo o município
o ente federativo mais pobre e mais sobrecarregado, deixando os prefeitos
nervosos, todo o tempo, exatamente por estar com o cronograma sempre no caminho
crítico.
Mas o
prefeito, quando se comporta bem, tem toda a população do seu lado, disposta a
ajuda-lo a qualquer momento. Claro que essa ajuda fica mais difícil quando a
mesma população não consegue ver no gestor municipal condições que mereça a
adesão voluntária para o trabalho comunitário.
Um dos
fatores que a população logo percebe nos gestores é o comprometimento com o
resultado, a preocupação com a prevenção e o uso exclusivo da verdade.
Adotou
esse modo público, garante o apoio popular.
Mas,
enquanto isso é preciso prevenir-se.
Se não
deu para lançar o asfalto nas vias, recuperar as praças e os parques, ou se a
promessa feita por terceiros não foi cumprida, esclarecer é a melhora maneira
de comunicar-se com a população.
As
pessoas, por princípio, tendem a confiar na autoridade, mas, normalmente quando
essa autoridade falta coma verdade para a população, por mais inocente que seja
(se é que existe mentira inocente), nesse momento começa a perder o apoio,
desviar-se dos encontros e de assumir as parcerias que interessam como parcerias.
Macapá,
uma cidade de quase 400 mil habitantes é a capital do Estado, sede do município
com mais de 400 mil habitantes e, portanto, com uma exigência que não deixa
dúvida e que não permite mais ao prefeito acreditar no “conto da carochinha”.
Então,
montar equipes de apoio conforme o levantamento que os técnicos da prefeitura
dispõe, que os membros da defesa civil têm, para depois não ser preciso tomar
decisão de afogadilho e sob pressão, pois nesse momento, agir é a
insubstituível medida.
Não
precisa fazer pacto com ninguém e nem com qualquer rótulo, precisa fazer um
pacto com os agentes públicos municipais – secretários, diretores, chefes, etc.
– para estarem atentos na hora, mas agora, antes da hora h, produzir os
elementos necessários para que a população não seja penalizada por causa das
“surpresas” pelo que se sabe que acontece todos os anos.
E é
bom!
Afinal
de contas, a população gostaria de ver o gestor municipal preocupado com a
segurança pessoal de cada um e do patrimonial das famílias.
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