quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O urro do problema

O URRO DO PROBLEMA
Rodolfo Juarez
Em qualquer circunstância é importante - toda vez que puder -, o homem antecipar-se àquilo que pode trazer transtornos para a população e, assim, evitar as dificuldades decorrentes desses transtornos.
O administrador público precisa estar mais atento do que qualquer outro para a minimização dos riscos.
Se é assim, então porque não criar, se não tiver, as condições para enfrentamento do período de chuva que se aproxima e está “avisando” que não vai ser manso não, pelo contrário, ouve-se os urros por outras partes do Brasil?
Não seria nenhum exagero buscar organizar as medidas preventivas, preparando as equipes, adquirindo os equipamentos apropriados para aquelas ações e indicando à população o que está sendo feito e como ela contar em uma eventual ocorrência.
Estamos em dezembro, mês de festas, mas o gestor público não assume uma responsabilidade comum, pelo contrário, assume responsabilidade por pessoas e direitos dessas pessoas.
E quem está mais próximo do cidadão é a prefeitura municipal, mesmo sendo o município o ente federativo mais pobre e mais sobrecarregado, deixando os prefeitos nervosos, todo o tempo, exatamente por estar com o cronograma sempre no caminho crítico.
Mas o prefeito, quando se comporta bem, tem toda a população do seu lado, disposta a ajuda-lo a qualquer momento. Claro que essa ajuda fica mais difícil quando a mesma população não consegue ver no gestor municipal condições que mereça a adesão voluntária para o trabalho comunitário.
Um dos fatores que a população logo percebe nos gestores é o comprometimento com o resultado, a preocupação com a prevenção e o uso exclusivo da verdade.
Adotou esse modo público, garante o apoio popular.
Mas, enquanto isso é preciso prevenir-se.
Se não deu para lançar o asfalto nas vias, recuperar as praças e os parques, ou se a promessa feita por terceiros não foi cumprida, esclarecer é a melhora maneira de comunicar-se com a população.
As pessoas, por princípio, tendem a confiar na autoridade, mas, normalmente quando essa autoridade falta coma verdade para a população, por mais inocente que seja (se é que existe mentira inocente), nesse momento começa a perder o apoio, desviar-se dos encontros e de assumir as parcerias que interessam como parcerias.
Macapá, uma cidade de quase 400 mil habitantes é a capital do Estado, sede do município com mais de 400 mil habitantes e, portanto, com uma exigência que não deixa dúvida e que não permite mais ao prefeito acreditar no “conto da carochinha”.
Então, montar equipes de apoio conforme o levantamento que os técnicos da prefeitura dispõe, que os membros da defesa civil têm, para depois não ser preciso tomar decisão de afogadilho e sob pressão, pois nesse momento, agir é a insubstituível medida.
Não precisa fazer pacto com ninguém e nem com qualquer rótulo, precisa fazer um pacto com os agentes públicos municipais – secretários, diretores, chefes, etc. – para estarem atentos na hora, mas agora, antes da hora h, produzir os elementos necessários para que a população não seja penalizada por causa das “surpresas” pelo que se sabe que acontece todos os anos.
E é bom!
Afinal de contas, a população gostaria de ver o gestor municipal preocupado com a segurança pessoal de cada um e do patrimonial das famílias.

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