Rodolfo Juarez
O ano
das eleições regionais, que parecia longe, está às portas. Daqui há dez dias
começa. E com ele começa, pra valer, a disputa entre a situação e a oposição.
Cada qual usando as armas que tem, mas todos, sabendo que o segredo não está na
quantidade de armas, mas na qualidade e eficiência de cada uma delas.
Até
agora o que se viu foi uma série de desafios, fundados em chamamentos para
disputas antecipadas, como se isso fosse o importante para quem quer que seja.
Além de
não estar no tempo, é impossível contar com os elementos que dão estrutura às
afirmações que são feitas. As chances de errar são muitas e o que errar agora
ficará arrependido, pois, já deitou pelo caminho: ou pelo cansaço ou,
simplesmente pela perda das forças que imaginava ter e que descobriu não ter
mais.
O nível
da disputa direta entre oposição e situação, aqui no Amapá, pode indicar várias
saídas para os litigantes e uma entrada para a terceira via, que se conseguir,
virá fortalecida e navegando em ventos favoráveis.
As
intenções do eleitor demonstrada nas pesquisas, locais ou nacionais, chegam a
assustar as lideranças da oposição e da situação, pelo magro volume de
representantes que se aderiram àquelas frentes de disputa.
Até
agora o flanco das duas correntes está completamente aberto, permitindo que a
terceira via – venha ela por onde vier -, depende apenas dela para avançar e
superar os que estão na acirrada guerra de ataques e contra-ataques.
Na
linha de frente da situação atual, comandada pelo PSB, as estratégias são as
mesmas, conhecidas dos adversários e da massa eleitoral; na oposição, que ainda
não formatou uma liderança partidária, divide a frene, em várias cabeças,
prejudicando a unidade do pensamento e dependendo de situações futuras que não
podem, sequer, ser prevista com segurança.
A
aceitação de algumas lideranças da oposição pelo eleitorado local está fazendo
com que a situação lance mão da pá suja de 2010, que é perigosa porque, até
agora ainda não foi bem definido qual a origem da sujeira e não é um bastão
suficientemente forte para sustentar as tensões que virão sobre a própria
situação.
Se a
tendência continuar da forma que se mostra neste final de ano, a campanha que
começa em julho, tudo indica que será realizada em um nível que não interessa
ao futuro da população e, em sendo assim, aumenta-se a chance da terceira via.
Não se
pode dizer que qualquer dos lados tem gordura para queimar. Ao contrário, todos
os lados, inclusive os que estão esperando os flancos para entrar na briga,
precisam entrar em um sistema de engorda para ser o escolhido pelo eleitor que,
recentemente, submeteu-se a um cadastramento biométrico.
A
campanha, quando legal, tem dificuldades para atingir as suas metas, imaginem a
campanha eleitoral fora de hora, contra as regras, subalterna e cheia de
disfarces. Essa proposta, além de arriscada pode aumentar o desgaste em níveis
superiores às conquistas.
A
situação ainda não perdeu muitas das suas forças, porque a oposição tem se mostrado
incompetente nas suas medidas. Algumas delas bizarras e que os fiscais sociais
não precisam nem se aprofundar no estudo das regras para enquadrar as ações
como ilegais e impedi-las de continuar, em um desgaste desnecessário, na mesma
linha que tem costurado alguns dos rasgos da situação.
A
campanha eleitoral de 2014 será uma daquelas que exigirá, além do arrojo
costumeiro dos candidatos, um mínimo de medidas inteligentes e que possam
mostrar para o eleitor que há chance para que o novo se imponha e encubra a
velha maneira de fazer campanha.
O trem
da história política, da mesma maneira que leva os passageiros para os seus
destinos – as vitórias -, também os deixa pelo meio do caminho, sem rumo e sem
sucesso, com suas derrotas.
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