Rodolfo Juarez
Os
parlamentos locais, Assembleia Legislativa e câmaras municipais, completaram o
dever de casa votando e aprovando os orçamentos anuais do Estado e de cada um
dos municípios amapaenses.
As
previsões de arrecadação são feitas com sustentação em informações externas,
através de um sistema nacional, e informações internas, através dos apanhados
locais, onde são medidos os tributos arrecadados diretamente, pelos órgãos
arrecadadores do Estado e de cada um dos municípios.
A
projeção do bolo da receita para os estados da região norte, ainda é muito
dependente das transferências federais, tanto para os Estados, através do Funda
de Participação dos Estados, como para os municípios, através do Fundo de
Participação dos Municípios.
Essas
transferências são resultado de uma equação, que tem fórmula pré-conhecida, que
dependem de variáveis como, por exemplo, o número de habitantes, além de
índices fixos, previamente definidos, que têm a proposta de redistribuir a
renda resultante da arrecadação dos tributos de competência da União,
objetivando diminuir a diferença interregionais.
Mesmo
com os resultados não sendo alcançados, principalmente no que se refere à
diminuição das diferenças interregionais, os distribuidores do produto
arrecadado, ainda não encontraram uma fórmula para aplicar e melhorar o
processo.
Nesse
aspecto, aliás, está em fase final de convencimento, a proposta em que estados
como o Amapá, terão diminuídas as suas cota-parte nas transferências
constitucionais, pois os estados que geram arrecadação tributária querem rever,
logo, a equação o que implicaria em diminuição dessa cota-parte.
Por
enquanto a luta é para alongar, o máximo possível a validade da metodologia
atual, mas já há entendimento de que a reforma deva ser implantada tão logo
haja condições políticas, ou apenas aguardar pelas definições legais já em
vigor.
Os
orçamentos públicos do Estado do Amapá e o do Município de Macapá, os dois
maiores orçamentos amapaenses, estimam, para 2014, uma receita de R$ 5,15
bilhões e R$ 620 milhões, respectivamente, números consideráveis mesmo que seja
para enfrentar muitas carências sócias que continuarão desafiando as
administrações no próximo ano.
Se
continuar, entretanto, com os mesmos métodos, as chances de dar certo são muito
pequenas, aliás, menores do que aquelas que foram enfrentadas em 2013.
É
preciso entender que não se resolvem os problemas de uma vez só ou, muito
menos, apenas com a vontade de resolvê-los.
Em
2013, boa parte do esforço pessoal e funcional, de importantes agentes públicos
locais foi gasto na administração e enfrentamento de intrigas, em uma luta
inglória para apresentar supremacias. Um cenário que não está modificado para
2014 que logo no começo dever ser palco de mais lutas intestinas que pouco ou
nada importa para a população e que em nada contribuiu para a eficiência
administrativa do Estado.
Juízo
deve ser a principal recomendação àqueles que estão com as luvas atadas para
continuar a luta onde todos perdem e a plateia vaia.
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