Rodolfo Juarez
Este é
um domingo de muitas reflexões por parte dos agentes públicos, afinal é o
último domingo do ano e, daqui a dois dias todos nós estaremos dando de cara
com o ano de 2014, com todas as suas exigências e as avaliações da população.
Um ano
de eleição é sempre diferente.
Os
prazos são todos mais curtos e a impressão é que o ano encolhe ou o tempo passa
mais rápido.
O
primeiro trimestre de um ano de eleição é para cálculos, convencimentos e muito
trabalho. Os partidos políticos, ou os seus dirigentes, estão aceitando tudo,
desde que garanta que os mandatos que detém sejam mantidos.
Um
cobertor curto que não dá para proteger o corpo todo: ou ficam os pés de fora
para encobrir a cabeça ou a cabeça de fora, para encobrir os pés. São raras as
situações em que o tamanho da coberta se ajusta conforme a exigência do corpo,
no caso o partido político.
E este
ano a situação vai ser de acomodação. Grande parte dos políticos e dos
dirigentes partidários está na expectativa para ver como a direção do PSB
pretende fazer as composições.
No
governo desde 2010, vai, desta feita busca a reeleição do governador do
partido, mas que também é filho do presidente e vai ter, junto com ele, a
própria mãe, buscando renovação do mandato de deputada federal.
Montar
essa equação para ter resultados possíveis e não tão complicados para serem
encontrados, será o desafio da direção do partido e também das principais
incógnitas, para que a vontade de ganhar não seja maior do que a possibilidade,
muito embora seja inevitável o entrelaçamento dos interesses pessoais e das
campanhas.
O
problema começa sedo demais. Já em fevereiro os deputados licenciados terão que
retomar os seus lugares, cancelando as licenças e ocupando as cadeiras que
estão aquecidas por suplentes que foram apascentados com a troca de apoio pela
própria vaga na Assembleia.
O
problema é que para a volta dos deputados do PSB, os suplentes do PT terão que
deixar as cadeiras. O ânimo desse momento é que vai deixar muitos governistas
com dor de cabeça, afinal de contas o Partido dos Trabalhadores, mesmo dividido
no apoio, é decisivo na composição que pode viabilizar a reeleição do
governador.
Mas
essa é só a primeira parte, pois ainda terá que encontrar os nomes que vão administrar
três importantes secretarias de estado: a da Administração, a dos Transportes e
a da Agricultura, onde estão, respectivamente, os deputados Agnaldo Balieiro
(PSB), Bruno Mineiro (PT do B) e Cristina Almeida (PSB).
Essa
questão precisa estar resolvida até o dia 4 de abril, dai em diante é que os
partidos irão cuidar de alianças, medir as possibilidades de eleição dos
candidatos, primeiro em número, depois em nome. E se não confirmar o nome é
claro que, a priori, não interessa para o partido.
Março
abril e maio são três meses importantíssimos, pois todos os arranjos para as
coligações deverão estar definidos nesse período, uma vez que em junho
acontecem as convenções para que os pedidos de registros sejam feitos nos seis
primeiros dias de julho, isso às vésperas das semifinais da Copa do Mundo, aqui
no Brasil.
Por
isso que não há espaço para devanear. Todo o tempo dos agentes públicos estará
preenchido com a atenção aos detalhes, pois, são esses detalhes que definem o
mandato dos próximos 4 anos. A não ser no caso da eleição para o Senado, com
uma vaga e tendo como um dos seus disputantes o senador Sarney, que é por oito
anos.
Então
será mesmo um começo de ano bastante apertado para os políticos e tomara que
sobre um tempinho para ser dedicado à Administração do Estado, que no último
ano de mandato é recheado de exigências legais que, se não cumpridas, podem
reder complicações para os infratores daquelas regras.
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