Rodolfo Juarez
A
Companhia Docas de Santana, uma empresa pública municipal do Município de
Santana, que executa as atribuições do Porto Organizado de Santana, no papel de
Autoridade Portuária, é a responsável pelas atividades do Porto de Macapá,
cedido em concessão ao Município de Santana pelo prazo de 25 anos, renováveis
por mais 25 anos, pela União, através do Ministério dos Transportes.
A
municipalização do Porto de Macapá, antes gerenciado pela Companhia Docas do
Pará, transformou uma expectativa de desenvolvimento, em uma realidade para o
desenvolvimento do Amapá, dentro das perspectivas estratégicas definidas pela
União para a logística dos transportes de carga, tanto na navegação interior, como
de cabotagem ou de longo curso.
Desde
2003 quando o Porto de Macapá foi municipalizado que a Companhia Docas de
Santana é o responsável pela sua gestão.
Autorizado
por Lei Municipal em novembro de 2001, e em seguida instituído pelo Decreto do
Prefeito do Município no mesmo mês, a Companhia Docas de Santana teve que se
ajustar as mudanças pelas quais passava o sistema de navegação internacional
devido aos recentes atos de terrorismo havidos nos Estados Unidos da América,
um dos principais destinos dos navios saídos do Porto de Santana.
Antes,
quando ainda sob a responsabilidade da Companhia Docas do Pará, o Porto de
Macapá foi definido estrategicamente como um porto de contêineres, tanto que
recebeu a construção e equipagem de um dos mais completos pátios de contêineres
do norte do Brasil, para funcionar como uma espécie de entreposto, de onde
sairiam os navios de cabotagem fazendo as rotas para o Porto de Santos e para o
Porto de Manaus.
Essa
estratégia, até hoje não deu certo e, por isso as obras do píer 2 até o momento
estão pela metade, isso há 15 anos.
O
calado do Porto de Macapá, em Santana, favorece à navegação de todos os navios
que exigem calado mínimo em torno de 12 metros, que o que fica na entrada da
barra para o Porto de Macapá, ou seja, capaz de aceitar navios de até 65 mil
toneladas. A maioria dos navios que carregam ou descarregam no Porto de Macapá,
em Santana, são para 55 mil toneladas ou um pouco menos.
A
Companhia Docas de Santana conta com um Plano de Desenvolvimento e Zoneamento
do Porto aprovado pelo Ministério dos Transportes e, agora, sob a
responsabilidade da Secretaria Especial dos Portos, órgão da Presidência da
República, uma exigência nova que visa dar maior agilidade no processo de
licitação das áreas que constam desse PDZ.
Exatamente
isso que alguns investidores buscam otimizar em Santana, procurando definir um
espaço para silos e armazéns de grãos, principalmente aqueles decorrentes das
safras do centro-oeste brasileiro, procurando uma alternativa para escapar dos
congestionados portos do sudeste e do sul, principalmente Santos e Paranaguá.
O
cuidado que os gestores da Companhia Docas de Santana, Autoridade Portuária da
área definia como sob influência do Porto de Macapá, estão tendo é com o fito
de obedecer à nova regra definida pelos legisladores nacionais, com a nova Lei
dos Portos que permite a licitação das áreas públicas para os investimentos
privados instalarem, pelos prazos previstos naquela Lei.
A
Companhia Docas de Santana passou a ser um elo importante para a corrente do desenvolvimento
local, pois, indiscutivelmente, o Porto de Macapá apresenta condições
geográficas favoráveis e adequadas ao transporte de longo curso, como tem
experimentado com a exportação de minério, principalmente o minério de
manganês, há mais de 50 anos.
Os
investimentos são altos, as regras estão definidas, muito embora ainda não
sejam muito bem compreendidas nem pelas autoridades públicas do Estado e,
também, pelos investidores, que não conseguem apresentar as pré-condições
capazes de satisfazer os interesses públicos para o desenvolvimento local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário