Rodolfo Juarez
Nunca
os bastidores da política local estiveram tão movimentados como estão nesse
período. Observa-se uma movimentação onde os participantes dão a impressão que
estão disputando o papel das suas vidas na politica local. Todos interessados
nos mínimos detalhes, fazendo as contas mais aprofundadas e querendo saber,
desde logo, as possibilidades que têm neste ou naquele arranjo.
Os
candidatos a deputado estadual buscam conhecer todo o processo e, a partir dai
entender as possibilidades que têm com neste ou naquele arranjo partidário,
pois alguns dos candidatos já perceberam que se ficarem esperando, como noutros
tempos, continuarão aguardando mais uma vez o mandato que tanto almejam.
Alguns
querem tanto ter uma oportunidade que não se conformam em analisar as suas
possibilidades, querem a certeza, desde que essa certeza seja a de que estará
eleito no dia 5 de outubro.
As
eleições proporcionais, para deputado estadual e deputado federal serão muito
acirradas, principalmente porque há a expectativa de profundas alterações nos
quadros atuais, onde partidos tradicionais podem, desta vez, ficar sem
representantes e alguns nem tão tradicionais assim, vêm a possibilidade de
ficar sem a vaga que tem hoje.
Com
relação à eleição para o senado, as especulações são muitas, entretanto a
principal barreira para a renovação, por mais incrível que possa parecer, é a
concorrência com o atual senador que terá o mandato encerrado. Se a candidatura
for posta para a recondução, as chances são muito grandes de permanecer como
está.
Apesar
de muitos anunciarem que estão dispostos a concorrer com o velho caudilho, não
demonstram condições de enfrenta-lo e alguns, não demonstram, sequer, vontade
de sair a para a disputa. Há uma espécie de receio nos trunfos que o candidato
a reeleição para o senado pode ter “na maga da camisa.”
Mas o
grande charme, mesmo, vai ser a disputa pela cadeira de couro do Palácio do
Setentrião. Afinal de contas 9 candidatos é um indicativo de que até quem não
pode acreditar em um bom resultado, está acreditando. Ainda perdura o exemplo
do que aconteceu em 2010 quando um fato extraordinário acabou mudando o
endereço dos resultados.
Três
frentes, entretanto, parecem perfeitamente identificadas: a primeira,
sustentada pela naturalidade da reeleição, onde o atual governador Camilo
Capiberibe, está animado para ser cabeça da chapa do PSB. Não sabe ainda quem
trará na vice. Mas tem a certeza de que será um parceiro forte,
preferencialmente o PT.
O PT,
que não dá indicação de que tem interesse na cadeira de couro, se transforma na
“noiva” mais cobiçada. O PSD, do vereador Lucas Barreto, pré-candidato ao
Governo do Estado, anuncia aos quatro cantos que existe um acordo político
entre a direção nacional do Partido dos Trabalhadores e a direção nacional do
Partido Social Democrático para que o lugar de vice, na chapa de Lucas, seja
ocupado por um petista de muitas divisas.
Outra
força política é aquela que está na barca do PDT, que tem como principal
timoneiro o ex-governador Waldez Góes, apontado por alguns analistas nacionais
como um candidato com chances de passar para o segundo turno.
E ainda
têm mais seis candidatos que estão dispostos a disputar os votos dos eleitores
amapaenses, alguns que ainda estão com o título cancelado, mas que querem votar
e deverão fazer a nova inscrição, desta feita a biométrica, para então estar
apto a exercer o seu direito escolhendo o governador, o senador, os 8 deputados
federais e os 24 deputados estaduais.
E as
convenções partidárias, que definirão os nomes em cada chapa, estarão
acontecendo simultaneamente com a Copa do Mundo, uma desculpa para aqueles que
vão dizer-se surpresos com os registros das candidaturas.
Tomara
que, desta vez, a sorte e a festa seja do povo e não, somente, dos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário