quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A esperada festa do povo

Rodolfo Juarez
Nunca os bastidores da política local estiveram tão movimentados como estão nesse período. Observa-se uma movimentação onde os participantes dão a impressão que estão disputando o papel das suas vidas na politica local. Todos interessados nos mínimos detalhes, fazendo as contas mais aprofundadas e querendo saber, desde logo, as possibilidades que têm neste ou naquele arranjo.
Os candidatos a deputado estadual buscam conhecer todo o processo e, a partir dai entender as possibilidades que têm com neste ou naquele arranjo partidário, pois alguns dos candidatos já perceberam que se ficarem esperando, como noutros tempos, continuarão aguardando mais uma vez o mandato que tanto almejam.
Alguns querem tanto ter uma oportunidade que não se conformam em analisar as suas possibilidades, querem a certeza, desde que essa certeza seja a de que estará eleito no dia 5 de outubro.
As eleições proporcionais, para deputado estadual e deputado federal serão muito acirradas, principalmente porque há a expectativa de profundas alterações nos quadros atuais, onde partidos tradicionais podem, desta vez, ficar sem representantes e alguns nem tão tradicionais assim, vêm a possibilidade de ficar sem a vaga que tem hoje.
Com relação à eleição para o senado, as especulações são muitas, entretanto a principal barreira para a renovação, por mais incrível que possa parecer, é a concorrência com o atual senador que terá o mandato encerrado. Se a candidatura for posta para a recondução, as chances são muito grandes de permanecer como está.
Apesar de muitos anunciarem que estão dispostos a concorrer com o velho caudilho, não demonstram condições de enfrenta-lo e alguns, não demonstram, sequer, vontade de sair a para a disputa. Há uma espécie de receio nos trunfos que o candidato a reeleição para o senado pode ter “na maga da camisa.”
Mas o grande charme, mesmo, vai ser a disputa pela cadeira de couro do Palácio do Setentrião. Afinal de contas 9 candidatos é um indicativo de que até quem não pode acreditar em um bom resultado, está acreditando. Ainda perdura o exemplo do que aconteceu em 2010 quando um fato extraordinário acabou mudando o endereço dos resultados.
Três frentes, entretanto, parecem perfeitamente identificadas: a primeira, sustentada pela naturalidade da reeleição, onde o atual governador Camilo Capiberibe, está animado para ser cabeça da chapa do PSB. Não sabe ainda quem trará na vice. Mas tem a certeza de que será um parceiro forte, preferencialmente o PT.
O PT, que não dá indicação de que tem interesse na cadeira de couro, se transforma na “noiva” mais cobiçada. O PSD, do vereador Lucas Barreto, pré-candidato ao Governo do Estado, anuncia aos quatro cantos que existe um acordo político entre a direção nacional do Partido dos Trabalhadores e a direção nacional do Partido Social Democrático para que o lugar de vice, na chapa de Lucas, seja ocupado por um petista de muitas divisas.
Outra força política é aquela que está na barca do PDT, que tem como principal timoneiro o ex-governador Waldez Góes, apontado por alguns analistas nacionais como um candidato com chances de passar para o segundo turno.
E ainda têm mais seis candidatos que estão dispostos a disputar os votos dos eleitores amapaenses, alguns que ainda estão com o título cancelado, mas que querem votar e deverão fazer a nova inscrição, desta feita a biométrica, para então estar apto a exercer o seu direito escolhendo o governador, o senador, os 8 deputados federais e os 24 deputados estaduais.
E as convenções partidárias, que definirão os nomes em cada chapa, estarão acontecendo simultaneamente com a Copa do Mundo, uma desculpa para aqueles que vão dizer-se surpresos com os registros das candidaturas.
Tomara que, desta vez, a sorte e a festa seja do povo e não, somente, dos outros.

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