Rodolfo Juarez
Começou
o ano de 2014 e junto com ele começaram as esperanças de todos os povos em
vencer mais esse período de 365 dias com conquistas e melhoria de qualidade de
vida de todos e de cada um.
No
começo do ano imagina-se um ambiente muito particular, confiando nos pulos das
ondinhas, nas simpatias dos segredos e na certeza de que está disposto a fazer
de tudo para melhorar de vida e chegar em dezembro de 2014, desfrutando de uma
situação melhor do que a dezembro deste ano.
Mesmo
aquele que não tem de quem reclamar, reclama por não ter tido mais, esquecendo
que ao seu redor tantos não têm nada e precisam de alguma coisa.
Ah!
Como parece tão difícil compreender o óbvio. Como o homem é egoísta, celetista,
personalista e individualista.
Para se
notar a presença dessas espécies de sintomas basta relembrar as brigas
inglórias que foram testadas durante tanto tempo em busca de nada que pudesse
ser mostrado ou colocado como objetivo.
Todos
perderam. Mas já perderam e não perderam sós. Levaram com eles muitos que nada
tinham com a história e uma luta desonrada e sem cabimento, em busca da
satisfação do ego, do “eu posso”.
2014
marca o começo uma nova etapa, muito embora as motivações continuem, algumas
renovadas e revigoradas, outras, entretanto, fazendo pano de fundo, uma espécie
de “cortina de fumaça” mas sempre esperando que, no mínimo, faça-se presente
nem que seja provocando a tosse nos agentes que espreita.
Na
política o ano é de eleição. São duas eleições simultâneas: uma para escolher o
presidente da República e outra, para definir os nomes dos governadores,
senadores, deputados federais e deputados estaduais. Dizem que essas duas
eleições podem mudar a cara do Brasil ou dela sai a nova cara do Brasil. Isso
acontece em outubro de 2014.
Na
economia local são muitas as dúvidas. A vantagem de quem está abaixo da média
nacional é de que só tem um caminho – crescer. E é o que tem mais probabilidade
de acontecer. Vimos de períodos seguidos de fracos desempenhos, muito embora a
farta oferta que Deus nos fez em minério, frutos do mar e frutos da terra.
Na
cidade faz tempo que o realizado não atende as expectativas da população, com a
maioria dos gestores não sabendo nem por onde deve começar a solução dos problemas,
se atrapalhando com eles e deixando que eles inflem e deixem de ser o “gatinho
manso” para ser o “tigre assustador”.
No
campo, a parte mais desprotegida do sistema, os problemas são atacados nas suas
derivações, deixando a espinha dorsal deles intacta e com força suficiente para
não permitir, sequer, a aproximação da solução.
No
setor público as dúvidas se estabeleceram, deram de goleada nas certezas e as
dificuldades em lidar com datas refletiu o tamanho dos erros cometidos,
implicando em gastos que não correspondem aos resultados.
No
setor privado o momento é de reavaliação, com poucos dados e sem qualquer
ciência. Tudo depende do empirismo e da sensibilidade do empreendedor. O
profissionalismo está distante de fazer parte desse contexto.
Mas o
amapaense, de um modo particular, e o brasileiro de modo geral se mostra
autodidata e acredita que pode acontecer o milagre, o milagre do entendimento,
da confiança e da compreensão de que, quando acabam os mandatos, as vidas e as
lutas continuam.
Este
ano que começa, como os outros, não será o último.
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