terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Partidos políticos

Rodolfo Juarez
O ano de eleição regional e nacional é sempre cheio de cuidados especiais por parte dos partidos políticos. E não adianta querer negar a importância dessas organizações, pois, por necessidade ou conjuntura, ou estrutura, é nos partidos políticos que tudo começa.
Qualquer dos candidatos, seja ao cargo de presidente, de governador, senador, deputado federal ou deputado estadual, precisam estar filiados a um partido para adquirirem condições de participar do pleito. Não existe, como em outras democracias, o candidato avulso.
Então os partidos precisam estar dotados de estrutura para poder conduzir o processo de escolha dos candidatos, através das convenções, até à orientação para as campanhas políticas e todo o período imediatamente após a eleição e no início com mandato.
O eleitor brasileiro não sente necessidade de avaliar o partido em que está o seu candidato, principalmente quando a definição é para os cargos que são definidos nas eleições proporcionais.
Os cargos de deputado federal e deputado estadual, durante a campanha, têm mais a ver com a pessoa do candidato do que com o partido ao qual está filiado aquele candidato.
Depois da eleição que alguns arrependimentos são declarados, mas, nesse caso, não tem mais jeito. A apuração já terminou e o resultado já está conhecido.
Resta esperar, durante quatro anos, por uma nova eleição para, então, procurar consertar o erro ou, aceitar o desempenho do politico, no mandato.
O certo é que os partidos não podem ser esquecidos ou imaginar que eles não existem ou que não são importantes. Os partidos políticos além de serem importantes são o suporte para os candidatos e para as campanhas.
A primeira relação entre os candidatos, os aliados e o eleitor tem fundamento no partido político. Ignorar essa condição é mesmo que imaginar a que os partidos são dispensáveis.
Para ter ideia do que representa o partido político para os candidatos e a diversidade de propostas, basta considera o fato de que de todos os partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral, apenas um, pelo menos por enquanto, o Partido da Causa Operária (PCO), não tem registro no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá.
A separação básica que havia, entre os partidos nacionais: em direita, esquerda e centro, está fora de moda devido ao processo de conchavos e acertos que os partidos assumem, ao longo do tempo e conforme a base dos seus candidatos, permitindo que os dirigentes partidários assumam alianças muito mais objetivas do que aquelas que estão na subjetividade dos programas partidários.
Parece até que há mistura entre os partidos ou que não há diferença entre os partidos, pois basta uma situação que pareça favorável ao dirigente partidário para que ele mude de ideia ou tome atitudes contrárias àquelas que ele pregava ou tomava.
Mesmo assim, mesmo com os dirigentes não defendendo os princípios partidários ou não exercitando os seus próprios princípios, os partidos políticos ainda são indispensáveis na estrutura da democracia e na alternância de poder.

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