Rodolfo Juarez
O ano
de eleição regional e nacional é sempre cheio de cuidados especiais por parte
dos partidos políticos. E não adianta querer negar a importância dessas
organizações, pois, por necessidade ou conjuntura, ou estrutura, é nos partidos
políticos que tudo começa.
Qualquer
dos candidatos, seja ao cargo de presidente, de governador, senador, deputado
federal ou deputado estadual, precisam estar filiados a um partido para
adquirirem condições de participar do pleito. Não existe, como em outras
democracias, o candidato avulso.
Então
os partidos precisam estar dotados de estrutura para poder conduzir o processo
de escolha dos candidatos, através das convenções, até à orientação para as
campanhas políticas e todo o período imediatamente após a eleição e no início
com mandato.
O
eleitor brasileiro não sente necessidade de avaliar o partido em que está o seu
candidato, principalmente quando a definição é para os cargos que são definidos
nas eleições proporcionais.
Os
cargos de deputado federal e deputado estadual, durante a campanha, têm mais a
ver com a pessoa do candidato do que com o partido ao qual está filiado aquele
candidato.
Depois
da eleição que alguns arrependimentos são declarados, mas, nesse caso, não tem
mais jeito. A apuração já terminou e o resultado já está conhecido.
Resta
esperar, durante quatro anos, por uma nova eleição para, então, procurar
consertar o erro ou, aceitar o desempenho do politico, no mandato.
O certo
é que os partidos não podem ser esquecidos ou imaginar que eles não existem ou
que não são importantes. Os partidos políticos além de serem importantes são o
suporte para os candidatos e para as campanhas.
A
primeira relação entre os candidatos, os aliados e o eleitor tem fundamento no
partido político. Ignorar essa condição é mesmo que imaginar a que os partidos
são dispensáveis.
Para
ter ideia do que representa o partido político para os candidatos e a
diversidade de propostas, basta considera o fato de que de todos os partidos
registrados no Tribunal Superior Eleitoral, apenas um, pelo menos por enquanto,
o Partido da Causa Operária (PCO), não tem registro no Tribunal Regional
Eleitoral do Amapá.
A
separação básica que havia, entre os partidos nacionais: em direita, esquerda e
centro, está fora de moda devido ao processo de conchavos e acertos que os
partidos assumem, ao longo do tempo e conforme a base dos seus candidatos,
permitindo que os dirigentes partidários assumam alianças muito mais objetivas
do que aquelas que estão na subjetividade dos programas partidários.
Parece
até que há mistura entre os partidos ou que não há diferença entre os partidos,
pois basta uma situação que pareça favorável ao dirigente partidário para que
ele mude de ideia ou tome atitudes contrárias àquelas que ele pregava ou
tomava.
Mesmo
assim, mesmo com os dirigentes não defendendo os princípios partidários ou não
exercitando os seus próprios princípios, os partidos políticos ainda são
indispensáveis na estrutura da democracia e na alternância de poder.
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