Rodolfo Juarez
Estamos
no novo ano. Um ano que será cheio de compromissos, responsabilidades e muitas
esperanças.
Compromisso
em realizar dois grandes eventos, um democrático por excelência – as eleições;
outro, profissional e muito caro para os combalidos cofres nacionais – a Copa
do Mundo.
As
responsabilidades foram assumidas de forma voluntária, com relação à Copa; e
para atender a Constituição Federal, com relação às eleições.
As
esperanças são de que os eleitores escolham os dirigentes e representantes
comprometidos com a população e a seleção brasileira termine como campeã da
Copa do Mundo de 2014.
Todos
sabem que é muito para os brasileiros em um mesmo ano. Como também acertar na
escolha dos dirigentes e representantes e na copa, seria para nunca mais ser
esquecido, visto que o Brasil apresentará este ano um balanço, referente a
2013, muito aquém do que fora prometido ao povo no começo do ano passado.
Mas
ainda estamos a 5 meses do primeiro jogo da copa e a 6 meses do dia da decisão
da competição; e a 9 meses do primeiro turno da eleição e a 10 meses do segundo
turno da eleições de outubro. Com tempo suficiente, portanto, para formar um
time capaz de vencer a competição de futebol, como também para que os eleitores
analisem os candidatos antes da escolha que hão de fazer em outubro, primeiro
no dia 5 e depois, se for preciso, no dia 26.
Antes
disso, para contribuir com o “encurtamento do tempo” o carnaval deste ano que
tem a terça-feira gorda no dia 4 de março, isto é, bem avançado no tempo para
aqueles que estão acostumados a experimentar a folia até meados do mês de
fevereiro.
Mas
esses espaço, principalmente o primeiro quadrimestre, os governos atuais vão
ter que se desdobrar para recuperar o tempo que perdeu durante os últimos 3
anos e levaram o Brasil a apresentar resultados tão abaixo do anunciado. Por
outro lado, a inflação, o juros básico e o preço do dólar atravessaram de 2013
para 2014 deixando todo mundo com água no pescoço, de barba de molho.
Para
não penalizar o consumidor mais tarde, o atual governo resolveu penalizar
agora, aumentando o Imposto sobre Produto Industrializado, o IPI, tanto dos
carros como dos eletrodomésticos da linha branca, depois de se sentir
encurralado em um canto da economia, que grita, desesperadamente, por socorro e
“água”.
Mesmo
assim o brasileiro fez festa. Foi queima de fogos em todos os lugares desse
país. Até aqui em Macapá houve a queima de dinheiro público, ou melhor, de
fogos, para o deleite da população que teve que voltar para casa a pé, pois não
funcionou o esquema anunciado pelos responsáveis por esse atendimento, através
do serviço de transporte coletivo pago e muitos, contra vontade, viram o sol
nascer na orla. Aliás, já está se acostumando com isso: uma vez já andou da
Fazendinha para Macapá. Andar, agora, da orla para o bairro, é moleza!
E ainda
sobrou tempo para que o juiz João Guilherme Lages, que cumpria plantão no
último dia do ano, se indignar ao ponto de escrever e publicar no Facebook: “Estou no plantão agora. Acabei de chegar do Pronto
Socorro, onde fui em inspeção judicial, para poder decidir um pedido que a
Defensoria Pública fez para uma pessoa que está a três dias com fratura exposta
da perna e corre o risco de perdê-la, caso ocorra gangrena. O que vi é
deprimente. Mais parece um hospital de guerra, com mutilados pelos corredores.
Porque, então, gastar milhões para queimar fogos de artifício na virada do ano
se nossa gente tá morrendo e sofrendo nos hospitais? Porque gastar tanto a toa
com diversão (14 milhões na Expofeira p. ex.) se o nosso maior problema é saúde
pública no Brasil. FELIZ ANO NOVO e que em 2014 nossos governantes e
parlamentares sejam mais iluminados e aliviem o sofrimento dos pobres que não
têm para quem socorrer senão para as autoridades públicas.”.
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