Rodolfo Juarez
Até o
começo de fevereiro os deputados estaduais e os deputados federais estão em
recesso regulamentar, sem o compromisso de comparecer nas assembleias legislativas
ou nas casas do Congresso. Apenas os que têm cargo nas respectivas mesas
diretoras é que têm compromissos administrativos para serem cumpridos de forma
presencial, mas que alguns, preferem exercê-los com a utilização dos mecanismos
de comunicação de longa distância.
Essa é
a regra. Esta é a condição considerada prioritária pelos deputados, muito
embora tenham que estar sempre atrás do voto, pois, agora em 2014 haverá
eleição para a escolha, no caso do Amapá, de 24 deputados estaduais e 8 deputados
federais.
E como
estariam os 24 parlamentares da Assembleia Legislativa e os 8 deputados da
Câmara Federal?
As
avaliações que foram feitas no final do ano mostram que mais da metade dos
eleitores está descontente com os seus representantes em Brasília e a situação
ainda é mais crítica com relação aos representantes em Macapá.
As
justificativas apresentadas aos pesquisadores são muito diversificadas e
precisam ser entendidas a partir da nova realidade que se instala no Brasil,
que viu a sua estrutura social fortemente mexida e com exigências modificadoras
fora dos padrões que vinham sendo trabalhadas até meados da primeira década
deste milênio.
A
própria juventude melhorou o seu posicionamento, muito embora ainda seja muito
sentida a falta que faz para que se direcionem programas e projetos de médio
prazo com possibilidade de completar as propostas que são apresentadas
nacionalmente, para a educação, por exemplo.
O
quadro está assim mesmo. A perspectiva que se desenha para a próxima
legislatura é com um grupo de parlamentares cheio de gente nova, alguns na
idade, mas outros na oportunidade que vem trabalhando há muito tempo.
Entre
os deputados federais a imensa maioria (93,5%) não conseguiu listar os 8
representantes da população amapaense na Câmara Federal. Um número bastante
alto e que reflete as dificuldades que os deputados federais vêm experimentando
para se comunicar com o eleitor.
Observa-se
que alguns nomes estão completamente queimados, enquanto outros, apesar de não
estarem tão queimados assim, vão precisar de muito trabalho para garantir a
renovação do mandato.
Os
eleitores que tiveram oportunidade de responder ao questionário que lhes foi
proposto, demostraram que têm firmeza no que disseram no final do ano e para
que seja modificando o posicionamento daquele momento é preciso que haja um
trabalho bem específico do deputado ou da deputada federal, senão terá muitas
dificuldades para modificar a tendência atual.
No
geral os eleitores estão entendendo que, se a eleição fosse ao final de 2013,
metade da atual bancada de deputados federais não seria reeleita, com tendência
para mais, isto é, 5 não renovariam o mandato.
A
bancada federal do Amapá, na parte dos deputados, é considerada velha e tem
apenas dois deputados de primeiro mandato, os demais com três ou mais mandatos.
É sabido que quando mais mandatos acumulados, mas dificuldade para a reeleição.
A
bancada estadual na Assembleia Legislativa do Amapá é alvo de muitas críticas
por parte dos eleitores e tem como base a artilharia do MP que há mais de um
ano não dá descanso aos deputados, esviscerando aquele Poder, o que desperta no
eleitorado a necessidade de avaliar cada voto que dará em outubro.
O
levantamento do final do ano indicou que, dos 24 deputados atuais, apenas 10
teriam chances de voltar.
Isso
indica que será uma campanha de muito trabalho e de poucas surpresas.
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