quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

As dificuldades dos deputados

Rodolfo Juarez
Até o começo de fevereiro os deputados estaduais e os deputados federais estão em recesso regulamentar, sem o compromisso de comparecer nas assembleias legislativas ou nas casas do Congresso. Apenas os que têm cargo nas respectivas mesas diretoras é que têm compromissos administrativos para serem cumpridos de forma presencial, mas que alguns, preferem exercê-los com a utilização dos mecanismos de comunicação de longa distância.
Essa é a regra. Esta é a condição considerada prioritária pelos deputados, muito embora tenham que estar sempre atrás do voto, pois, agora em 2014 haverá eleição para a escolha, no caso do Amapá, de 24 deputados estaduais e 8 deputados federais.
E como estariam os 24 parlamentares da Assembleia Legislativa e os 8 deputados da Câmara Federal?
As avaliações que foram feitas no final do ano mostram que mais da metade dos eleitores está descontente com os seus representantes em Brasília e a situação ainda é mais crítica com relação aos representantes em Macapá.
As justificativas apresentadas aos pesquisadores são muito diversificadas e precisam ser entendidas a partir da nova realidade que se instala no Brasil, que viu a sua estrutura social fortemente mexida e com exigências modificadoras fora dos padrões que vinham sendo trabalhadas até meados da primeira década deste milênio.
A própria juventude melhorou o seu posicionamento, muito embora ainda seja muito sentida a falta que faz para que se direcionem programas e projetos de médio prazo com possibilidade de completar as propostas que são apresentadas nacionalmente, para a educação, por exemplo.
O quadro está assim mesmo. A perspectiva que se desenha para a próxima legislatura é com um grupo de parlamentares cheio de gente nova, alguns na idade, mas outros na oportunidade que vem trabalhando há muito tempo.
Entre os deputados federais a imensa maioria (93,5%) não conseguiu listar os 8 representantes da população amapaense na Câmara Federal. Um número bastante alto e que reflete as dificuldades que os deputados federais vêm experimentando para se comunicar com o eleitor.
Observa-se que alguns nomes estão completamente queimados, enquanto outros, apesar de não estarem tão queimados assim, vão precisar de muito trabalho para garantir a renovação do mandato.
Os eleitores que tiveram oportunidade de responder ao questionário que lhes foi proposto, demostraram que têm firmeza no que disseram no final do ano e para que seja modificando o posicionamento daquele momento é preciso que haja um trabalho bem específico do deputado ou da deputada federal, senão terá muitas dificuldades para modificar a tendência atual.
No geral os eleitores estão entendendo que, se a eleição fosse ao final de 2013, metade da atual bancada de deputados federais não seria reeleita, com tendência para mais, isto é, 5 não renovariam o mandato.
A bancada federal do Amapá, na parte dos deputados, é considerada velha e tem apenas dois deputados de primeiro mandato, os demais com três ou mais mandatos. É sabido que quando mais mandatos acumulados, mas dificuldade para a reeleição.
A bancada estadual na Assembleia Legislativa do Amapá é alvo de muitas críticas por parte dos eleitores e tem como base a artilharia do MP que há mais de um ano não dá descanso aos deputados, esviscerando aquele Poder, o que desperta no eleitorado a necessidade de avaliar cada voto que dará em outubro.
O levantamento do final do ano indicou que, dos 24 deputados atuais, apenas 10 teriam chances de voltar.
Isso indica que será uma campanha de muito trabalho e de poucas surpresas.

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