Rodolfo Juarez
Já faz
algum tempo que a população da cidade de Macapá vê agonizar alguns pontos
importantes da cidade.
Mesmo
com o discurso de mudança, utilizado nas campanhas eleitorais, e que atuaram de
forma decisiva na motivação dos eleitores que votam em Macapá, paradoxalmente
nada mudou na prática, ao contrário, em linhas gerais, tudo permaneceu como
antes, sem controle e sem qualquer responsabilidade com a cidade e as coisas
que a população tem como referencia e utilidade.
Um
exemplo é o muro de arrimo de toda a extensão da orla da cidade que se estende
este o Araxá até o Jandiá onde alguns trechos estão, literalmente, caindo e
“deitando” na lama da praia da frente da cidade.
Um
patrimônio que não pode ser desperdiçado desta maneira e, mais, uma patrimônio
que não pode ser perdido, não só pela garantia física da própria cidade, como
pela qualidade de vida que a população acredita que melhorou quando foi feita a
obra, exatamente como está descrito nas justificativas dos projetos.
Mas o
muro continua caindo e sob a vista dos próprios responsáveis que, de vez em
quando estão por perto e, mesmo com vergonha de olhar, acabam vendo o resultado
de seus descasos e de suas irresponsabilidades.
Pouco a
pouco vai desmoronando, levando com ele parte do calçamento e do asfalto que
cobre as vias de acesso. No lugar estão surgindo vãos livres desafiadores e
buracos perigosos, capazes de “engolir” um carro.
Basta
um agente público correr a orla, levantando o problema atual, para perceber o
grande prejuízo que já está na conta da coletividade e a velocidade como, todos
os dias, esse prejuízo aumenta.
Os
responsáveis precisam agir para salvar a orla!
Já que
o projeto não prosseguiu. Já que não houve condições para continuar a
urbanização das áreas contíguas, pelo menos que sejam mantidas as realizações
de outros tempos, construídas com recursos dos mesmos impostos que continuam
sendo pagos pelo contribuinte.
Ninguém
se conforma com o que está acontecendo na orla.
Todos
sabem da importância daquela área da cidade e não compreendem a omissão do
poder público, deixando os problemas aumentarem, as obras desabarem, sem
qualquer ação dos agentes públicos pagos, e bem pagos, para resolver esse tipo
de problema.
É tipo
do assunto que está às claras, pronto para ser analisado pelos agentes públicos
e que, de forma inexplicável, não dão uma palavra pelo rádio ou televisão, uma
linha pelos jornais ou redes sociais. Essas mesmas redes sociais que são usadas
para acirrar brigar, pregar a discórdia, alardear vantagens e tentar
transformar mentiras em verdades.
Cuidar
da orla da cidade é também cuidar da cidade; ser responsável por quaisquer das
partes da administração é também ser responsável pela cidade; assim como morar
na cidade, cuidar dela deve ser um compromisso individual e inerente à função
que cada um exerce.
Não
podemos deixar a orla ser destruída e junto com ela a alegria de dispor dela
como referência que a torna diferente, humana, aceitável e sintonizada com a
esperança daqueles escolheram esta cidade de Macapá para viver.
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