sábado, 19 de abril de 2014

Me engana que eu gosto!

Rodolfo Juarez
Os dirigentes dos partidos políticos estão encontrando dificuldades para definir o caminho que têm que tomar nas eleições de 2014.
Faltam menos de 60 dias para as convenções e as coligações estão muito distantes de serem resolvidas. Nem mesmo as mais repetidas têm certeza de que estarão, este ano, outra vez, no mesmo palanque, defendendo o mesmo candidato e as mesmas ideias.
Por isso, provavelmente, o número de candidatos ao cargo de governador do estado continuem crescendo. Até este momento, 11 dos 32 partidos políticos registrados no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, insistem em apresentar candidato ao cargo de govenador, em um ambiente que poderia ser favorável àqueles que estarão pedindo a inscrição de um dos seus filiados.
A indefinição do PSB e do PT é emblemática.
Apesar dos dirigentes estaduais do PT afirmarem que vão coligar com o PSB, nem mesmo os dirigentes do PSB têm essa certeza, devido aos troncos e barrancos que o Partido dos Trabalhadores, em nível nacional vem enfrentando e que o coloca como sujeito de alianças que possa minimizar os prejuízos eleitorais nacionais do que os prejuízos eleitorais em uma região como a do Amapá.
Ainda a poucos dias, durante o lançamento da pré-candidatura do nome do PSD ao cargo de governador do Estado, o presidente nacional do partido, garantiu para o presidente estadual do mesmo partido que ele tem garantido, não só o apoio, mas o palanque do PT para as eleições de 2014.
Falou isso, considerando a necessidade que o PT, nacionalmente, tem nesse momento, de proteger a sua candidata à reeleição para o cargo de presidente de República.
Mas não é só essa indefinição que está deixando os dirigentes partidários preocupados. Até agora são muitos os partidos que dizem que estarão coligando, por exemplo, com o PDT, muito embora aqueles partidos mantenham os seus candidatos ao cargo de governador ou vejam, sem nada falar, os seus filiados que têm mandato, em mesas de trabalhos onde se trata de alianças partidárias e na qual não está presente o PDT.
Dizem até que a fase do “me engana que eu gosto” está indo muito mais longe do que o que era esperado. Sabem, entretanto, que além do jogo eleitoral, há uma observação comportamental do eleitor e os dirigentes partidários sabem que os eleitores estão muito atentos a tudo o que está acontecendo.
Aliás, que os eleitores amapaenses que tiveram a oportunidade de se cadastrar biometricamente, já sabem que a eleição, por aqui, terá a identificação do votante através da biometria em todo o estado do Amapá e, até o município de Oiapoque, onde não foi alcançada a meta geral proposta pelo TSE, também vai adorar a identificação biométrica.
Os outros candidatos estão esperando a melhor oportunidade para colocar a cabeça para fora e dizer “eu estou aqui”, pronto para receber a sua atenção. Se ainda não fizeram é porque estão desconfiando das pretensões dos eleitores ou porque sabem que o eleitor está disposto a cobrar bem mais.
Não são todos ainda os que estão olhando para o que pode ou não pode o candidato fazer. Ainda estão ocupados com a comparação daqueles que já tiveram, ou estão tendo a oportunidade de mostrar o seu talento, muito embora, todos saibam, nem tudo, nesse caso, é uma questão de talento.

Muitos candidatos indefinidos, alguns dirigentes partidários que ainda não sabem o que vão fazer e com o eleitor atento, o cenário não é bom para bravatas ou anúncios milagrosos.

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