Rodolfo Juarez
Os
dirigentes dos partidos políticos estão encontrando dificuldades para definir o
caminho que têm que tomar nas eleições de 2014.
Faltam
menos de 60 dias para as convenções e as coligações estão muito distantes de
serem resolvidas. Nem mesmo as mais repetidas têm certeza de que estarão, este
ano, outra vez, no mesmo palanque, defendendo o mesmo candidato e as mesmas
ideias.
Por
isso, provavelmente, o número de candidatos ao cargo de governador do estado
continuem crescendo. Até este momento, 11 dos 32 partidos políticos registrados
no Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, insistem em apresentar candidato ao
cargo de govenador, em um ambiente que poderia ser favorável àqueles que estarão
pedindo a inscrição de um dos seus filiados.
A
indefinição do PSB e do PT é emblemática.
Apesar
dos dirigentes estaduais do PT afirmarem que vão coligar com o PSB, nem mesmo
os dirigentes do PSB têm essa certeza, devido aos troncos e barrancos que o
Partido dos Trabalhadores, em nível nacional vem enfrentando e que o coloca
como sujeito de alianças que possa minimizar os prejuízos eleitorais nacionais
do que os prejuízos eleitorais em uma região como a do Amapá.
Ainda a
poucos dias, durante o lançamento da pré-candidatura do nome do PSD ao cargo de
governador do Estado, o presidente nacional do partido, garantiu para o
presidente estadual do mesmo partido que ele tem garantido, não só o apoio, mas
o palanque do PT para as eleições de 2014.
Falou
isso, considerando a necessidade que o PT, nacionalmente, tem nesse momento, de
proteger a sua candidata à reeleição para o cargo de presidente de República.
Mas não
é só essa indefinição que está deixando os dirigentes partidários preocupados.
Até agora são muitos os partidos que dizem que estarão coligando, por exemplo,
com o PDT, muito embora aqueles partidos mantenham os seus candidatos ao cargo
de governador ou vejam, sem nada falar, os seus filiados que têm mandato, em
mesas de trabalhos onde se trata de alianças partidárias e na qual não está
presente o PDT.
Dizem
até que a fase do “me engana que eu gosto” está indo muito mais longe do que o
que era esperado. Sabem, entretanto, que além do jogo eleitoral, há uma
observação comportamental do eleitor e os dirigentes partidários sabem que os
eleitores estão muito atentos a tudo o que está acontecendo.
Aliás,
que os eleitores amapaenses que tiveram a oportunidade de se cadastrar
biometricamente, já sabem que a eleição, por aqui, terá a identificação do
votante através da biometria em todo o estado do Amapá e, até o município de
Oiapoque, onde não foi alcançada a meta geral proposta pelo TSE, também vai
adorar a identificação biométrica.
Os
outros candidatos estão esperando a melhor oportunidade para colocar a cabeça
para fora e dizer “eu estou aqui”, pronto para receber a sua atenção. Se ainda
não fizeram é porque estão desconfiando das pretensões dos eleitores ou porque
sabem que o eleitor está disposto a cobrar bem mais.
Não são
todos ainda os que estão olhando para o que pode ou não pode o candidato fazer.
Ainda estão ocupados com a comparação daqueles que já tiveram, ou estão tendo a
oportunidade de mostrar o seu talento, muito embora, todos saibam, nem tudo,
nesse caso, é uma questão de talento.
Muitos
candidatos indefinidos, alguns dirigentes partidários que ainda não sabem o que
vão fazer e com o eleitor atento, o cenário não é bom para bravatas ou anúncios
milagrosos.
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